Busca no site:

Posts cadastrados em janeiro 2013

Anvisa alerta para contraindicação da pílula Diane 35 em pacientes com risco de trombose

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou um informe nesta terça-feira (29) sobre a pílula Diane 35, alertando para os riscos do produto para pacientes com histórico de processos trombóticos (formação de coágulos em veias ou artérias). O documento foi divulgado após agência reguladora de medicamentos francesa, a ANSM (L’Agence nationale de sécurité du médicament et des produits de santé), ter associado a ocorrência de quatro mortes ao uso do medicamento.

Nesta quarta-feira (30), porém, a França anunciou que a pílula e seus genéricos terão a venda suspensa – medida que entrará em vigor daqui a três meses. O princípio ativo do produto é o acetato de ciproterona e etinilestradio.

A Diane 35 é usada no Brasil como anticoncepcional e também para controle do hirsutismo (excesso de pelos), ovários policísticos e acne em mulheres. Na França, porém, apenas o tratamento contra acne era aprovado. A autoridade de saúde considera que faltam estudos para confirmar o benefício do produto como contraceptivo.

“Novos dados mostraram que o risco de tromboembolismo, incluindo o tromboembolismo venoso, é quatro vezes maior nas usuárias em relação a mulheres que não fazem o tratamento”, informa o comunicado da ANSM.

A agência brasileira diz que até o momento não recebeu relatos de profissionais de saúde sobre problemas com o produto, registrado no país desde 2002, e diz que está acompanhando o caso “para avaliar quais medidas devem ser tomadas”.

Procurada pelo UOL na manhã desta quarta-feira (30), depois que a agência francesa anunciou a suspensão da pílula, a assessoria de imprensa da Anvisa respondeu que, por enquanto, o posicionamento permanece o mesmo.

O informe da Anvisa lembra que a bula do produto no país já traz alertas referentes ao risco de trombose arterial ou venosa. Por isso, deve ser respeitada a contraindicaçãoi da pílula para pessoas que tenham sofrido trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto ou AVC, e também para mulheres com sinais que possam preceder esses problemas, como angina (dor no peito) e episódio isquêmico transitório.

A agência de medicamentos francesa confirmou, no último domingo (27), que quatro mulheres morreram por trombose venosa profunda relacionada ao Diane 35. Outras mortes relatadas teriam sido causadas por “doenças subjacentes”, concluiu a autoridade de saúde.

Nos últimos anos, outros anticoncepcionais também entraram no radar das agências reguladoras, especialmente a drospirenona (princípio ativo das pílulas Yaz e Yasmin), que foi relacionada a casos de trombose e embolia, causando inclusive algumas mortes.

A trombose é a formação de um coágulo sanguíneo em uma veia ou artéria, impedindo o fluxo do sangue. Na trombose venosa profunda, em geral a veia afetada fica nos membros inferiores. O coágulo pode causar inchaço e dor. Quando se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, é chamado de embolia e pode provocar lesões graves no cérebro, nos pulmões ou em outra área do corpo.

O que o fabricante diz

A Bayer informou que, até o momento, o conteúdo do relatório das autoridades de saúde da França mencionado nos artigos da imprensa não foi comunicado à Bayer Healthcare França. A empresa lembra que Diane 35 é um medicamento aprovado pelas Autoridades de Saúde da França para o tratamento da acne em mulheres. O mesmo produto é aprovado para diferentes indicações nos 116 países em que é comercializado.

“Diane-35 deve ser prescrito estritamente como indicado na bula e depois de uma consulta médica, seguindo indicação e de acordo com as indicações da bula. O risco de tromboembolismo venoso (TEV) é conhecido e claramente mencionado na bula do produto. Como para qualquer droga, a prescrição de Diane 35 é monitorada de perto. Os resultados deste monitoramento são comunicados às autoridades de saúde, seguindo regulamentação aplicável de farmacovigilância”, diz o comunicado.

A companhia também diz que sempre colaborou com as autoridades de saúde para fornecer todas as informações relevantes sobre a utilização e o perfil de benefício/risco do Diane 35 e vai continuar a fazê-lo.

Fonte: UOL

Contran reduz tolerância de álcool no teste do bafômetro

Desde ontem (29), quem for pego dirigindo sob efeito de álcool sofrerá penalidades e pode ser preso. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou nesta terça-feira, no Diário Oficial da União, a Resolução 432/13 que estabelece diretrizes para o cumprimento da Lei Seca mais rigorosa, sancionada em dezembro do ano passado. Pela resolução, se o teste do bafômetro apontar marca igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar, o motorista será autuado, responderá por infração gravíssima, pagará multa de R$ 1.915,40, terá a carteira de habilitação recolhida, o direito de dirigir suspenso por 12 meses, além da retenção do veículo. Antes, o limite era 0,1 miligrama de álcool por litro de ar.

Caso o teste aponte concentração igual ou superior a 0,34 miligrama por litro de ar, o ato de dirigir passa a ser considerado crime e o motorista, além de pagar a multa e ter a carteira de motorista apreendida, será encaminhado para a delegacia. Comprovada a embriaguez, o condutor pode ser condenado à detenção de seis meses a três anos.

Nem mesmo o uso de enxaguantes bucais com algum teor alcoólico escapa das novas regras. “A lei não dá margem. Qualquer concentração estará sujeita a penalidade. No caso do enxaguante, o caso teria que ser analisado individualmente, mas o condutor seria pego pelo bafômetro”, explica o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

A embriaguez pode ser comprovada pelo teste do bafômetro, exames laboratoriais, vídeos ou testemunhos, de acordo com a resolução. Os policiais deverão preencher um questionário. No documento, marcarão os possíveis sinais de embriaguez que o condutor apresente, como sonolência, olhos vermelhos, vômito, soluços, desordem nas vestes, odor de álcool no hálito, agressividade, exaltação, arrogância, ironia ou dispersão. De acordo com o ministro, não existe um número mínimo de características exigido para justificar a embriaguez. “Ele deve apresentar um conjunto dessas características. Geralmente uma vem acompanhada de mais”.

Caso o condutor apresente esses sinais, está sujeito às penas administrativas mesmo que se recuse a fazer o teste do bafômetro ou o exame de sangue. Para a infração ser considerada crime, é preciso a comprovação por meio de exames, não necessariamente de sangue. “Eles [os exames] serão determinados pelo agente de trânsito e o condutor será encaminhado ao laboratório indicado na delegacia”, explica o ministro. O condutor pode recorrer à Justiça.

Aguinaldo Ribeiro disse que, para melhor aplicação da legislação, os agentes de trânsito estão fazendo cursos de capacitação, que serão ampliados em 2013. O governo espera, com as medidas, reduzir em 50% o número de acidentes de trânsito até 2020. De acordo com dados do ministério, a redução tem por base o número de mortes registrado em 2010, 42 mil.

 

Fonte: Agência Brasil

Médico explica como inalação de fumaça afeta saúde

A BBC Brasil conversou com o pneumologista José Eduardo Afonso Júnior, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, para saber como a inalação de fumaça em incêndios afeta o organismo. Afonso explicou que há dois problemas críticos em situações de incêndio: a inalação de substâncias tóxicas e as queimaduras internas provocadas pela inalação de fumaça quente. “O monóxido de carbono que se forma a partir da queima de materiais entra pelo pulmão e cai na corrente sanguínea, ocupando espaço nos glóbulos vermelhos onde deveria estar o oxigênio”, disse. “Quando os glóbulos vermelhos ficam tomados por monóxido de carbono, não conseguem transportar oxigênio, o que provoca a morte”. O médico citou como exemplo casos onde pessoas morrem por inalar monóxido de carbono em uma garagem fechada.

Tóxica e Quente

Mas, no caso de incêndios, a fumaça inalada é perigosa não apenas por carregar toxinas, como também por sua alta temperatura. “A fumaça gerada pela combustão de produtos que espumam, como plástico, já é altamente tóxica. Mas, além disso, a alta temperatura dessa fumaça causa lesões na traqueia e nos brônquios, chegando até os alvéolos” (estruturas localizadas dentro do pulmão onde ocorre a troca de gases – oxigênio e gás carbônico). O médico explicou que, quando a fumaça muito quente é inalada, os brônquios da pessoa se fecham. “É como uma crise aguda de bronquite que fecha os brônquios e não deixa o ar passar”, disse. “Você sofre pela falta de ar e pode sentir dor porque a traqueia tem nervos que dão sensação de dor”. “A combinação da inalação do monóxido de carbono com a lesão térmica leva ao óbito em poucos minutos”

Boate Kiss

Comentando sobre a tragédia na casa noturna gaúcha, Afonso disse supor que a maioria das vítimas tenha morrido por asfixia. “A impressão que tenho, com base apenas nas imagens que vi, é de que a maior parte morreu por causa da fumaça e do monóxido de carbono, não pela queimadura em si”. Segundo Afonso, quando há queimaduras internas por fumaça quente, a face e os cabelos da vítima também ficam queimados. “Pelo que ouvi, os corpos não estavam carbonizados, Então, suponho que a causa da morte tenha sido asfixia”. Se há muita fumaça, e dependendo da concentração de toxinas, a pessoa perde a consciência mais rápido, ele explicou. Ele enfatiza, no entanto, que seus comentários são hipotéticos, pois ele não possui informações específicas sobre o caso da boate Kiss.

Sequelas

Enquanto alguns, nesse momento, lutam para enfrentar a perda de entes queridos, outros velam, ansiosos, pelas dezenas de jovens internados nos hospitais da região. Em sua entrevista à BBC Brasil, o pneumologista José Eduardo Afonso Jr. disse que muitos pacientes que sobrevivem a tragédias como essa se recuperam completamente. É o caso, por exemplo, de pacientes que sofreram intoxicação por monóxido de carbono e perderam a consciência mas foram resgatados a tempo. “Ficam no suporte de oxigênio e sob monitoramento, mas o monóxido de carbono vai sendo liberado e há mínimas sequelas”, explicou. “Apenas em casos em que a oxigenação ficou baixa durante muito tempo pode haver sequelas neurológicas”. Segundo Afonso, a lesão neurológica provocada pela ausência prolongada de oxigênio no cérebro é conhecida como encefalopatia anóxica. “Quando isso ocorre, o paciente não acorda, fica em coma”. “Mas se a oxigenação foi revertida rapidamente, o paciente tem condições de ficar bem”.

Mais problemática, ele explicou, é a lesão térmica e química. “A longo prazo, a cicatrização dessas lesões térmicas pode levar a doenças crônicas, como acontece com fumantes”, explicou. “Em casos mais sérios, pode haver limitação das atividades normais do paciente”. Isso ocorre porque, segundo Afonso, a cicatrização não gera um tecido idêntico ao anterior. O tecido cicatrizado muitas vezes perde sua propriedade básica, de trocar oxigênio com a corrente sanguínea de maneira eficiente. “Dependendo do grau de lesão, há sequelas leves, onde a pessoa vive bem. Se a lesão for mais grave, a pessoa pode precisar de suplementos de oxigênio para o resto da vida, porque o seu pulmão não dá conta”. Outra consequência grave de lesões térmicas é que as queimaduras nas vias respiratórias tiram a proteção natural dos tecidos e deixam a pessoa mais vulnerável a infecções. “A destruição da camada interna dos brônquios e da traqueia favorece infecções e muitos morrem mais tarde, vítimas dessas infecções”. “Aliás, infecções são uma causa comum de morte entre queimados, tanto em queimaduras de pele como de pulmão”, explicou. Uma outra sequela comum entre sobreviventes de incêndios é o acúmulo, dentro do pulmão, de partículas sólidas dos produtos em combustão, carregadas pela fumaça. “Aquilo se solidifica e fica depositado lá, o pulmão não consegue se livrar desses resíduos”, explicou Afonso.O médico lembrou que há várias doenças provocadas pelo acúmulo de resíduos nos pulmões, não apenas em consequência de incêncios.

Trauma Emocional

De maneira geral, a sensação de falta de ar tende a provocar pânico profundo nas pessoas, disse o pneumologista. Ele explicou que muito depende da pessoa e do que ela vivenciou. Mas contou que transtornos de ansiedade (incluindo-se, em casos extremos, a Síndrome do Pânico) e depressão são comuns nesses casos. “Se os seus amigos afundam sua cabeça na piscina, ficar sem respirar, mesmo que por poucos segundos, já é suficiente para causar um pânico grande”. “Entre os sobreviventes de um incêndio como esse, além da situação de estresse e tumulto, quem não conseguiu respirar certamente viverá um trauma”, ele disse. Afonso citou casos de pessoas que se recuperaram bem mas começaram a ter crises de falta de ar, sem qualquer justificativa pulmonar. “Com certeza, esses pacientes devem procurar ajuda psicológica”, recomendou o pneumologista.

Fonte: BBC Brasil

 

COMUNICADO DA UNIMED DO BRASIL SOBRE A TRAGÉDIA EM SANTA MARIA (RS)

A Unimed está em luto pelo fatídico episódio ocorrido na cidade de Santa Maria (RS), na domingo (27.01).

Expressamos nossos sinceros sentimentos de solidariedade aos familiares e amigos das vítimas deste terrível acontecimento, que feriu não só a população rio-grandense, mas todos nós brasileiros.

Também procuramos dar nossa contribuição neste momento de dor, auxiliando as autoridades no atendimento dos feridos, seja com sua frota de ambulâncias no Estado e aeronaves da Uniair seja com seu corpo médico e hospitais de Santa Maria, dos municípios vizinhos e da capital Porto Alegre.

Unimed do Brasil

Brasil é segundo maior do mundo nos casos de hanseníase

O Brasil é, depois da Índia, o segundo país do mundo com maior número de casos de hanseníase, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2011, a Nação registrou cerca de 34 mil novas notificações da doença, número inferior só aos 127 mil registros indianos, com uma população cinco vezes maior. O coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio, afirmou que a situação do País é alarmante, principalmente porque há muitos registros da doença em crianças e adolescentes com menos de 15 anos, totalizando 2.420 casos.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2012, foram detectadas quase 29 mil confirmações nacionais, das quais 1.936 em menores de 15 anos de idade: “É raro hanseníase em criança. Hanseníase em criança significa adulto sem tratamento, significa demanda oculta (casos que não entram nas estatísticas). Isso é mais criança doente do que todas as crianças doentes de hanseníase somadas da América, África e Europa. O Brasil está com um índice alarmante”, disse Custódio.

O Ministério da Saúde acrescentou que os casos de hanseníase diminuíram 26% entre 2001 e 2011. No entanto, a queda da doença no resto do mundo foi muito mais acentuada, já que, segundo a OMS, em um período de seis anos, de 2004 a 2010, houve uma redução de 40% nas ocorrências da enfermidade em todo o mundo. Segundo Custódio, para reduzir essas estatísticas, é preciso que os três níveis de Governo intensifiquem suas ações na prevenção e no tratamento da doença. Ele defende que sejam realizadas campanhas de conscientização da população e também a qualificação dos profissionais de saúde para atender aos pacientes.

A atuação do Ministério da Saúde, para Custódio, consiste em basicamente repassar recursos para os municípios. O coordenador do Morhan também criticou o ministério por falta de participação no Dia Mundial e Nacional de Combate à Hanseníase, que transcorreu ontem: “Nos últimos três anos, nos dias mundiais de combate à hanseníase, o Ministério da Saúde não fez nenhuma campanha”. (das agências de notícias)

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

A hanseníase é uma doença infecciosa que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo. Pode variar de 2 a até mais de 10 anos

 

Fonte: O Povo

Insulina passará a ser produzida no Brasil

No Brasil, 7,6 milhões de pessoas têm diabetes e cerca de 900 mil dependem exclusivamente do SUS para obter a medicação

Parceria entre o Ministério da Saúde e o laboratório ucraniano Indar possibilitará ao Brasil ter sua própria produção de insulina, medicamento utilizado no tratamento dos portadores de diabetes. O acordo ampliará a oferta do produto aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e proporcionará ao Governo federal uma redução das despesas com o medicamento. No Brasil, 7,6 milhões de pessoas têm diabetes e cerca de 900 mil dependem exclusivamente do SUS para obter a medicação.

Neste ano, o País dará início à construção de laboratório para a produção de cristais de insulina, o princípio ativo do medicamento, por meio do Laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Em 2015 serão realizados testes, qualificações e ajustes técnicos para a validade das instalações No ano seguinte, a transferência de tecnologia do laboratório ucraniano para o brasileiro estará concluída para o início da produção. A expectativa é de que em três anos, o Brasil esteja produzindo insulina NPH em escala industrial.

“Queremos reduzir a vulnerabilidade do País no mercado internacional de medicamentos, incentivar a produção nacional de ciência e tecnologia brasileira”, afirmou ontem o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério, Carlos Gadelha, destacou que a parceria fará com que o Brasil domine todo o ciclo de produção do medicamento: “Vamos acabar com qualquer dificuldade de abastecimento e de vulnerabilidade em relação a flutuações de preços no mercado mundial”, afirmou.

Para produzir a insulina, o Ministério da Saúde, por meio da Fiocruz, fará uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o laboratório Biomm. A tecnologia utilizada pela empresa é considerada inovadora e foi patenteada em conjunto com a Universidade de Brasília (UnB). (das agências de notícias)

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O medicamento é usado no tratamento da diabetes e não era fabricado no Brasil desde 2001. A ideia é que, a partir de 2016, o país produza em escala industrial a insulina NPH (de ação mais lenta).

Fonte: O Povo

Pediatras fazem campanha contra o uso de andadores para bebês

Bebê-andadorA Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) começou ontem (21) campanha contra o uso de andadores para bebês. A entidade diz que há pelo menos um caso de traumatismo para cada duas a três crianças que utilizam o andador e que em um terço destes casos as lesões são graves. Os pediatras explicam que bebês que usam o equipamento levam mais tempo para ficar de pé e para caminhar sem apoio, engatinham menos e têm resultados inferiores em testes de desenvolvimento.

O exercício físico também é prejudicado pelo uso do andador, pois, embora ele dê mais mobilidade e velocidade, a criança precisa gastar menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe interessa sem ajuda.

Um dos principais fatores de risco para traumas em crianças, de acordo com a SBP, é dar a ela mais independência do que sua idade permite. Tendo essa liberdade, a criança pode ter acesso a objetos e locais que podem provocar queimaduras, intoxicações e afogamentos. Ainda esta semana, a SBP vai se reunir com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para que os dois órgãos possam discutir a segurança do andador e as providências possíveis.

Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, desde 2010 o uso de andadores por crianças em creches e escolas públicas é proibido. Isso ocorreu depois da morte de uma criança de 10 meses, que caiu enquanto usava um andador. Rui Wolf, o pediatra que atendeu à criança, entrou com denúncia no Ministério Público, que em seguida recomendou que a prefeitura proibisse o uso do equipamento. “A venda de andadores deveria ser proibida em todo o Brasil”, diz Wolf.

Geraldo Henrique Soares, pediatra professor da Faculdade de Medicina de Botucatu e que já atendeu muitas crianças que sofreram acidente envolvendo andadores, acredita que o equipamento mais propicia acidentes do que ajuda no desenvolvimento infantil.

“Eu acho que o pai estimular a criança e respeitar as fases dela é que vai favorecer o desenvolvimento da criança. Muitas vezes a criança ainda não tem condições de suportar nem o próprio peso e, usando andador, ela não vai ter condições de manter a posição ereta quando vier algum obstáculo”, diz Geraldo, acrescentando que muitas vezes a criança muito pequena pode ter lesões nas articulações e na musculatura pelo uso de andador.

Fonte: Agência Brasil

Desaparecimento de crianças nas férias é motivo de preocupação

identificação de criançasFérias. Quem tem filhos sabe que esse é um período em que as crianças precisam de entretenimento para preencher tantas horas livres. Contudo, com tantos locais lotados, como praias e shoppings, é importante atentar para que esses pequenos não se percam e aumentem as estatísticas de crianças desaparecidas no Estado.

De acordo com a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), 111 crianças e adolescentes desapareceram em 2012. Somente neste ano de 2013, foram três adolescentes que desapareceram. Segundo a inspetora de Polícia do setor de investigação da Dececa, Célia de Sousa, cerca de 90% são adolescentes, em geral, com problemas com a família.

“Às vezes, esses adolescentes não são aceitos em casa, por terem relações homoafetivas e fogem para viver a sua vida. Outros querem para transgredir alguma proibição imposta pelos pais. Em alguns casos, o adolescente volta poucos dias depois para casa, sem grandes transtornos”, diz.

Números

Entretanto, esse número pode ser ainda maior, porque em muitos casos, a família não denuncia o desaparecimento. Além disso, nas denúncias feitas em outras delegacias, o processo pode demorar dias para chegar até a Dececa. “Não existe uma unificação das delegacias e nem uma que seja específica nesse tipo de crime, como acontece no Paraná, em que as crianças geralmente são traficadas. Aqui, pelo menos pela realidade da Dececa, são raros os casos identificados assim. Eu não lembro da última vez em que registramos um caso”, explica.

Para a inspetora da Dececa, o ideal é que a família comunique a delegacia imediatamente após notar o desaparecimento da criança. “Não é necessário esperar 24 horas. A busca deve ser imediata. Se possível, a família também deve divulgar cartazes com as fotos da criança nos meios de comunicação e em locais de grande circulação”, diz.

Após o registro do boletim de ocorrência, que pode ser feito em qualquer delegacia, mediante a apresentação de um documento de identificação do responsável, a Polícia aciona os órgãos de Segurança Pública para localizar a criança ou adolescente. Mas para que a criança retorne à sua casa, pode ser preciso que o Centro de Referência Regional Especializada em Assistência Social (Creas) tenha que intervir para negociar esse retorno. “Quando existe um conflito familiar, o Creas é responsável por acompanhar essa família e conversar para que a criança ou o adolescente volte para casa”, ressalta.

Conflitos

No Creas, de acordo com a supervisora Regiana Nogueira, em 2012, foram registradas 147 notificações de desaparecimento. Destas, 125 foram encontradas com vida, três óbitos e 19 permanecem desaparecidas. Já em 2011, foram 134 registros, com 131 localizadas e oito ainda sem paradeiro conhecido.

Apesar de 2012 ter 13 casos a mais que 2011, Regiana Nogueira esclarece que o número é muito instável. “Esse crescimento não tem um porquê, e os desaparecimentos tem uma constância. As crianças são minoria e, por isso, não temos um aumento significativo desse número nos meses de férias. Maio, por exemplo, foi o mês que teve mais registros em 2012″.

Para localizar essas crianças e adolescentes, o Creas se utiliza de um mural na sede da instituição, localizada na Rua Tabelião Fabião, 114, no bairro São Gerardo e de divulgação nas contas de energia da Coelce. Denúncias podem ser feitas através do fone 0800.285.1407

Problemas familiares

Foi por conta de um conflito com o irmão que a dona de casa E.P.O perdeu o contato com o filho, de 10 anos. Depois que ela iniciou um relacionamento amoroso, o irmão se tornou violento e ameaçou que iria levar os seus filhos. Após o nascimento do seu terceiro filho, o primeiro dessa nova união, o irmão raptou os outros dois filhos e os levou até a casa de outra irmã. Após um desentendimento com a parente, ele fugiu com o menino de dez anos e não se sabe do paradeiro dos dois irmãos.

“Não quero me identificar porque tenho medo. Se ele souber que o denunciamos na delegacia, pode tentar me matar, como ele já tentou outras vezes”, conta temerosa.

Para alimentar as esperanças de rever o filha, a dona de casa procura ligar pelo menos duas vezes na semana para a Dececa e procurar notícias sobre o ente querido.

“Se eu denunciei, tenho que confiar na justiça. E a gente vai levando, mas eu ainda creio que vou ter ele de volta. As coisinhas dele ainda estão no mesmo lugar, esperando”, diz.

SAIBA MAIS

Os filhos devem estar sempre no campo visual dos pais
As crianças devem levar no bolso o nome dos da mãe, do pai ou de algum responsável
Além disso, a identificação deve conter endereço e telefone
Assim que a criança aprender a falar, deve aprender o número do telefone de casa
Ao perceber que a criança sumiu, procurar os postos de guarda-vidas
Tente contactar rapidamente os órgãos de segurança pública

Ocorrências

111 crianças foram procuradas pelos pais na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), durante o ano passado. Neste ano, foram três desaparecimentos

Não se pode perder de vista na praia

Nas praias, lotadas nesse início de ano, todo o cuidado é pouco para não perder de vista as crianças. Para ajudar os pais nessa tarefa, os bombeiros disponibilizam, gratuitamente, pulseiras em que é possível colocar o nome da criança, do responsável e o seu telefone, além de qual barraca os pais estão.

De acordo com o assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Nogueira, os guarda-vidas estão presentes apenas na Praia do Futuro. Porém, o papel mais importante para que as crianças não se percam dos pais é dos próprios responsáveis. “Os pais, ao virem à praia com os filhos, não podem perdê-los do seu campo de visão”, ressalta.

De acordo com o sargento Reginaldo Lopes, os casos de crianças perdidas na Praia do Futuro são comuns. “Nos fins de semana, chegamos a registrar quatro a cinco casos por dia. Isso se deve aos pais deixarem os filhos tomarem banho de mar sozinhos e, depois, eles não acharem mais as barracas, por elas serem muito parecidas e difíceis de encontrar após o banho de mar”, diz.

Em geral, as crianças perdidas tem de quatro a sete anos. “Pelo fato de as crianças não terem tanta iniciativa, elas ficam vagando por muito tempo e não pedem informações. Teve um acaso em que a criança andou do Caça e Pesca até a Praia do Futuro”, relata.

Postos

Na Praia do Futuro, existem nove postos com dois guarda-vidas em cada um. Os agentes permanecem nos postos das 7 às 17 horas de domingo a domingo, inclusive no horário de almoço.

Para a empresária Lessandra Firmino, de Teresina, as férias no Ceará serão lembradas ainda por muito tempo. Foi em um parque aquático daqui que o seu filho Davi Lucas, de seis anos, se perdeu pela primeira vez e causou um grande susto em toda a família.

“Não existe sensação pior. Pensei que ele tivesse morrido, ainda bem que achamos ele em menos de uma hora”, relata.

 

Fonte: Diário do Nordeste

Enxaqueca com aura é ligada a enfarte e AVC

enxaquecaMulheres que sofrem de enxaqueca com aura – quando a dor de cabeça é acompanhada de distúrbios visuais, como luzes piscando, manchas brilhantes, visão borrada ou manchas cegas – podem correr um risco maior de sofrer ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC), segundo pesquisadores.

O estudo, feito com 27.860 mulheres durante 15 anos, mostrou que a enxaqueca com aura era o segundo problema a contribuir individualmente com o perigo de um ataque cardíaco ou derrame, perdendo apenas para a pressão alta, afirmou Tobias Kurth, professor de epidemiologia de Harvard e líder da pesquisa publicada ontem pela Academia Americana de Neurologia. Um outro estudo mostrou que mulheres que sofrem de enxaquecas com aura e usam pílulas contraceptivas mais recentes podem correr um risco maior de formar coágulos sanguíneos.

Cerca de 30 milhões de americanos sofrem de enxaqueca e 20% dessas pessoas a têm em conjunto com a aura, vendo luzes piscando ou pontos cegos de meia hora a 10 minutos antes da dor de cabeça, segundo autoridades de saúde do país.

Os cientistas ainda não entendem como a enxaqueca com aura pode contribuir para enfartes e derrames, disse Kurth. Segundo ele, a descoberta mostra que aqueles que sofrem de enxaqueca com aura devem fazer mudanças em seu estilo de vida para correr menos riscos: parar de fumar, não engordar, fazer exercícios e reduzir a pressão arterial.

O estudo que relacionou anticoncepcionais a coágulos foi feito com 145 mil mulheres. Segundo o pesquisador Shivang Joshi, neurologista e professor em Harvard, mais estudos são necessários para entender a relação.

 

Fonte: Estadão

Número de casos de meningite no Ceará tem aumento de 82%

meningiteNos últimos cinco anos, o número de casos de meningite registrados em todo o Estado cresceu 82%. Passou de 46, em 2007, para 84 no ano passado. Do total de casos notificados em 2012, chama atenção que 67% (57) estavam concentrados na Capital e 33% (27) no Interior. Mesmo com o significativo aumento no número de casos, analisando os dados, observa-se uma redução na letalidade. Foram 18 óbitos em 2012, e 20 em 2011.

Os meses de janeiro a maio do ano passado foram os que apresentaram maior ocorrência do número de casos em Fortaleza, com ápice em abril, quando foram registrados nove casos e cinco mortes. Ainda assim, durante todos os meses do ano, casos da doença foram diagnosticados. Considerando todo o Ceará, 23 dos 184 municípios registraram casos da doença, com destaque para Caucaia (3), Barbalha (2), Chorozinho (2) e Horizonte (2).

Acopiara, Boa Viagem, Crato, Eusébio, Guaiuba, Hidrolândia, Icó, Itarema, Maracanaú, Maranguape, Pacatuba, Pentecoste, Quixeramobim, Russas, São Luis do Curu, Tejuçuoca e Jaguaretama apresentaram um caso cada um. No Interior ocorreram, no ano passado, 18 mortes em decorrência da doença.

Manoel Fonsêca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), destaca que, se não for tratada precocemente, a doença pode ser letal. “A pessoa tem 48 horas para começar o tratamento, se passar disso, o quadro pode se agravar”, alerta.

Sintomas

Febre, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez na nuca (dificuldade de dobrar o pescoço) e manchas avermelhadas na pele são os sintomas da meningite. Em crianças com menos de um ano de idade, os sinais podem não ser tão evidentes. Se apresentar choro inconsolável e deixar de mamar, Fonsêca orienta os pais a encaminhá-lo, imediatamente, a um hospital.

Apesar do representativo número de casos registrados em 2012, o gestor explica que a tendência para os próximos cinco anos é de haver uma redução nas ocorrências, uma vez que a vacina foi incluída no calendário em 2010. Em adolescentes e crianças acima de dez anos que não passaram pela imunização, a doença ainda deve persistir.

Imunização

Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningites. Dentre estas, estão disponíveis no calendário básico de vacinação da criança a BCG – que protege contra formas de tuberculose; vacina Hib – contra a meningite e outras infecções causadas por Haemophilus influenza tipo b; vacina pneumocócica 10-valente – contra meningite e; vacina meningocócica conjugada C.

O Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) e o Hospital São José são referência no atendimento de meningite em Fortaleza. Anastácio Queiroz, diretor do Hospital São José, informa que, ontem, a unidade estava com seis pacientes internados com a doença. A maior parte dos enfermos é da Capital, mas o hospital também recebe pacientes de todo o Estado.

O especialista esclarece que a meningite meningocócica é a que mais preocupa, pois transmite de pessoa para pessoa através da tosse e da fala. Apesar do Hospital São José ter recebido muitos casos de meningite no ano passado, Queiroz comenta que a maioria dos pacientes recebeu alta sem maiores problemas e sem apresentar sequelas.

O tratamento é feito com antibióticos. Entretanto, o especialista reforça que, quanto antes o paciente chegar ao hospital, maior a probabilidade de ele ter uma evolução favorável da doença. Alguns fatores determinantes para a ocorrência de meningites relacionam-se às condições de vida em geral da população, principalmente higiene, alimentação e condições de moradia.

Em geral, as meningites no Ceará apresentam comportamento endêmico, com exceção dos anos 2008, 2009 e 2011, onde ocorreram surtos de meningites virais, aumento das meningites pneumocócicas e surtos localizados da doença meningocócica. O primeiro registro de caso da meningite meningocócica foi registrado em 1980, conforme a Sesa.

Fonte: Diário do Nordeste

Hipermetropia afeta visão de 65 milhões de brasileiros, aponta conselho

exame oftalmológicoCalcula-se que 65 milhões de brasileiros têm hipermetropia e 350 mil ficam cegos por catarata, segundo dados divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). A hipermetropia “ocorre quando o olho é menor do que o normal. Isso cria uma condição de dificuldade para que o cristalino focalize na retina os objetos colocados próximos ao olho. A maioria das crianças são hipermétropes de grau moderado, condição esta que diminui com a idade. A hipermetropia pode ser corrigida através do uso de óculos, lentes de contato ou cirurgia”, informa o conselho.

Já a catarata é definida “como qualquer opacificação do cristalino que atrapalhe a entrada de luz nos olhos, acarretando diminuição da visão. As alterações podem levar desde pequenas distorções visuais até a cegueira”. Vários fatores contribuem para o aparecimento da catarata, como medicamentos, diabetes, exposição à radiação, infecções durante a gravidez e desnutrição.
O balanço aponta ainda que cerca de 15 milhões de crianças em idade escolar sofrem de problemas de visão (como miopia, hipermetropia e o astigmatismo), o que pode interferir no aprendizado, autoestima e inserção social. Segundo o conselho, a Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que 33 mil crianças ficam cegas no Brasil por causa de doenças oculares, que podem ser evitadas ou tratadas precocemente, e pelo menos 100 mil têm alguma deficiência visual.

Os conselho alerta que os idosos são os mais afetados por problemas de visão. O risco de cegueira, por exemplo, tende a ser 15 a 30 vezes maior em pessoas com mais de 80 anos em comparação às de 40 anos. O total de cegos no país chega a 1,2 milhão de pessoas. Quanto ao glaucoma, a incidência anual chega a até 2% na população geral e aumenta com o avanço da idade. Acima de 70 anos, pode chegar a 7%.

Em relação à miopia, a estimativa é que afeta de 21 milhões a 68 milhões de pessoas. Na população em geral, a prevalência da doença varia de 11% a 36%, sendo menor entre os negros e maior entre os asiáticos.

Os oftalmologistas alertam que os exames preventivos são a melhor maneira de reduzir a incidência da cegueira e doenças oculares no país, como glaucoma e catarata.

 

Fonte: Agência Brasil

Unimed do Nordeste do Ceará
Rua Raimundo Teófilo de Castro, 232 - Centro - Itapipoca
Telefones: (88) 3631-1303