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Paciente poderá registrar quais procedimentos quer no fim da vida

pacienteResolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) trata dos limites terapêuticos para doentes em fase terminal
O paciente vai poder registrar no próprio prontuário quais procedimentos médicos quer ser submetido no fim da vida, como prevê resolução divulgada nesta quinta-feira, 30, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que trata dos limites terapêuticos para doentes em fase terminal.
As regras estabelecem critérios para o uso de tratamentos considerados invasivos ou dolorosos em casos onde não há possibilidade de recuperação. A chamada diretiva antecipada de vontade consiste no registro do desejo do paciente em um documento, que dá suporte legal e ético para o cumprimento da orientação.
O testamento vital, de acordo com o CFM, é facultativo e poderá ser feito em qualquer momento da vida – inclusive por pessoas em perfeita condição de saúde – e poderá ser modificado ou revogado a qualquer instante.
São aptas a expressar esse desejo pessoas com idade igual ou maior a 18 anos ou que estejam emancipadas judicialmente. O interessado deve estar em pleno gozo das faculdades mentais, lúcido e responsável por seus atos perante a Justiça.
O registro poderá ser feito pelo médico assistente na ficha médica ou no prontuário do paciente, sem a necessidade de testemunhas. O documento, por fazer parte do atendimento médico, não precisa ser pago pelo paciente. Se considerar necessário, o paciente poderá nomear um representante legal para garantir o cumprimento de seu desejo.
Caso o paciente manifeste interesse, poderá registrar o termo também em cartório. Conforme o CFM, a vontade do paciente não poderá ser contestada nem mesmo por parentes – o único que pode alterá-la é o próprio paciente.
Segundo as diretrizes, o paciente poderá definir, com a ajuda de um médico, se deseja passar por procedimentos como, por exemplo, o uso de respirador artificial (ventilação mecânica), tratamentos com remédios, cirurgias dolorosas e extenuantes ou mesmo a reanimação em casos de parada cardiorrespiratória.
O presidente do CFM, Roberto Luiz D’Ávila, considerou a resolução histórica, já que trata de um dilema provocado pelo próprio avanço da tecnologia. “Ela [resolução] tem permitido que tudo possa ser feito tecnicamente”, disse.
“Na medicina, trabalhamos com variáveis, as coisas se modificam. O que estamos tentando resgatar é que as pessoas morram no tempo certo, mas de maneira digna”, completou.
D’Ávila ressaltou que a diretiva antecipada de vontade não é válida para alguns casos, como um acidente de carro quando a pessoa tem chance de recuperação e, portanto, deve ser submetida a procedimentos de ressuscitação. “Com o documento, eu [paciente] só estou sinalizando que, quando estiver em uma fase terminal crônica, não quero nenhum esforço fútil ou extraordinário.”
O CFM informou que o Código de Ética Médica, em vigor desde abril de 2010, veda ao médico abreviar a vida, ainda que a pedido do paciente ou de um representante legal – prática conhecida como eutanásia. Entretanto, é previsto que, nos casos de doença incurável e de situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico pode oferecer cuidados paliativos disponíveis e apropriados (ortotanásia).
“A medicina paliativa é uma opção hoje muito interessante e regulamentada pelo conselho. A pessoa não será abandonada, o que é um medo muito grande dos pacientes”, concluiu o presidente do CFM.
A Resolução 1.995 deve ser publicada amanhã (31) no Diário Oficial da União.
Confira abaixo os principais pontos da resolução:
As diretivas antecipadas de vontade devem ser registradas de qual forma?
O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que foram diretamente comunicadas pelo paciente.
As diretivas precisam ser registradas em cartório?
Não é necessário, mas pode ser feito caso o paciente deseje.
É possível cancelar o testamento vital?
Sim, desde que o paciente esteja lúcido para fazer isso. Assim sendo, ele deve procurar o médico para manifestar essa mudança, bem como alterar o documento em cartório, caso tenha sido registrado.
É necessário ter testemunhas?
Não. Porém, pode ser feito como forma de segurança.
Quem pode fazer?
Maiores de 18 anos ou emancipados, desde que estejam lúcidos.
Posso eleger um representante que não seja da família?
Sim. Um procurador pode ser qualquer pessoa de confiança.
Meus parentes tem prioridade acima do meu representante legal?
Não. As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos parentes.
Posso solicitar a interrupção de qualquer procedimento?
O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica.
Fonte: O Estadão http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,paciente-podera-registrar-quais-procedimentos-quer-no-fim-da-vida,923700,0.htm

Paciente poderá registrar quais procedimentos quer no fim da vida

pacienteResolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) trata dos limites terapêuticos para doentes em fase terminal
O paciente vai poder registrar no próprio prontuário quais procedimentos médicos quer ser submetido no fim da vida, como prevê resolução divulgada nesta quinta-feira, 30, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que trata dos limites terapêuticos para doentes em fase terminal.
As regras estabelecem critérios para o uso de tratamentos considerados invasivos ou dolorosos em casos onde não há possibilidade de recuperação. A chamada diretiva antecipada de vontade consiste no registro do desejo do paciente em um documento, que dá suporte legal e ético para o cumprimento da orientação.
O testamento vital, de acordo com o CFM, é facultativo e poderá ser feito em qualquer momento da vida – inclusive por pessoas em perfeita condição de saúde – e poderá ser modificado ou revogado a qualquer instante.
São aptas a expressar esse desejo pessoas com idade igual ou maior a 18 anos ou que estejam emancipadas judicialmente. O interessado deve estar em pleno gozo das faculdades mentais, lúcido e responsável por seus atos perante a Justiça.
O registro poderá ser feito pelo médico assistente na ficha médica ou no prontuário do paciente, sem a necessidade de testemunhas. O documento, por fazer parte do atendimento médico, não precisa ser pago pelo paciente. Se considerar necessário, o paciente poderá nomear um representante legal para garantir o cumprimento de seu desejo.
Caso o paciente manifeste interesse, poderá registrar o termo também em cartório. Conforme o CFM, a vontade do paciente não poderá ser contestada nem mesmo por parentes – o único que pode alterá-la é o próprio paciente.
Segundo as diretrizes, o paciente poderá definir, com a ajuda de um médico, se deseja passar por procedimentos como, por exemplo, o uso de respirador artificial (ventilação mecânica), tratamentos com remédios, cirurgias dolorosas e extenuantes ou mesmo a reanimação em casos de parada cardiorrespiratória.
O presidente do CFM, Roberto Luiz D’Ávila, considerou a resolução histórica, já que trata de um dilema provocado pelo próprio avanço da tecnologia. “Ela [resolução] tem permitido que tudo possa ser feito tecnicamente”, disse.
“Na medicina, trabalhamos com variáveis, as coisas se modificam. O que estamos tentando resgatar é que as pessoas morram no tempo certo, mas de maneira digna”, completou.
D’Ávila ressaltou que a diretiva antecipada de vontade não é válida para alguns casos, como um acidente de carro quando a pessoa tem chance de recuperação e, portanto, deve ser submetida a procedimentos de ressuscitação. “Com o documento, eu [paciente] só estou sinalizando que, quando estiver em uma fase terminal crônica, não quero nenhum esforço fútil ou extraordinário.”
O CFM informou que o Código de Ética Médica, em vigor desde abril de 2010, veda ao médico abreviar a vida, ainda que a pedido do paciente ou de um representante legal – prática conhecida como eutanásia. Entretanto, é previsto que, nos casos de doença incurável e de situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico pode oferecer cuidados paliativos disponíveis e apropriados (ortotanásia).
“A medicina paliativa é uma opção hoje muito interessante e regulamentada pelo conselho. A pessoa não será abandonada, o que é um medo muito grande dos pacientes”, concluiu o presidente do CFM.
A Resolução 1.995 deve ser publicada amanhã (31) no Diário Oficial da União.
Confira abaixo os principais pontos da resolução:
As diretivas antecipadas de vontade devem ser registradas de qual forma?
O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que foram diretamente comunicadas pelo paciente.
As diretivas precisam ser registradas em cartório?
Não é necessário, mas pode ser feito caso o paciente deseje.
É possível cancelar o testamento vital?
Sim, desde que o paciente esteja lúcido para fazer isso. Assim sendo, ele deve procurar o médico para manifestar essa mudança, bem como alterar o documento em cartório, caso tenha sido registrado.
É necessário ter testemunhas?
Não. Porém, pode ser feito como forma de segurança.
Quem pode fazer?
Maiores de 18 anos ou emancipados, desde que estejam lúcidos.
Posso eleger um representante que não seja da família?
Sim. Um procurador pode ser qualquer pessoa de confiança.
Meus parentes tem prioridade acima do meu representante legal?
Não. As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos parentes.
Posso solicitar a interrupção de qualquer procedimento?
O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica.
Fonte: O Estadão http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,paciente-podera-registrar-quais-procedimentos-quer-no-fim-da-vida,923700,0.htm

49% dos jovens ingerem bebidas alcoolicas

Pesquisa aponta que, em Fortaleza, as mulheres consomem mais álcool do que os homens
A morte por coma alcoólico de Natália Regiele Tabosa, de 21 anos, alerta para uma situação grave na Capital cearense: 49,4% dos jovens possuem o hábito de tomar bebida alcoólica desde os 14 anos. O dado faz parte da pesquisa “Retratos de Fortaleza Jovem”, realizada pela Prefeitura em parceria com o Instituto da Juventude Contemporânea (IJC).
A pesquisa ouviu 1.734 sujeitos e foi distribuída pelos bairros em função da proporção de jovens do sexo masculino e feminino, nas faixas de idade de 15 a 19 anos, de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos. O trabalho foi realizado há quatro anos, mas, de acordo com o poder público municipal, ainda traduz a realidade.
Outro dado que chama atenção é o percentual de mulheres frequentadoras de bares e restaurantes da Capital e que gostam de tomar bebidas alcoólicas. Do total de entrevistadas, 65,8% tomaram seu primeiro gole entre os 15 e 24 anos, contra 55,3% dos homens da mesma faixa etária. Dos 20 aos 24 anos, elas também são maioria, com 49,5% contra 33,6% deles. Na casa dos 25 aos 29 anos, a proporção também é grande: 59,4 (mulheres) e 33,6% (homens).
É ilegal vender bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. O titular da Coordenadoria da Infância e Juventude, desembargador Francisco Suenon Bastos Mota, afirma que a fiscalização em bares, restaurantes e casas de shows é feita semanalmente.
Ao todo, são 150 agentes voluntários, organizados em grupos de trabalho, que fazem a busca especialmente durante os fins de semana.
A coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rane Félix, informa que a Prefeitura, a partir dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), fez outra pesquisa sobre o assunto.
De acordo com o estudo, 88,6 dos 12,5 mil pacientes atendidos no Caps AD (Álcool e outras Drogas) são usuários de álcool. Desse universo, 21% estão entre 20 e 29 anos de idade. Do total, 60,7% bebem e fumam e 34,8% ingerem bebidas alcoólicas associadas com o crack.
Segundo o sociólogo Paulo Campos Júnior, os dados são preocupantes, porque a ingestão de álcool nesta faixa etária pode causar sérios danos. “A adolescência é a fase final da maturação do organismo. O uso de substâncias psicoativas podem levar à morte de neurônios pela toxicidade”, analisa.
Euforia
A estudante Maria Santos (nome fictício), de 21 anos, diz que bebe para ficar mais “desinibida para as paqueras”.
Sobre a questão, a psicóloga Tereza Sampaio avalia que quem começa a beber ainda jovem acredita que, quanto mais consumir bebidas, mais alegre e relaxado vai ficar. “No entanto, não é isso que acontece. O álcool é uma substância que não obedece à lógica simples de quanto mais melhor”, ressalta.
Os efeitos das bebidas alcoólicas acontecem em duas fases. Na primeira delas, o álcool age como um estimulante e deixa a pessoa eufórica, mas, à medida que as doses vão aumentando, passa-se à segunda fase, na qual começam a surgir os efeitos depressores do álcool, levando à diminuição da coordenação motora, dos reflexos e à sonolência.
FIQUE POR DENTRO
Coma alcoólico teria matado Natália Regiele
Natália Regiele, 21 anos, foi encontrada morta em um apartamento na Avenida Abolição no dia 29 de julho desse ano. O laudo cadavérico apontou como causa de morte uma parada respiratória em razão de intoxicação química por ingestão de álcool. O documento descartou sinais de violência e indicou, ainda, a ausência de substâncias entorpecentes.
Rena Gomes Moura, responsável pelo caso, considera a possibilidade de três crimes: negligência por falta de socorro, homicídio culposo e estupro de vulnerável.
Hábito de fumar também preocupa
Não só o uso do álcool chama a atenção dos especialistas em saúde pública. Segundo a pesquisa “Retratos de Fortaleza Jovem”, 14,5% dos 1.734 entrevistados têm o hábito de fumar tabaco. Desse total, 25% começaram a partir dos 13 anos de idade. Outros 28,6% usam cigarro comum desde os 14 e 15 anos, e 21,6% iniciaram aos 16 e 17 anos.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco junto ao público jovem são essenciais para que a indústria do fumo consiga manter e expandir suas vendas.
Ainda de acordo com o órgão, o tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil, e isso se deve às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. A isto, somam-se a promoção e publicidade.
Iniciativa
No Ceará, ontem, Dia Mundial de Combate ao Fumo, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), promoveu ação para alertar consumidores de shoppings para os males do cigarro. O objetivo é informar que o cigarro contém mais de 4.700 substâncias. Muitas delas utilizadas em produtos e situações que os fumantes jamais imaginariam. É o caso da naftalina, que mata baratas, e é uma das substâncias contidas no cigarro.
Para chamar a atenção dos consumidores, os educadores em saúde da Sesa farão exposição de frascos gigantes contendo as substâncias usadas na produção dos cigarros que trazem prejuízos à saúde e à qualidade de vida da população. Os educadores em saúde realizarão ainda exames para medir a quantidade de monóxido de carbono – gás presente nos escapamentos dos carros – nos pulmões. Afeta quem traga e quem respira a fumaça, substituindo o oxigênio na corrente sanguínea.
Com a ideia de promover saúde e de prevenir o tabagismo, despertando interesse para hábitos saudáveis, os educadores farão, também, apresentação de frutas com os poderes de cada uma no bem-estar, seguida de distribuição.
Fonte: Diário do Nordeste

49% dos jovens ingerem bebidas alcoolicas

Pesquisa aponta que, em Fortaleza, as mulheres consomem mais álcool do que os homens
 
A morte por coma alcoólico de Natália Regiele Tabosa, de 21 anos, alerta para uma situação grave na Capital cearense: 49,4% dos jovens possuem o hábito de tomar bebida alcoólica desde os 14 anos. O dado faz parte da pesquisa “Retratos de Fortaleza Jovem”, realizada pela Prefeitura em parceria com o Instituto da Juventude Contemporânea (IJC).
 
A pesquisa ouviu 1.734 sujeitos e foi distribuída pelos bairros em função da proporção de jovens do sexo masculino e feminino, nas faixas de idade de 15 a 19 anos, de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos. O trabalho foi realizado há quatro anos, mas, de acordo com o poder público municipal, ainda traduz a realidade.
 
Outro dado que chama atenção é o percentual de mulheres frequentadoras de bares e restaurantes da Capital e que gostam de tomar bebidas alcoólicas. Do total de entrevistadas, 65,8% tomaram seu primeiro gole entre os 15 e 24 anos, contra 55,3% dos homens da mesma faixa etária. Dos 20 aos 24 anos, elas também são maioria, com 49,5% contra 33,6% deles. Na casa dos 25 aos 29 anos, a proporção também é grande: 59,4 (mulheres) e 33,6% (homens).
 
É ilegal vender bebidas alcoólicas para menores de 18 anos. O titular da Coordenadoria da Infância e Juventude, desembargador Francisco Suenon Bastos Mota, afirma que a fiscalização em bares, restaurantes e casas de shows é feita semanalmente.
 
Ao todo, são 150 agentes voluntários, organizados em grupos de trabalho, que fazem a busca especialmente durante os fins de semana.
 
A coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rane Félix, informa que a Prefeitura, a partir dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), fez outra pesquisa sobre o assunto.
 
De acordo com o estudo, 88,6 dos 12,5 mil pacientes atendidos no Caps AD (Álcool e outras Drogas) são usuários de álcool. Desse universo, 21% estão entre 20 e 29 anos de idade. Do total, 60,7% bebem e fumam e 34,8% ingerem bebidas alcoólicas associadas com o crack.
 
Segundo o sociólogo Paulo Campos Júnior, os dados são preocupantes, porque a ingestão de álcool nesta faixa etária pode causar sérios danos. “A adolescência é a fase final da maturação do organismo. O uso de substâncias psicoativas podem levar à morte de neurônios pela toxicidade”, analisa.
 
Euforia
 
A estudante Maria Santos (nome fictício), de 21 anos, diz que bebe para ficar mais “desinibida para as paqueras”.
 
Sobre a questão, a psicóloga Tereza Sampaio avalia que quem começa a beber ainda jovem acredita que, quanto mais consumir bebidas, mais alegre e relaxado vai ficar. “No entanto, não é isso que acontece. O álcool é uma substância que não obedece à lógica simples de quanto mais melhor”, ressalta.
 
Os efeitos das bebidas alcoólicas acontecem em duas fases. Na primeira delas, o álcool age como um estimulante e deixa a pessoa eufórica, mas, à medida que as doses vão aumentando, passa-se à segunda fase, na qual começam a surgir os efeitos depressores do álcool, levando à diminuição da coordenação motora, dos reflexos e à sonolência.
 
FIQUE POR DENTRO
Coma alcoólico teria matado Natália Regiele
 
Natália Regiele, 21 anos, foi encontrada morta em um apartamento na Avenida Abolição no dia 29 de julho desse ano. O laudo cadavérico apontou como causa de morte uma parada respiratória em razão de intoxicação química por ingestão de álcool. O documento descartou sinais de violência e indicou, ainda, a ausência de substâncias entorpecentes.
 
Rena Gomes Moura, responsável pelo caso, considera a possibilidade de três crimes: negligência por falta de socorro, homicídio culposo e estupro de vulnerável.
 
Hábito de fumar também preocupa
 
Não só o uso do álcool chama a atenção dos especialistas em saúde pública. Segundo a pesquisa “Retratos de Fortaleza Jovem”, 14,5% dos 1.734 entrevistados têm o hábito de fumar tabaco. Desse total, 25% começaram a partir dos 13 anos de idade. Outros 28,6% usam cigarro comum desde os 14 e 15 anos, e 21,6% iniciaram aos 16 e 17 anos.
 
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a promoção e o marketing de produtos derivados do tabaco junto ao público jovem são essenciais para que a indústria do fumo consiga manter e expandir suas vendas.
 
Ainda de acordo com o órgão, o tabaco é a segunda droga mais consumida entre os jovens, no mundo e no Brasil, e isso se deve às facilidades e estímulos para obtenção do produto, entre eles o baixo custo. A isto, somam-se a promoção e publicidade.
 
Iniciativa
 
No Ceará, ontem, Dia Mundial de Combate ao Fumo, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), promoveu ação para alertar consumidores de shoppings para os males do cigarro. O objetivo é informar que o cigarro contém mais de 4.700 substâncias. Muitas delas utilizadas em produtos e situações que os fumantes jamais imaginariam. É o caso da naftalina, que mata baratas, e é uma das substâncias contidas no cigarro.
 
Para chamar a atenção dos consumidores, os educadores em saúde da Sesa farão exposição de frascos gigantes contendo as substâncias usadas na produção dos cigarros que trazem prejuízos à saúde e à qualidade de vida da população. Os educadores em saúde realizarão ainda exames para medir a quantidade de monóxido de carbono – gás presente nos escapamentos dos carros – nos pulmões. Afeta quem traga e quem respira a fumaça, substituindo o oxigênio na corrente sanguínea.
 
Com a ideia de promover saúde e de prevenir o tabagismo, despertando interesse para hábitos saudáveis, os educadores farão, também, apresentação de frutas com os poderes de cada uma no bem-estar, seguida de distribuição.
 
Fonte: Diário do Nordeste

Brasil gasta R$ 20 bilhões para tratar doenças do tabaco

cigarroPaís dispensou 0,5% de seu PIB para tratar doenças relacionadas ao tabaco, segundo levantamento da Aliança do Controle do Tabagismo, a ACT
O Brasil gastou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para tratar doenças relacionadas ao tabaco, conforme levantamento feito pela organização não governamental Aliança do Controle do Tabagismo (ACT). Os gastos somaram quase R$ 21 bilhões no ano passado. O Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado hoje (29) em todo o país.
De acordo com os dados da ACT, 82% dos casos de câncer de pulmão no país são causados pelo fumo. Outros problemas de saúde também são provocados pelo cigarro: 83% dos casos de câncer de laringe estão relacionados ao tabagismo, 13% dos casos de câncer do colo do útero e 17% dos casos de leucemia mieloide.
No Distrito Federal (DF), por exemplo, a arrecadação, em média, é R$ 6,2 milhões mensais com a venda de cigarros (o valor corresponde a 25% do preço por carteira vendida). Por outro lado, o governo local gasta R$ 18 milhões por mês com o tratamento de doenças vinculadas ao fumo, segundo o pneumologista e coordenador do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Celso Rodrigues.
Para o médico, os números mostram o impacto do vício na saúde. De acordo com Rodrigues, o tabagismo cria dependência química, física e psicológica, o que influencia no tratamento. “É muito importante que a pessoa entenda a relação dela com o cigarro. Ela tem que entender por que fuma, por que deseja parar de fumar e onde está a dificuldade, por que não parou até agora”, explica.
A secretaria oferece terapia em grupo, durante um ano e três meses, em 62 unidades de saúde e em 47 empresas habilitadas a atender funcionários interessados em parar de fumar. Ações de prevenção e promoção de saúde também são promovidas em escolas.
Em média, 500 fumantes iniciam o tratamento nas unidades de saúde a cada mês. Cerca de 400 pacientes conseguem deixar o fumo, sendo que 200 têm recaídas durante a terapia – quando os pacientes são orientados a buscar a secretaria novamente caso voltem a fumar.
O cigarro vicia porque o principal componente – a nicotina – faz com que o cérebro libere dopamina, hormônio que dá uma sensação agradável. O organismo do fumante passa a pedir doses maiores de nicotina para que a sensação se repita e a pessoa sente necessidade de fumar cada vez mais.
Os males causados pelo fumo não são apenas relacionados ao sistema respiratório. Segundo Mônica Andreis, vice-diretora da ACT, as pessoas ligam o cigarro somente ao câncer de pulmão. “Ele também causa câncer de bexiga, boca, língua, faringe, problemas de fertilidade e derrame cerebral.”
Fonte: Agência Brasil

Brasil gasta R$ 20 bilhões para tratar doenças do tabaco

cigarroPaís dispensou 0,5% de seu PIB para tratar doenças relacionadas ao tabaco, segundo levantamento da Aliança do Controle do Tabagismo, a ACT
O Brasil gastou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para tratar doenças relacionadas ao tabaco, conforme levantamento feito pela organização não governamental Aliança do Controle do Tabagismo (ACT). Os gastos somaram quase R$ 21 bilhões no ano passado. O Dia Nacional de Combate ao Fumo é lembrado hoje (29) em todo o país.
De acordo com os dados da ACT, 82% dos casos de câncer de pulmão no país são causados pelo fumo. Outros problemas de saúde também são provocados pelo cigarro: 83% dos casos de câncer de laringe estão relacionados ao tabagismo, 13% dos casos de câncer do colo do útero e 17% dos casos de leucemia mieloide.
No Distrito Federal (DF), por exemplo, a arrecadação, em média, é R$ 6,2 milhões mensais com a venda de cigarros (o valor corresponde a 25% do preço por carteira vendida). Por outro lado, o governo local gasta R$ 18 milhões por mês com o tratamento de doenças vinculadas ao fumo, segundo o pneumologista e coordenador do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Celso Rodrigues.
Para o médico, os números mostram o impacto do vício na saúde. De acordo com Rodrigues, o tabagismo cria dependência química, física e psicológica, o que influencia no tratamento. “É muito importante que a pessoa entenda a relação dela com o cigarro. Ela tem que entender por que fuma, por que deseja parar de fumar e onde está a dificuldade, por que não parou até agora”, explica.
A secretaria oferece terapia em grupo, durante um ano e três meses, em 62 unidades de saúde e em 47 empresas habilitadas a atender funcionários interessados em parar de fumar. Ações de prevenção e promoção de saúde também são promovidas em escolas.
Em média, 500 fumantes iniciam o tratamento nas unidades de saúde a cada mês. Cerca de 400 pacientes conseguem deixar o fumo, sendo que 200 têm recaídas durante a terapia – quando os pacientes são orientados a buscar a secretaria novamente caso voltem a fumar.
O cigarro vicia porque o principal componente – a nicotina – faz com que o cérebro libere dopamina, hormônio que dá uma sensação agradável. O organismo do fumante passa a pedir doses maiores de nicotina para que a sensação se repita e a pessoa sente necessidade de fumar cada vez mais.
Os males causados pelo fumo não são apenas relacionados ao sistema respiratório. Segundo Mônica Andreis, vice-diretora da ACT, as pessoas ligam o cigarro somente ao câncer de pulmão. “Ele também causa câncer de bexiga, boca, língua, faringe, problemas de fertilidade e derrame cerebral.”
Fonte: Agência Brasil

Anvisa pede que laboratórios informem situação de estoque de medicamentos

anvisa A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou notificação a 14 laboratórios farmacêuticos para que informem a condição de estoque de alguns medicamentos em um prazo de 24 horas. De acordo com o órgão, essas empresas são responsáveis por produtos cuja distribuição estaria sendo afetada pela greve dos funcionários da Anvisa. A agência também solicita aos laboratórios que informem o motivo para a possível falta de produto e avisem sobre “qualquer problema que ocorra relacionado a liberação de medicamentos” para que possam ser tomadas medidas emergenciais para garantir o abastecimento. Entre os medicamentos que a Anvisa solicita informações estão alguns utilizados para o tratamento do câncer e do diabetes, como a insulina. Também estão na lista outros produtos como fios de sutura, kits de diagnóstico e soluções parenterais que são aplicadas diretamente na coerente sanguínea, como soro ou glicose. Fonte: Agência Brasil

Anvisa pede que laboratórios informem situação de estoque de medicamentos

anvisa A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou notificação a 14 laboratórios farmacêuticos para que informem a condição de estoque de alguns medicamentos em um prazo de 24 horas. De acordo com o órgão, essas empresas são responsáveis por produtos cuja distribuição estaria sendo afetada pela greve dos funcionários da Anvisa. A agência também solicita aos laboratórios que informem o motivo para a possível falta de produto e avisem sobre “qualquer problema que ocorra relacionado a liberação de medicamentos” para que possam ser tomadas medidas emergenciais para garantir o abastecimento. Entre os medicamentos que a Anvisa solicita informações estão alguns utilizados para o tratamento do câncer e do diabetes, como a insulina. Também estão na lista outros produtos como fios de sutura, kits de diagnóstico e soluções parenterais que são aplicadas diretamente na coerente sanguínea, como soro ou glicose. Fonte: Agência Brasil

Contaminação por hepatite ameaça trabalho de manicures e tatuadores

hepatitiPor trabalharem com instrumentos cortantes e perfurantes, sob constante risco de contato com sangue de clientes, manicures e tatuadores são alguns dos profissionais mais vulneráveis a contrair hepatite. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 33 mil novas pessoas são infectadas anualmente no Brasil por hepatites virais.
De olho na proteção dessas pessoas, o Ministério da Saúde abriu o concurso cultural Arte, Prevenção e Hepatites Virais para Tatuadores e Manicures. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de setembro. Os prêmios vão de televisões a quantias de R$ 2 mil e R$ 5 mil. O edital está disponível na internet.
Cada vez mais, esses profissionais se tornam conscientes de que devem reforçar a proteção contra a doença, especialmente com o uso de luvas e óculos de proteção, além de realizarem a vacinação. Mesmo conhecendo os riscos, entretanto, nem todos seguem integralmente as recomendações.
“No momento que estou fazendo as unhas do cliente, tomo sempre cuidado, mas não uso luvas, embora sei que tenho que usar. Não consigo ficar com elas por muito tempo, acho desconfortável. Após fazer as unhas [das clientes], lavo as mãos e passo álcool gel”, disse a manicure Gleiziane Abrantes, 28 anos.
Atualmente, existem três principais tipos identificados de hepatite, uma doença do fígado: A, B e C. Entre 1999 e 2011, foram registrados 120 mil casos da hepatite B e 82 mil da C. A hepatite A tem tido queda de incidência, com 3,6 mil casos em 2011.
A dona de um salão de beleza em Brasília, Marina Praia, entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber como proceder para garantir a segurança de clientes e empregados do empreendimento. Ela recebeu como orientação o uso de autoclave, um equipamento que esteriliza materiais metálicos, como aço e inox, a altas temperaturas.
“Tomo todos os cuidados necessários para evitar as doenças muito divulgadas, desde micose até hepatites e outras doenças mais graves”, explicou Marina.
Cada tipo de hepatite tem diferentes tipos de contágio, sintomas e tratamento. No caso da hepatite A, o tipo mais brando da inflamação no fígado, a doença é transmitida via oral, por meio de água ou alimentos contaminados. É um vírus autolimitado, que as próprias defesas do corpo do portador conseguem combater. O principal sintoma é diarreia.
De acordo com a médica infectologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Celeste Silveira, muitas pessoas contraem a hepatite A e não sabem que estão contaminadas. Celeste explicou que o principal tratamento é repousar, para estimular as defesas do organismo.
As hepatites B e C são transmitidas sexualmente ou pela via sanguínea. O contágio é feito por meio de sexo sem preservativo e do uso de materiais não esterilizados e de uso compartilhado – como agulhas, alicates e instrumentos cirúrgicos e odontológicos. Os principais sintomas são febre, icterícia (aspecto amarelado na pele e nos olhos) e mal-estar. A faixa etária mais atingida por esses tipos é entre 20 e 39 anos.
A principal diferença entre os tipos B e C de hepatite é o risco de a doença se tornar crônica. Os sintomas são semelhantes, assim como o tratamento, feito com imunomoduladores – como o interferon – e outros antivirais administrados concomitantemente.
O objetivo do medicamento é estimular as defesas do paciente para que o sistema imunológico combata o vírus. Segundo a médica, cerca de 70% dos casos de hepatite C não são curados e voltam a incidir. O que diferencia as hepatites B e C são testes laboratoriais.
A reincidência da hepatite pode comprometer as funções do órgão e causar câncer ou cirrose – cicatrizes que se formam no fígado, causando um endurecimento do tecido, prejudicando seu funcionamento.
Não há vacinas contra a hepatite A, tipo mais benigno da doença e mais incidente em crianças. Para o tipo C, também não há vacina. Contra a do tipo B, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina, administrada em três doses.
“Eu tomo muito cuidado na hora de fazer a tatuagem para não pegar doenças e também tomo as vacinas recomendadas pelo governo. O profissional que não fizer isso pode contaminar a pessoa e se contaminar. Eu fiz um curso de prevenção contra doenças e caso aconteça algum acidente, sei quais procedimentos tomar até chegar ao hospital”, disse o tatuador Bruno Pessoa, 38 anos.
Para evitar a contaminação da hepatite C, a médica Celeste Silveira orienta para o uso de preservativos, a realização de exames pré-natais (para evitar o contágio de mãe para filho) e o não compartilhamento de materiais perfurantes descartáveis, como agulhas e seringas.
Para o tratamento por meio de acupuntura, a opção é manter kit individual de agulhas. No caso de materiais cirúrgicos e odontológicos, deve ser feita esterilização. Em salões de beleza, deve-se dar preferência ao uso individual de alicates e outros instrumentos. Em estúdios de tatuagem, deve-se observar se são usadas agulhas descartáveis.
“Eu fiz um treinamento que orienta [tatuadores] a trabalhar. Vi os riscos que corremos, todo cuidado é pouco. O curso serve para reduzir ou mesmo eliminar, os riscos de contaminação especificamente na área de tatuagem. Hoje está melhor para trabalharmos, há no mercado os materiais descartáveis. O preço ainda é alto, mas é mais seguro”, informou o tatuador Cláudio Ferreira, 38 anos.
Fonte: Agência Brasil

Contaminação por hepatite ameaça trabalho de manicures e tatuadores

hepatitiPor trabalharem com instrumentos cortantes e perfurantes, sob constante risco de contato com sangue de clientes, manicures e tatuadores são alguns dos profissionais mais vulneráveis a contrair hepatite. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 33 mil novas pessoas são infectadas anualmente no Brasil por hepatites virais.
De olho na proteção dessas pessoas, o Ministério da Saúde abriu o concurso cultural Arte, Prevenção e Hepatites Virais para Tatuadores e Manicures. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de setembro. Os prêmios vão de televisões a quantias de R$ 2 mil e R$ 5 mil. O edital está disponível na internet.
Cada vez mais, esses profissionais se tornam conscientes de que devem reforçar a proteção contra a doença, especialmente com o uso de luvas e óculos de proteção, além de realizarem a vacinação. Mesmo conhecendo os riscos, entretanto, nem todos seguem integralmente as recomendações.
“No momento que estou fazendo as unhas do cliente, tomo sempre cuidado, mas não uso luvas, embora sei que tenho que usar. Não consigo ficar com elas por muito tempo, acho desconfortável. Após fazer as unhas [das clientes], lavo as mãos e passo álcool gel”, disse a manicure Gleiziane Abrantes, 28 anos.
Atualmente, existem três principais tipos identificados de hepatite, uma doença do fígado: A, B e C. Entre 1999 e 2011, foram registrados 120 mil casos da hepatite B e 82 mil da C. A hepatite A tem tido queda de incidência, com 3,6 mil casos em 2011.
A dona de um salão de beleza em Brasília, Marina Praia, entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para saber como proceder para garantir a segurança de clientes e empregados do empreendimento. Ela recebeu como orientação o uso de autoclave, um equipamento que esteriliza materiais metálicos, como aço e inox, a altas temperaturas.
“Tomo todos os cuidados necessários para evitar as doenças muito divulgadas, desde micose até hepatites e outras doenças mais graves”, explicou Marina.
Cada tipo de hepatite tem diferentes tipos de contágio, sintomas e tratamento. No caso da hepatite A, o tipo mais brando da inflamação no fígado, a doença é transmitida via oral, por meio de água ou alimentos contaminados. É um vírus autolimitado, que as próprias defesas do corpo do portador conseguem combater. O principal sintoma é diarreia.
De acordo com a médica infectologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Celeste Silveira, muitas pessoas contraem a hepatite A e não sabem que estão contaminadas. Celeste explicou que o principal tratamento é repousar, para estimular as defesas do organismo.
As hepatites B e C são transmitidas sexualmente ou pela via sanguínea. O contágio é feito por meio de sexo sem preservativo e do uso de materiais não esterilizados e de uso compartilhado – como agulhas, alicates e instrumentos cirúrgicos e odontológicos. Os principais sintomas são febre, icterícia (aspecto amarelado na pele e nos olhos) e mal-estar. A faixa etária mais atingida por esses tipos é entre 20 e 39 anos.
A principal diferença entre os tipos B e C de hepatite é o risco de a doença se tornar crônica. Os sintomas são semelhantes, assim como o tratamento, feito com imunomoduladores – como o interferon – e outros antivirais administrados concomitantemente.
O objetivo do medicamento é estimular as defesas do paciente para que o sistema imunológico combata o vírus. Segundo a médica, cerca de 70% dos casos de hepatite C não são curados e voltam a incidir. O que diferencia as hepatites B e C são testes laboratoriais.
A reincidência da hepatite pode comprometer as funções do órgão e causar câncer ou cirrose – cicatrizes que se formam no fígado, causando um endurecimento do tecido, prejudicando seu funcionamento.
Não há vacinas contra a hepatite A, tipo mais benigno da doença e mais incidente em crianças. Para o tipo C, também não há vacina. Contra a do tipo B, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacina, administrada em três doses.
“Eu tomo muito cuidado na hora de fazer a tatuagem para não pegar doenças e também tomo as vacinas recomendadas pelo governo. O profissional que não fizer isso pode contaminar a pessoa e se contaminar. Eu fiz um curso de prevenção contra doenças e caso aconteça algum acidente, sei quais procedimentos tomar até chegar ao hospital”, disse o tatuador Bruno Pessoa, 38 anos.
Para evitar a contaminação da hepatite C, a médica Celeste Silveira orienta para o uso de preservativos, a realização de exames pré-natais (para evitar o contágio de mãe para filho) e o não compartilhamento de materiais perfurantes descartáveis, como agulhas e seringas.
Para o tratamento por meio de acupuntura, a opção é manter kit individual de agulhas. No caso de materiais cirúrgicos e odontológicos, deve ser feita esterilização. Em salões de beleza, deve-se dar preferência ao uso individual de alicates e outros instrumentos. Em estúdios de tatuagem, deve-se observar se são usadas agulhas descartáveis.
“Eu fiz um treinamento que orienta [tatuadores] a trabalhar. Vi os riscos que corremos, todo cuidado é pouco. O curso serve para reduzir ou mesmo eliminar, os riscos de contaminação especificamente na área de tatuagem. Hoje está melhor para trabalharmos, há no mercado os materiais descartáveis. O preço ainda é alto, mas é mais seguro”, informou o tatuador Cláudio Ferreira, 38 anos.
Fonte: Agência Brasil

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