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Casos de gripe suína chegam a 69 no Ceará

Duas mulheres, sendo uma grávida, estão internadas em estado grave na UTI da Meac por conta da doença

O número de casos confirmados de gripe H1N1, também conhecida por gripe suína, no Ceará, já supera o registrado em 2010 e 2011. Até o momento, segundo o último boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), 69 pessoas foram acometidas pela doença. Nos dois anos anteriores, o total de casos foi, respectivamente, 28 e 23.

Contudo, ao se comparar este dado àquele apresentado em 2009, ano com maior quantidade de ocorrências confirmadas de H1N1, 72, a preocupação aumenta, tendo em vista que 2012 ainda está no seu início.

O aumento da incidência do H1N1, no Ceará, também pode ser conferido por meio da comparação do último boletim de março da Sesa que constava 48 casos confirmados com o atual (69), um crescimento de 43,7%.

Outra informação divulgada no levantamento diz respeito ao total de óbitos por conta da doença. Em 2009, três pessoas morreram vítimas da gripe. No ano seguinte, cinco mortes foram registradas. Em 2012, a doença já vitimou três pessoas.

Manoel Fonsêca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, explica que o alto número de casos confirmados da doença, neste ano, no Estado está diretamente ligado à quantidade de exames laboratoriais que vêm sendo realizados.

“Nos anos anteriores, não fizemos tantos exames como agora. Acredito que, se em 2011 tivéssemos feito os exames em todos os casos suspeitos, teríamos um número muito maior”, diz o coordenador ressaltando a situação vivida em Pedra Branca, no ano passado, quando foram confirmados, em um curto período de tempo, cerca de 18 casos.

Na ocasião, muitos casos tiveram confirmação por meio do vínculo epidemiológico, ou seja, sem a realização de exames.

Fonsêca afirma que a orientação repassada aos profissionais é que sejam feitos exames nos pacientes que apresentem sintomas da doença, principalmente, dificuldade para respirar, característico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), manifestação complexa do problema.

Prevenção

“Este número expressivo de casos confirmados não significa que haverá maior preocupação do que nos anos anteriores. Não acredito em uma epidemia. A tendência é que haja redução”.

Apesar de descartar a ocorrência de uma epidemia, Manoel Fonseca enfatiza a necessidade de estar sempre alerta aos sintomas da doença, como febre, tosse seca, dor de cabeça e falta de ar. Grávidas, crianças e idosos compõem o grupo de risco. A campanha de vacinação contra H1N1 está prevista para acontecer a partir do dia 5 de maio.

Hoje, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), segundo o diretor da instituição, Carlos Augusto Alencar, duas mulheres, sendo uma grávida, estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave com H1N1. Outras duas estão na sala de parto e quatro na enfermaria em isolamento, com os sintomas da doença, aguardando a confirmação.

“O número de casos de gripe H1N1 no hospital aumentou bastante quando comparado aos anos anteriores. A gravidade também está mais acentuada”.

Incidência

72 casos de gripe H1N1 foram confirmados em todo o Estado em 2009, ano com maior quantidade de ocorrências da doença. Em 2010 e 2011, foram 28 e 23 casos

Fonte: Diário do Nordeste

Coração artificial brasileiro deve ser testado em dois meses

Corações artificiais desenvolvidos no Brasil devem começar a ser testados em seres humanos dentro de dois meses. Pacientes da fila de espera do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, serão os primeiros a receber o equipamento, que estabiliza a função cardiológica do doente e possibilita a sobrevida até o transplante do órgão. O aparelho é indicado para pacientes que não respondem mais ao tratamento clínico.

O desenvolvimento do coração artificial – produzido para ser colocado dentro do paciente, atuando em auxílio ao coração – teve início em 1998 e foi idealizado por Aron José Pazin de Andrade, coordenador do Centro de Engenharia em Assistência Circulatória do Instituto Dante Pazzanese, onde o dispositivo foi construído.

“O aparelho pode ajudar os dois ventrículos e a situação do paciente não piora mais porque ele reestabelece a boa circulação sanguínea e descarrega o trabalho cardíaco. Então o paciente pode suportar o tempo que for necessário dessa forma, não tem limite de tempo”, diz Andrade. Há pacientes com dispositivos similares colocados há cerca de seis anos.

A partir dos bons resultados obtidos com o uso do aparelho em animais desde 2004, os pesquisadores do projeto pediram autorização para o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testá-lo em humanos. De acordo com Andrade, os testes deverão ser feitos em dez pacientes, durante um período de um a dois meses. O tempo de testes poderá chegar a 20 meses. Os pacientes escolhidos devem pesar entre 45 quilos e 90 quilos.

“O paciente tem de estar em fila de espera do transplante, com o coração dele bem debilitado, não respondendo mais às drogas que são ministradas para consertar a situação. Se não responde mais ao tratamento clínico, então ele é indicado para um transplante.”

O coração artificial, que agrega alta tecnologia e está sendo construído de forma quase artesanal em um laboratório especializado no Dante Pazzanese, deverá custar de R$ 60 mil a R$ 100 mil. “Aqui no Brasil, o custo do investimento já foi pago com dinheiro público, arrecadação. O que nós vamos cobrar é a despesa de produção do aparelho, e o SUS [Sistema Único de Saúde] consegue, nesses valores bem menores, sustentar a aplicação do aparelho”, destaca Andrade. No exterior, um aparelho similar custa em torna de US$ 200 mil e sua aplicação depende do treinamento de uma equipe médica para colocar o aparelho.

No estado de São Paulo, segundo dados da Secretaria de Saúde, 99 pacientes estão na fila de espera de transplante, 32 apenas na cidade de São Paulo.

O aparelho foi desenvolvido com apoio do Hospital do Coração, do Ministério da Saúde, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Fonte: Agência Brasil

Coração artificial brasileiro deve ser testado em dois meses

Corações artificiais desenvolvidos no Brasil devem começar a ser testados em seres humanos dentro de dois meses. Pacientes da fila de espera do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, serão os primeiros a receber o equipamento, que estabiliza a função cardiológica do doente e possibilita a sobrevida até o transplante do órgão. O aparelho é indicado para pacientes que não respondem mais ao tratamento clínico.

O desenvolvimento do coração artificial – produzido para ser colocado dentro do paciente, atuando em auxílio ao coração – teve início em 1998 e foi idealizado por Aron José Pazin de Andrade, coordenador do Centro de Engenharia em Assistência Circulatória do Instituto Dante Pazzanese, onde o dispositivo foi construído.

“O aparelho pode ajudar os dois ventrículos e a situação do paciente não piora mais porque ele reestabelece a boa circulação sanguínea e descarrega o trabalho cardíaco. Então o paciente pode suportar o tempo que for necessário dessa forma, não tem limite de tempo”, diz Andrade. Há pacientes com dispositivos similares colocados há cerca de seis anos.

A partir dos bons resultados obtidos com o uso do aparelho em animais desde 2004, os pesquisadores do projeto pediram autorização para o Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testá-lo em humanos. De acordo com Andrade, os testes deverão ser feitos em dez pacientes, durante um período de um a dois meses. O tempo de testes poderá chegar a 20 meses. Os pacientes escolhidos devem pesar entre 45 quilos e 90 quilos.

“O paciente tem de estar em fila de espera do transplante, com o coração dele bem debilitado, não respondendo mais às drogas que são ministradas para consertar a situação. Se não responde mais ao tratamento clínico, então ele é indicado para um transplante.”

O coração artificial, que agrega alta tecnologia e está sendo construído de forma quase artesanal em um laboratório especializado no Dante Pazzanese, deverá custar de R$ 60 mil a R$ 100 mil. “Aqui no Brasil, o custo do investimento já foi pago com dinheiro público, arrecadação. O que nós vamos cobrar é a despesa de produção do aparelho, e o SUS [Sistema Único de Saúde] consegue, nesses valores bem menores, sustentar a aplicação do aparelho”, destaca Andrade. No exterior, um aparelho similar custa em torna de US$ 200 mil e sua aplicação depende do treinamento de uma equipe médica para colocar o aparelho.

No estado de São Paulo, segundo dados da Secretaria de Saúde, 99 pacientes estão na fila de espera de transplante, 32 apenas na cidade de São Paulo.

O aparelho foi desenvolvido com apoio do Hospital do Coração, do Ministério da Saúde, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Fonte: Agência Brasil

Mãe pode interromper gravidez de anencéfalo

No STF, os votos de quatro ministros encerraram, ontem, o julgamento. No total, só dois foram contrários

Brasília. A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que um feto com anencefalia é natimorto e, portanto, a interrupção da gravidez nesses casos não é comparada ao aborto, considerado crime pelo Código Penal. A discussão iniciada há oito anos no STF foi encerrada ontem após dois dias de julgamento.

Por decisão do Supremo, mulheres que decidem abortar fetos anencéfalos e médicos que provocam a interrupção da gravidez não cometem crime. A decisão defendida por oito dos dez ministros que se posicionaram livra as gestantes que esperam fetos com anencefalia de buscarem autorização da Justiça para antecipar os partos.

Algumas dessas liminares demoravam meses para serem obtidas. E, em alguns casos, a mulher não conseguia autorização e acabava, à revelia, levando a gestação até o fim. Agora, diagnosticada a anencefalia, elas podem ir ao médicos para a realização do procedimento. A anencefalia é uma má-formação fetal que resulta da falha de fechamento do tubo neural (a estrutura que dá origem ao cérebro e à medula espinhal), levando à ausência de cérebro, calota craniana e couro cabeludo.

O Código Penal, em vigor desde 1940, prevê dois casos para autorização de aborto legal: quando coloca em risco a saúde da mãe e em caso de gravidez resultante de estupro. Qualquer mudança dessa lei precisa ser aprovada pelo Congresso.
Por 8 votos a 2, o STF julgou que o feto anencéfalo não tem vida e, portanto, não é possível acusar a mulher do crime de aborto. Dos quatro ministros que votaram ontem – Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso -, apenas o último votou contra. Os outros três se somaram aos cinco proferidos a favor no primeiro dia de julgamento (Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia). Na quarta-feira, Ricardo Lewandowski foi contra a interrupção da gravidez nesses casos. Dias Toffoli declarou-se impedido de votar por já ter se posicionado a favor quando era da Advocacia-Geral da União.

Ayres Britto afirmou que gestantes carregam um “natimorto cerebral” no útero, sem perspectiva de vida. “É preferível arrancar essa plantinha ainda tenra no chão do útero do que vê-la precipitar no abismo da sepultura”, declarou. A maioria dos ministros reconheceu que a saúde física e psíquica da grávida de anencéfalo pode ser prejudicada se levar até o fim a gestação.
Conforme médicos ouvidos na audiência pública realizada pelo STF em 2008, a gravidez de feto sem cérebro pode provocar complicações à saúde da mãe, como pressão arterial alta, risco de perda do útero e, em casos extremos, a morte da mulher. Por isso, ministros disseram que impedir a interrupção da gravidez seria comparável à tortura.

Gilmar Mendes, favorável à possibilidade de interrupção da gravidez, sugeriu que o Ministério da Saúde edite normas que regulem os procedimentos a serem adotados pelos médicos. Uma das propostas é que antes da realização do aborto o diagnóstico de anencefalia seja atestado em laudos emitidos por dois médicos diferentes.

Contra
Só dois ministros votaram contra a liberação do aborto – Ricardo Lewandowski e o presidente do STF, Cezar Peluso. Lewandowski julgou que somente o Congresso poderia incluir no Código Penal uma terceira exceção ao crime de aborto. Peluso, para quem esse foi o julgamento mais importante do Supremo, disse que “o feto portador de anencefalia tem vida”.

A ação julgada foi proposta em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde. O relator, Marco Aurélio Mello, acatou a tese de que, juridicamente, não se trata de aborto, mas de antecipação do parto que coloca em risco a saúde física e psíquica da gestante.

Ceará registra 5,3% dos casos de anencefalia do País

Fortaleza. A polêmica sobre se existe ou não possibilidade de vida para fetos anencéfalos vai perdurar na sociedade brasileira além do julgamento do STF. Dados do Ministério da Saúde dão conta de que em 2010, 544 mães brasileiras tiveram a notícia de que esperavam filhos sem cérebro, calota craniana e couro cabeludo. Desse total, 29 foram no Ceará. Isso representa 5,33% das ocorrências registradas no País naquele ano.

O número leva em consideração só bebês anencéfalos que chegaram a nascer. Se forem somados os que morreram ainda no ventre da mãe, o dado sobe para 54 nesse mesmo ano. Elevando o percentual para quase 10% dos casos em relação aos registrados no Brasil.

O total do Estado foi informado pela Secretaria de Saúde do Ceará já que o Ministério da Saúde só possui dados nacionais. Aliás, os registros, alerta o próprio Ministério, não traduzem a realidade. Os números, aponta, são subnotificados tanto no País quanto nos Estados. “Principalmente, no interior, quando a mulher toma conhecimento que espera um filho anencéfalo, busca logo abortar sem entrar na justiça”, informa o órgão.

As que decidem manter a gravidez, mesmo sabendo do problema, muitas vezes se surpreendem quando o bebê nasce. É o caso da professora Ana Cecília Araújo Nunes da Silva. Ela deu à luz a Maria Tereza que teve apenas três meses e 28 dias de vida. A criança sofria de anencefalia e Ana teve a “sentença de morte” da menina aos três meses de gravidez. Quem relembra o drama da família é a filha mais velha, Ana Karine, de 22 anos. “Meus pais, missionários do Shalom, moram atualmente no Chile, com meus irmãos mais novos, mas o período desde o dia que soube até o nascimento e ida de Maria Tereza nunca sairão de minha mente”, lembra.

Segundo ela, a mãe reuniu a família e contou sobre a situação do bebê. Maria Tereza nasceu no sétimo mês de gestação. “Todos estávamos na maternidade, inclusive o padre, que batizou o bebê na hora de seu nascimento. A gente não sabia quanto tempo ela ficaria conosco”, diz.
Para surpresa da família e dos médicos, o bebê recebeu alta no 19º dia e foi para casa. Lá, superou as expectativas: chegou a arrancar a sonda de sua alimentação, sorriu, ia para o braço dos irmãos e tomou leite de colher, além de sugar, mesmo de forma fraca, o peito da mãe.

Mesmo após enfrentar o drama de gerar um bebê anencéfalo, Ana Cecília, decidiu ter outro filho, João Paulo. Ficou grávida aos 39 anos de idade. Hoje, o filho mais novo tem seis anos e muita saúde. “Não sabemos o que houve no caso da Maria Tereza, mas não nos arrependemos de cuidar dela enquanto esteve com a gente”, diz Karine.

Assim como no caso da família Araújo, estudos indicam que não há como evitar a anencefalia. Segundo a neonatologista Maria Juliana Viana, acredita-se que o diabetes aumente os riscos. “Mulheres com a doença têm sete vezes mais chances de terem bebês anencéfalos”. Para ajudar na prevenção, diz, especialistas indicam a ingestão de ácido fólico (vitamina do complexo B) antes e no início da gestação, mas isso não garante a ausência da má formação.

O ginecologista e obstetra Alexandre Calkil Batista, recomenda que o pré-natal comece antes mesmo da concepção, preferencialmente, três meses antes. “Assim, a mulher poderá realizar uma consulta médica completa, bem como todos os exames prévios à gestação”. Além disso, se a mulher que deseja engravidar é obesa, diabética ou hipertensa, é importante realizar um tratamento prévio com a finalidade de alcançar o controle e o equilíbrio antes da concepção.

Brasil ainda tem leis atrasadas, diz advogado

Fortaleza. O julgamento que decidiu pela legalização da interrupção de gravidez de anencéfalos levou oito anos para chegar ao fim. A demora, de acordo com o advogado, mestre em Direito pela Universidade de Coimbra e professor de Direito Constitucional da Universidade de Fortaleza (Unifor), Jório Martins, foi necessária.

“Temos que levar em consideração que o STF tem em mãos vários casos em que se discute o direito à vida e eles merecem muito estudo. Inclusive com a participação do que chamamos ´amigos da corte´ – médicos, biólogos e também religiosos. O Supremo amadureceu a ideia”, defende o professor.

Para ele, se comparado a outros países, o Brasil ainda está muito atrasado no que se refere a leis que envolvem temas polêmicos, como a utilização de material genético em pesquisas e a eutanásia, por exemplo.
“Temos muito o que avançar ainda. No caso da eutanásia, por exemplo, o Conselho Federal de Medicinal editou uma resolução, que foi suspensa. Com um diagnóstico de doença sem cura ou de estado vegetativo, a pessoa ainda não tem o direito de ter sua vontade respeitada, mesmo que tenha isso escrito e registrado”, ressalta, acrescentando que “é preciso desmitificar esses assuntos”, frisou.

Fonte: Diário do Nordeste

Mãe pode interromper gravidez de anencéfalo

No STF, os votos de quatro ministros encerraram, ontem, o julgamento. No total, só dois foram contrários

Brasília. A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que um feto com anencefalia é natimorto e, portanto, a interrupção da gravidez nesses casos não é comparada ao aborto, considerado crime pelo Código Penal. A discussão iniciada há oito anos no STF foi encerrada ontem após dois dias de julgamento.

Por decisão do Supremo, mulheres que decidem abortar fetos anencéfalos e médicos que provocam a interrupção da gravidez não cometem crime. A decisão defendida por oito dos dez ministros que se posicionaram livra as gestantes que esperam fetos com anencefalia de buscarem autorização da Justiça para antecipar os partos.

Algumas dessas liminares demoravam meses para serem obtidas. E, em alguns casos, a mulher não conseguia autorização e acabava, à revelia, levando a gestação até o fim. Agora, diagnosticada a anencefalia, elas podem ir ao médicos para a realização do procedimento. A anencefalia é uma má-formação fetal que resulta da falha de fechamento do tubo neural (a estrutura que dá origem ao cérebro e à medula espinhal), levando à ausência de cérebro, calota craniana e couro cabeludo.

O Código Penal, em vigor desde 1940, prevê dois casos para autorização de aborto legal: quando coloca em risco a saúde da mãe e em caso de gravidez resultante de estupro. Qualquer mudança dessa lei precisa ser aprovada pelo Congresso.
Por 8 votos a 2, o STF julgou que o feto anencéfalo não tem vida e, portanto, não é possível acusar a mulher do crime de aborto. Dos quatro ministros que votaram ontem – Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso -, apenas o último votou contra. Os outros três se somaram aos cinco proferidos a favor no primeiro dia de julgamento (Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia). Na quarta-feira, Ricardo Lewandowski foi contra a interrupção da gravidez nesses casos. Dias Toffoli declarou-se impedido de votar por já ter se posicionado a favor quando era da Advocacia-Geral da União.

Ayres Britto afirmou que gestantes carregam um “natimorto cerebral” no útero, sem perspectiva de vida. “É preferível arrancar essa plantinha ainda tenra no chão do útero do que vê-la precipitar no abismo da sepultura”, declarou. A maioria dos ministros reconheceu que a saúde física e psíquica da grávida de anencéfalo pode ser prejudicada se levar até o fim a gestação.
Conforme médicos ouvidos na audiência pública realizada pelo STF em 2008, a gravidez de feto sem cérebro pode provocar complicações à saúde da mãe, como pressão arterial alta, risco de perda do útero e, em casos extremos, a morte da mulher. Por isso, ministros disseram que impedir a interrupção da gravidez seria comparável à tortura.

Gilmar Mendes, favorável à possibilidade de interrupção da gravidez, sugeriu que o Ministério da Saúde edite normas que regulem os procedimentos a serem adotados pelos médicos. Uma das propostas é que antes da realização do aborto o diagnóstico de anencefalia seja atestado em laudos emitidos por dois médicos diferentes.

Contra
Só dois ministros votaram contra a liberação do aborto – Ricardo Lewandowski e o presidente do STF, Cezar Peluso. Lewandowski julgou que somente o Congresso poderia incluir no Código Penal uma terceira exceção ao crime de aborto. Peluso, para quem esse foi o julgamento mais importante do Supremo, disse que “o feto portador de anencefalia tem vida”.

A ação julgada foi proposta em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde. O relator, Marco Aurélio Mello, acatou a tese de que, juridicamente, não se trata de aborto, mas de antecipação do parto que coloca em risco a saúde física e psíquica da gestante.

Ceará registra 5,3% dos casos de anencefalia do País

Fortaleza. A polêmica sobre se existe ou não possibilidade de vida para fetos anencéfalos vai perdurar na sociedade brasileira além do julgamento do STF. Dados do Ministério da Saúde dão conta de que em 2010, 544 mães brasileiras tiveram a notícia de que esperavam filhos sem cérebro, calota craniana e couro cabeludo. Desse total, 29 foram no Ceará. Isso representa 5,33% das ocorrências registradas no País naquele ano.

O número leva em consideração só bebês anencéfalos que chegaram a nascer. Se forem somados os que morreram ainda no ventre da mãe, o dado sobe para 54 nesse mesmo ano. Elevando o percentual para quase 10% dos casos em relação aos registrados no Brasil.

O total do Estado foi informado pela Secretaria de Saúde do Ceará já que o Ministério da Saúde só possui dados nacionais. Aliás, os registros, alerta o próprio Ministério, não traduzem a realidade. Os números, aponta, são subnotificados tanto no País quanto nos Estados. “Principalmente, no interior, quando a mulher toma conhecimento que espera um filho anencéfalo, busca logo abortar sem entrar na justiça”, informa o órgão.

As que decidem manter a gravidez, mesmo sabendo do problema, muitas vezes se surpreendem quando o bebê nasce. É o caso da professora Ana Cecília Araújo Nunes da Silva. Ela deu à luz a Maria Tereza que teve apenas três meses e 28 dias de vida. A criança sofria de anencefalia e Ana teve a “sentença de morte” da menina aos três meses de gravidez. Quem relembra o drama da família é a filha mais velha, Ana Karine, de 22 anos. “Meus pais, missionários do Shalom, moram atualmente no Chile, com meus irmãos mais novos, mas o período desde o dia que soube até o nascimento e ida de Maria Tereza nunca sairão de minha mente”, lembra.

Segundo ela, a mãe reuniu a família e contou sobre a situação do bebê. Maria Tereza nasceu no sétimo mês de gestação. “Todos estávamos na maternidade, inclusive o padre, que batizou o bebê na hora de seu nascimento. A gente não sabia quanto tempo ela ficaria conosco”, diz.
Para surpresa da família e dos médicos, o bebê recebeu alta no 19º dia e foi para casa. Lá, superou as expectativas: chegou a arrancar a sonda de sua alimentação, sorriu, ia para o braço dos irmãos e tomou leite de colher, além de sugar, mesmo de forma fraca, o peito da mãe.

Mesmo após enfrentar o drama de gerar um bebê anencéfalo, Ana Cecília, decidiu ter outro filho, João Paulo. Ficou grávida aos 39 anos de idade. Hoje, o filho mais novo tem seis anos e muita saúde. “Não sabemos o que houve no caso da Maria Tereza, mas não nos arrependemos de cuidar dela enquanto esteve com a gente”, diz Karine.

Assim como no caso da família Araújo, estudos indicam que não há como evitar a anencefalia. Segundo a neonatologista Maria Juliana Viana, acredita-se que o diabetes aumente os riscos. “Mulheres com a doença têm sete vezes mais chances de terem bebês anencéfalos”. Para ajudar na prevenção, diz, especialistas indicam a ingestão de ácido fólico (vitamina do complexo B) antes e no início da gestação, mas isso não garante a ausência da má formação.

O ginecologista e obstetra Alexandre Calkil Batista, recomenda que o pré-natal comece antes mesmo da concepção, preferencialmente, três meses antes. “Assim, a mulher poderá realizar uma consulta médica completa, bem como todos os exames prévios à gestação”. Além disso, se a mulher que deseja engravidar é obesa, diabética ou hipertensa, é importante realizar um tratamento prévio com a finalidade de alcançar o controle e o equilíbrio antes da concepção.

Brasil ainda tem leis atrasadas, diz advogado

Fortaleza. O julgamento que decidiu pela legalização da interrupção de gravidez de anencéfalos levou oito anos para chegar ao fim. A demora, de acordo com o advogado, mestre em Direito pela Universidade de Coimbra e professor de Direito Constitucional da Universidade de Fortaleza (Unifor), Jório Martins, foi necessária.

“Temos que levar em consideração que o STF tem em mãos vários casos em que se discute o direito à vida e eles merecem muito estudo. Inclusive com a participação do que chamamos ´amigos da corte´ – médicos, biólogos e também religiosos. O Supremo amadureceu a ideia”, defende o professor.

Para ele, se comparado a outros países, o Brasil ainda está muito atrasado no que se refere a leis que envolvem temas polêmicos, como a utilização de material genético em pesquisas e a eutanásia, por exemplo.
“Temos muito o que avançar ainda. No caso da eutanásia, por exemplo, o Conselho Federal de Medicinal editou uma resolução, que foi suspensa. Com um diagnóstico de doença sem cura ou de estado vegetativo, a pessoa ainda não tem o direito de ter sua vontade respeitada, mesmo que tenha isso escrito e registrado”, ressalta, acrescentando que “é preciso desmitificar esses assuntos”, frisou.

Fonte: Diário do Nordeste

Anencefalia: com placar de 5 a 1, STF retoma hoje julgamento

Brasília – Com placar de 5 a 1 a favor da interrupção da gravidez de anencéfalos (malformação neural), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) darão continuidade hoje (12), a partir das 14h, ao julgamento sobre o tema. Depois do voto de seis ministros, a sessão foi suspensa por volta das 19h de ontem (11).

Faltam votar os ministros Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes, Celso de Melo e Cezar Peluso. Antonio Dias Toffoli disse que está impedido de votar porque, no passado, quando era advogado-geral da União, manifestou-se favorável à interrupção da gravidez no caso de anencéfalos.

Relator da ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), o ministro Marco Aurélio Mello foi o primeiro a votar. Em mais de duas horas, ele argumentou que deve ser garantido o direito da mulher de escolher se quer interromper a gestação de um feto com anencefalia.

“Estão em jogo a privacidade, a autonomia e a dignidade humana dessas mulheres. Hão de ser respeitadas tanto as que optem por prosseguir a gravidez quanto as que prefiram interromper a gravidez para pôr fim ou minimizar um estado de sofrimento. Não se pode exigir da mulher aquilo que o Estado não vai fornecer por meio de manobras médicas”, disse. O relator defendeu a “antecipação terapêutica do parto”, o que considera diferente do aborto, pois a Constituição só autoriza em caso de estupro e riscos à saúde da grávida.

A ministra Rosa Weber também acompanhou o voto de Marco Aurélio Mello, alegando a defesa do direito reprodutivo feminino. “Não está em jogo o direito do feto, mas da gestante. A proibição da antecipação do parto fere a liberdade de escolha da gestante que se encontra na situação de carregar o feto anencéfalo em seu ventre”.

Após Weber, Joaquim Barbosa também se posicionou favoravelmente à interrupção da gravidez nessas situações. Luiz Fux, o quarto voto a favor da ação, alegou que é injustiça condenar uma mulher à prisão por ela optar pelo fim da gravidez de um feto sem chance de sobreviver fora do útero. Com exceção das situações previstas em lei, a gestante que fizer um aborto pode ser condenada de um a três anos de prisão, e o médico, de um a quatro.

“É justo colocar essa mulher no banco do júri como se fosse a praticante de um delito contra a vida? Por que punir essa mulher que já padece de uma tragédia humana?”, indagou Fux.

Em seguida, a ministra Cármen Lúcia acompanhou os colegas. “A mulher que não pode interromper essa gravidez tem medo do que pode acontecer – o medo físico, psíquico e de vir a ser punida penalmente”, alegou. .

Último a votar na sessão dessa quarta-feira, Ricardo Lewandowski manifestou-se contrário. Segundo ele, permitir o aborto de um anencéfalo pode criar brecha para “a interrupção da gestação de inúmeros outros embriões que sofrem ou venham a sofrer outras doenças, genéticas ou adquiridas, as quais, de algum modo, levem ao encurtamento de sua vida intra ou extrauterina”.

Na sessão de ontem, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, esclareceu que caso a ação seja aprovada, ela não será uma obrigação para as mulheres. Aquelas que desejarem seguir com o parto estão resguardadas. “Não está se afirmando que a mulher deve [interromper a gravidez]”, destacou.

 

O advogado Luiz Roberto Barroso, que representa a CNTS, sustentou que “a criminalização da interrupção da gestação quando o feto não é viável viola os direitos das mulheres”. Advogados contrários à aprovação da medida também apresentarão suas posições.

Do lado de fora do STF, grupos religiosos contrários à legalização do aborto de anencéfalos fizeram uma vigília e orações pela não aprovação da medida.

Fonte: Agência Brasil

Anencefalia: com placar de 5 a 1, STF retoma hoje julgamento

Brasília – Com placar de 5 a 1 a favor da interrupção da gravidez de anencéfalos (malformação neural), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) darão continuidade hoje (12), a partir das 14h, ao julgamento sobre o tema. Depois do voto de seis ministros, a sessão foi suspensa por volta das 19h de ontem (11).

Faltam votar os ministros Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes, Celso de Melo e Cezar Peluso. Antonio Dias Toffoli disse que está impedido de votar porque, no passado, quando era advogado-geral da União, manifestou-se favorável à interrupção da gravidez no caso de anencéfalos.

Relator da ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), o ministro Marco Aurélio Mello foi o primeiro a votar. Em mais de duas horas, ele argumentou que deve ser garantido o direito da mulher de escolher se quer interromper a gestação de um feto com anencefalia.

“Estão em jogo a privacidade, a autonomia e a dignidade humana dessas mulheres. Hão de ser respeitadas tanto as que optem por prosseguir a gravidez quanto as que prefiram interromper a gravidez para pôr fim ou minimizar um estado de sofrimento. Não se pode exigir da mulher aquilo que o Estado não vai fornecer por meio de manobras médicas”, disse. O relator defendeu a “antecipação terapêutica do parto”, o que considera diferente do aborto, pois a Constituição só autoriza em caso de estupro e riscos à saúde da grávida.

A ministra Rosa Weber também acompanhou o voto de Marco Aurélio Mello, alegando a defesa do direito reprodutivo feminino. “Não está em jogo o direito do feto, mas da gestante. A proibição da antecipação do parto fere a liberdade de escolha da gestante que se encontra na situação de carregar o feto anencéfalo em seu ventre”.

Após Weber, Joaquim Barbosa também se posicionou favoravelmente à interrupção da gravidez nessas situações. Luiz Fux, o quarto voto a favor da ação, alegou que é injustiça condenar uma mulher à prisão por ela optar pelo fim da gravidez de um feto sem chance de sobreviver fora do útero. Com exceção das situações previstas em lei, a gestante que fizer um aborto pode ser condenada de um a três anos de prisão, e o médico, de um a quatro.

“É justo colocar essa mulher no banco do júri como se fosse a praticante de um delito contra a vida? Por que punir essa mulher que já padece de uma tragédia humana?”, indagou Fux.

Em seguida, a ministra Cármen Lúcia acompanhou os colegas. “A mulher que não pode interromper essa gravidez tem medo do que pode acontecer – o medo físico, psíquico e de vir a ser punida penalmente”, alegou. .

Último a votar na sessão dessa quarta-feira, Ricardo Lewandowski manifestou-se contrário. Segundo ele, permitir o aborto de um anencéfalo pode criar brecha para “a interrupção da gestação de inúmeros outros embriões que sofrem ou venham a sofrer outras doenças, genéticas ou adquiridas, as quais, de algum modo, levem ao encurtamento de sua vida intra ou extrauterina”.

Na sessão de ontem, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, esclareceu que caso a ação seja aprovada, ela não será uma obrigação para as mulheres. Aquelas que desejarem seguir com o parto estão resguardadas.  “Não está se afirmando que a mulher deve [interromper a gravidez]”, destacou.

 

O advogado Luiz Roberto Barroso, que representa a CNTS, sustentou que “a criminalização da interrupção da gestação quando o feto não é viável viola os direitos das mulheres”. Advogados contrários à aprovação da medida também apresentarão suas posições.

Do lado de fora do STF, grupos religiosos contrários à legalização do aborto de anencéfalos fizeram uma vigília e orações pela não aprovação da medida.

Fonte: Agência Brasil

Fortaleza é a 2ª capital em número de pessoas acima do peso

sobrepesoestão ficando mais gordos: 53,7% da população está com o peso acima do ideal, o que deixa a capital em segundo lugar no ranking brasileiro, ficando atrás somente de Porto Alegre (55,4%). No Brasil, o índice é de 49%. Os dados são da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde. Desde 2006, quando foi iniciada a pesquisa, houve um aumento de 14% no número de pessoas com sobrepeso no País. A auxiliar administrativa Renata Marques, 23, afirma que, por conta da gravidez, está tendo que perder peso: “A barriga vai crescer e, se eu não emagrecer, posso ter dificuldades para andar”. Hoje, ela tem 125 quilos. O índice de pessoas acima do peso em Fortaleza é bem maior entre os homens (58,3%) do que entre as mulheres (49,6%). Já o número de obesos, que são aqueles que têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 30, é de 18,4% entre os fortalezenses. A cidade fica em quarto lugar no País e em segundo no Nordeste, praticamente empatada com Natal (18,5%). O excesso de peso ainda não trouxe problemas de saúde para Renata. “Não tenho pressão e colesterol altos, nem problemas com glicemia”, relata. Porém, isso é exceção. Segundo a endocrinologista Gretna Maia, a obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, doenças osteodegenerativas (como artrose) e cardiovasculares, além de maior incidência de câncer de mama e intestinal. Renata Marques até fez várias dietas para reduzir o peso, mas com o tempo recuperava tudo de novo. “Eu tenho facilidade de engordar. Na minha casa, todos são gordinhos”. A endocrinologista confirma que há um componente genético na obesidade. Gretna Maia diz que o primeiro passo do tratamento inclui uma mudança de estilo de vida, com reeducação alimentar e prática de exercícios físicos. “E isso deve ser contínuo e não só por um período”, afirma. Em alguns casos, podem ser utilizados medicamentos que ajudam a emagrecer. Como última alternativa, é utilizada a cirurgia bariátrica, com a redução do estômago, mas ela só é indicada para os obesos mórbidos com doenças graves . Cálculo do IMC O índice de massa corpórea (IMC) ideal é entre 20 e 25 kg/m². Quem está entre 25 e 30, é considerado com sobrepeso. Já quem de 30 e 40 é classificado obeso. Os que estão acima 40 são tidos como obesos mórbidos. Para fazer o cálculo, basta dividir o peso pelo valor resultante da altura elevada ao quadrado. ENTENDA A NOTÍCIA O inquérito por telefone (Vigitel) ouviu 54.144 pessoas com 18 anos ou mais em 26 Estados, durante o ano de 2011. O objetivo da pesquisa é identificar hábitos de vida que podem ter impacto na saúde pública. Enquanto o Brasil tem 15,8% da população obesa, o Chile tem 25,1%, a Argentina tem 20,5% e os Estados Unidos, 27,6%. Saiba mais Atendimento básico A coordenadora municipal de Estratégia da Saúde da Família, Julieta Pontes, afirma que as equipes do Programa Saúde da Família fazem o acompanhamento dos casos de obesidade nas famílias. “É um problema que tem agravado nos últimos 20 anos”, afirma. Quem precisa de tratamento, é encaminhado para um dos 30 Núcleos de Apoio à Família (NAF), onde se tem acesso a psicólogos, nutricionistas e educadores físicos. Fonte: Jornal O Povo Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, 53,7% dos fortalezenses estão acima do peso ideal. Obesidade é uma das principais causas de doenças crônicas Os fortalezenses

Fortaleza é a 2ª capital em número de pessoas acima do peso

sobrepesoestão ficando mais gordos: 53,7% da população está com o peso acima do ideal, o que deixa a capital em segundo lugar no ranking brasileiro, ficando atrás somente de Porto Alegre (55,4%). No Brasil, o índice é de 49%. Os dados são da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde. Desde 2006, quando foi iniciada a pesquisa, houve um aumento de 14% no número de pessoas com sobrepeso no País. A auxiliar administrativa Renata Marques, 23, afirma que, por conta da gravidez, está tendo que perder peso: “A barriga vai crescer e, se eu não emagrecer, posso ter dificuldades para andar”. Hoje, ela tem 125 quilos. O índice de pessoas acima do peso em Fortaleza é bem maior entre os homens (58,3%) do que entre as mulheres (49,6%). Já o número de obesos, que são aqueles que têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 30, é de 18,4% entre os fortalezenses. A cidade fica em quarto lugar no País e em segundo no Nordeste, praticamente empatada com Natal (18,5%). O excesso de peso ainda não trouxe problemas de saúde para Renata. “Não tenho pressão e colesterol altos, nem problemas com glicemia”, relata. Porém, isso é exceção. Segundo a endocrinologista Gretna Maia, a obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, doenças osteodegenerativas (como artrose) e cardiovasculares, além de maior incidência de câncer de mama e intestinal. Renata Marques até fez várias dietas para reduzir o peso, mas com o tempo recuperava tudo de novo. “Eu tenho facilidade de engordar. Na minha casa, todos são gordinhos”. A endocrinologista confirma que há um componente genético na obesidade. Gretna Maia diz que o primeiro passo do tratamento inclui uma mudança de estilo de vida, com reeducação alimentar e prática de exercícios físicos. “E isso deve ser contínuo e não só por um período”, afirma. Em alguns casos, podem ser utilizados medicamentos que ajudam a emagrecer. Como última alternativa, é utilizada a cirurgia bariátrica, com a redução do estômago, mas ela só é indicada para os obesos mórbidos com doenças graves . Cálculo do IMC O índice de massa corpórea (IMC) ideal é entre 20 e 25 kg/m². Quem está entre 25 e 30, é considerado com sobrepeso. Já quem de 30 e 40 é classificado obeso. Os que estão acima 40 são tidos como obesos mórbidos. Para fazer o cálculo, basta dividir o peso pelo valor resultante da altura elevada ao quadrado. ENTENDA A NOTÍCIA O inquérito por telefone (Vigitel) ouviu 54.144 pessoas com 18 anos ou mais em 26 Estados, durante o ano de 2011. O objetivo da pesquisa é identificar hábitos de vida que podem ter impacto na saúde pública. Enquanto o Brasil tem 15,8% da população obesa, o Chile tem 25,1%, a Argentina tem 20,5% e os Estados Unidos, 27,6%. Saiba mais Atendimento básico A coordenadora municipal de Estratégia da Saúde da Família, Julieta Pontes, afirma que as equipes do Programa Saúde da Família fazem o acompanhamento dos casos de obesidade nas famílias. “É um problema que tem agravado nos últimos 20 anos”, afirma. Quem precisa de tratamento, é encaminhado para um dos 30 Núcleos de Apoio à Família (NAF), onde se tem acesso a psicólogos, nutricionistas e educadores físicos. Fonte: Jornal O Povo Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, 53,7% dos fortalezenses estão acima do peso ideal. Obesidade é uma das principais causas de doenças crônicas Os fortalezenses

Casas de apoio a pessoas com HIV em SP e CE receberão recursos

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira autoriza o repasse este ano de R$ 3,989 milhões pelo Ministério da Saúde para casas de apoio a pessoas portadoras de HIV/aids nos estados de São Paulo e do Ceará.

Desse total, R$ 3,670 milhões serão destinados para 17 municípios paulistas, de acordo com a Agência Brasil. Além da capital, receberão recursos as cidades de Americana, Bauru, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Guaratinguetá, Indaiatuba, Lagoinha, Mogi Mirim, Osasco, Ribeirão Preto, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, Tatuí e Tupã. No Ceará, os recursos no valor de R$ 319,8 mil irão para Fortaleza (R$ 177,6 mil) e Sobral (R$ 142,2 mil).

As casas de apoio foram criadas na segunda metade da década de 1980 para oferecer abrigo e assistência a adultos vivendo com HIV/aids em condições de vulnerabilidade socioeconômica. Nesses locais, os pacientes são acolhidos temporariamente e recebem orientação sobre os cuidados com a saúde, o uso correto dos medicamentos e a adesão ao tratamento.

Fonte: Agência Estado

Unimed do Nordeste do Ceará
Rua Raimundo Teófilo de Castro, 232 - Centro - Itapipoca
Telefones: (88) 3631-1303