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Governo vai coletar amostras de sangue e de urina para traçar perfil da saúde dos brasileiros

fabio_motta_estadao_sangueO Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira, 12, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a primeira pesquisa que vai traçar o perfil da saúde da população brasileira por meio de exames laboratoriais de sangue e de urina.

A iniciativa, inédita, foi revelada pelo Estado em outubro do ano passado. O objetivo da pesquisa é identificar quais são as principais doenças crônicas do brasileiro e, a partir daí, traçar estratégias de saúde pública para combatê-las.

Segundo Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do ministério, além dos exames de sangue e urina, os participantes da pesquisa terão medidos a pressão arterial, o peso, a altura e a circunferência abdominal para avaliar prevalência de hipertensão e de obesidade.

Os exames laboratoriais vão analisar os índices de diabete e colesterol, que são fatores de risco ara doenças cardiovasculares, além de anemia falciforme e a sorologia da dengue. A ideia, diz Barbosa, é identificar a prevalência do contato com o vírus da dengue em cada Estado.

“A gente quer saber quantas pessoas já tiveram contato com o vírus da dengue e com quais sorotipos. Isso servirá de base para pesquisas e para orientar o governo no futuro para uma possível introdução da vacina de dengue”, diz.

O exame de urina vai medir a quantidade de sódio no organismo das pessoas para o ministério ter uma ideia real da quantidade de sal que as pessoas estão consumindo. “Há uma preocupação muito grande porque o excesso de sal é fator de risco para a hipertensão”, explica.

Amostra. Outros inquéritos nacionais de saúde já foram feitos nos anos de 2003 e de 2008, mas eles eram um suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE e não incluíam exames laboratoriais, apenas perguntas.

Agora, a pesquisa será realizada independente da Pnad e o questionário será muito mais amplo – terá cerca de 250 questões, além dos exames clínicos e das medições de pressão arterial, peso, altura e medida da circunferência abdominal.

A amostra total para responder o questionário envolverá 80 mil brasileiros, sendo que 25% deles (20 mil) vão fazer também os exames laboratoriais. A logística ficará sob coordenação do Hospital Sírio Libanês, que será o responsável por organizar as coletas, coordenando as duas redes de laboratórios para garantir a padronização da coleta e da análise dos exames. Para isso, hospital vai investir R$ 6 milhões que serão abatidos em renúncia fiscal. O ministério vai investir outros R$ 15 milhões.

Um pré-teste da pesquisa foi realizado no primeiro semestre deste ano. Ao todo, foram feitas 500 entrevistas nos Estados de Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe, Acre e Goiás. Segundo o ministério, o questionário foi bem aceito pelos voluntários.

Prazo. Segundo Barbosa, técnicos do IBGE começam a visitar as casas hoje para aplicar os questionários e fazer as coletas. Até o final do ano essa fase deve estar concluída para início da tabulação dos dados. O ministério estima que terá resultados até o meio do ano que vem.

A ideia do governo é repetir a pesquisa a cada 5 anos, já que a maioria dos indicadores não sofre alterações tão significativas de um ano para o outro, além de a logística ser complicada. “Teremos resultados válidos para todos os Estados e capitais do Brasil. Isso será importante para captarmos diferenças e definirmos estratégias de saúde pública para cada região”, afirma.

Barbosa diz ainda que o ministério continuará fazendo o Vigitel anualmente – a diferença é que essa é uma pesquisa por telefone e depende da declaração das pessoas, já que não há como conferir os dados. “Uma pesquisa complementará a outra.”

Os participantes da pesquisa terão os dados preservados e receberão os resultados dos exames em casa ou pela internet com as orientações, caso haja necessidade. Segundo Barbosa, os resultados serão arquivados na soroteca do Instituto Evandro Chagas, no Pará, e ficarão disponíveis para cientistas para servir como base para pesquisas no futuro.

Fonte: O Estado de S. Paulo

IBGE fará pesquisa nacional sobre saúde da população

pesquisa_e_saude-12-08-13O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta segunda-feira (12), que está iniciando a coleta de dados para a Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS), resultado de um convênio com o Ministério da Saúde, com a participação da Fiocruz.

Até novembro, cerca de 1.000 entrevistadores visitarão 80 mil domicílios em 1.600 municípios em todo o país, para conhecer a saúde e o estilo de vida da população. A pesquisa também tem o objetivo de produzir dados sobre acesso e uso dos serviços de saúde, ações preventivas, continuidade dos cuidados e financiamento da assistência de saúde.

Para saber como está a saúde no Brasil, o IBGE e a Fiocruz planejaram a pesquisa em duas etapas. A primeira consiste no preenchimento de um questionário que captará informações de todos os moradores, em todos os domicílios visitados.

Além disso, será selecionado um morador maior de idade em cada um dos domicílios visitados, que responderá outro questionário e terá medidos peso, altura, cintura e pressão arterial. A escolha desse morador será feita aleatoriamente, pelo computador de mão do agente de pesquisa, no momento da entrevista.

Na segunda etapa da pesquisa, aplicada em 25% das áreas visitadas, esse mesmo morador maior de idade selecionado para as medidas antropométricas e de pressão arterial fará exames laboratoriais de sangue e urina.

A informações para a pesquisa começa pelos Estados de São Paulo, do Mato Grosso do Sul, de Goiás, Rondônia, Roraima, do Amapá e Rio Grande do Sul e, nas próximas semanas, alcançará todas as unidades da federação.

A previsão é de que a pesquisa seja realizada a cada cinco anos, com detalhamento nos níveis Brasil, grandes regiões, unidades da federação, regiões metropolitanas que contenham municípios das capitais e municípios das capitais, e que os primeiros resultados sejam divulgados em 2014.

O sigilo das informações coletadas pela PNS é garantido por lei, inclusive os resultados dos exames laboratoriais. Os dados, garantidos pela lei do sigilo da informação estatística (Lei nº5534), só podem ser utilizadas para fins estatísticos.

Todos os entrevistadores portarão o crachá do IBGE e o equipamento eletrônico de coleta de dados (computador de mão). Também será possível confirmar a identidade do entrevistador pelo telefone 0800-721-8181.

Antes de sair às ruas, eles fizeram um treinamento não só para aplicar o questionário corretamente, como para tirar as medidas antropométricas e de pressão arterial. Já os exames de sangue e urina serão realizados por laboratórios credenciados pelo Ministério da Saúde.

Fonte: UOL

Conheça os benefícios do treinamento funcional para entrar em forma

treinamento-funcionalO nome já diz tudo: “treinamento funcional é como são chamados os exercícios que treinam o corpo para as funções que ele foi originalmente destinado a realizar como andar, correr e outras tarefas do dia a dia”, explica o educador físico Marco Rodrigo Vieira, da academia Cia. Athletica. Em alguns movimentos o esforço fica por conta do peso do próprio corpo – que serve de resistência aos exercícios -, em outros, acessórios como a bola suíça, as faixas elásticas e o minitrampolim podem assumir o mesmo papel.

O treinamento funcional agrega o trabalho de diferentes habilidades em um único exercício. Por exemplo: é possível trabalhar a força, o equilíbrio e a flexibilidade de uma vez só. Para iniciar não é necessário já ser adepto de atividades físicas, qualquer um pode praticar- desde que tenha aval médico. Empolgado para começar? Então confira todos os benefícios que o treinamento funcional pode proporcionar ao seu corpo e mãos à obra.

Músculos fortes de uma vez só

Dentre os diversos benefícios do treinamento funcional, o fortalecimento muscular é o que está conquistando cada vez mais adeptos. O exercício deixa o corpo definido e tonificado por completo , sem, necessariamente, depender de exercícios específicos para o bumbum ou a barriga. “Em comparação com a musculação, o treinamento funcional ativa mais fibras musculares, as fibras estabilizadoras”, explica o educador físico Mauro Yoshida. “O resultado é que seu corpo estará preparado para qualquer movimento diferente dos guiados pela máquina”.

Marco Rodrigo conta que os resultados em termos de fortalecimento muscular podem ser iguais aos da musculação, depende das estratégias de exercícios a serem usadas, dos métodos e forma de aplicação. “O treinamento funcional é montado, respeitando os objetivos de cada praticante”. Se o aluno deseja trabalhar, principalmente os músculos do bumbum e da perna, por exemplo, o treino será focado nesses grupos musculares, mas mesmo assim outros músculos serão exigidos com os exercícios aplicados, por consequência, o corpo como um todo será beneficiado. Já na musculação os grupos musculares são trabalhados isoladamente.

Exercício funcional - foto: Getty Images

Melhora a postura

Você anda curvado ou tem dificuldade em manter uma postura ereta enquanto trabalha? O treinamento funcional, além de fortalecer os músculos que ajudam a manter a coluna reta, ajuda no desenvolvimento da consciência corporal. “Ele cria o hábito de contrair o abdômen e alinhar quadril, ombros e pescoço, uma vez que essa postura é solicitada durante a modalidade”, explica o educador físico Mauro Yoshida, de São Paulo. Mas ele faz a ressalva: “não adianta praticar uma hora de exercícios por dia alinhando o corpo e ficar outras oito horas com postura totalmente errada?. Por isso, vigie-se durante todo o dia.

Treino funcional - foto: Getty Images

Ameniza dores nas costas

“Vários estudos científicos apontam como um dos principais causadores de dores lombares e nas costas a falta de força de sustentação da região central do tronco, o core”, conta Marco Rodrigo. A região do core é uma espécie de cinturão que compreende músculos das regiões lombar, pélvica e do quadril. Sua principal ação é de estabilizar o corpo de uma maneira geral. As estratégias do treinamento funcional atuam diretamente nessa área, já que tem como princípio atividades básicas, que precisam de estabilidade para serem realizadas.

Exercício físico - foto: Getty Images

Trabalha o corpo todo de uma vez só

O educador físico Sandro Borges de Oliveira, da Body Sistems, explica que a maioria dos exercícios do treinamento funcional trabalha movimentos compostos, integrando pernas e braços, uma vez que são esses que ajudam a trabalhar também a região do core. Um exemplo é o exercício de agachamento feito com uso de halteres. De quebra, você sai com braços, pernas e abdômen trabalhados.

Exercício funcional - foto: Getty Images

Trabalho cardiorrespiratório

“Além de ser um ótimo exercício para fortalecer os músculos, o treinamento funcional também trabalha o sistema cardiorrespiratório uma vez que exige velocidade de execução das tarefas e alto tempo de permanência em cada posição, aumentando a frequência cardíaca de acordo com a intensidade das tarefas”, explica Marco Rodrigo.

Exercício com bola e elástico - foto: Getty Images

Equilíbrio e coordenação motora

Alguns exercícios específicos do treinamento funcional trabalham equilíbrio e coordenação motora. “Para isso são utilizados exercícios específicos, como um agachamento unilateral (feito com apenas uma das pernas – a outra fica apoiada atrás do joelho) para equilíbrio e deslocamentos laterais e frontais para coordenação”, explica Mauro. “Gosto de utilizar alguns exercícios do circo para isso, por exemplo: malabarismos são ótimos para coordenação e percepção de espaço com tempo de reação”.

Treino funcional - foto: Getty Images

Flexibilidade

flexibilidade é trabalhada no treinamento funcional, pois sempre os movimentos são sempre executados com amplitude total, fazendo com que o músculo se alongue. “Além disso, um treino funcional pode ter como objetivo principal a flexibilidade e ser feito especificamente para esse fim”, conta Mauro Yoshida.

Exercício funcional - foto: Getty Images

Treino mais dinâmico

Mauro Yoshida explica que as séries de exercícios não são fixas, como nas famosas fichas de treino da musculação, o que deixa o treino mais diversificado. “Trabalhar o corpo completamente, sem se limitar apenas ao fortalecimento ou ao exercício aeróbico, por exemplo, traz dinâmica ao treinamento funcional”, conta Mauro Yoshida.” Não fique apenas no treino, divirta-se e tenha mais prazer em suas práticas esportivas, assim não haverá desânimo ou desculpas para não se exercitar”.

Fonte: Minha Vida

Cerca de 40% dos brasileiros têm colesterol elevado

colesterolEsta quinta-feira (8) é o Dia Nacional de Controle do Colesterol. A data, que existe há 10 anos, tem como objetivo conscientizar a população sobre as doenças decorrentes da elevada taxa de colesterol no sangue, formas de prevenção e tratamento. Mesmo quem nunca desconfiou que pode apresentar esse problema, deve ficar alerta. Afinal, as estatísticas impressionam: em 2012, nada menos que 40% dos brasileiros apresentavam colesterol alto.

O colesterol alto é um dos principais fatores de risco para as chamadas doenças cardiovasculares, responsáveis, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), pela morte de 17 milhões de pessoas anualmente em todo o mundo.

Vários grupos devem prestar atenção ao que ingerem, inclusive os formados por adolescentes. De acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a dieta alimentar do brasileiro, jovens de 14 a 18 anos comem muitos itens com colesterol elevado. Idosos, diabéticos e indivíduos com maior risco cardiovascular igualmente precisam ficar atentos.

“Pressão alta, diabetes, tabagismo, sedentarismo, obesidade e história de doenças cardíacas na família são fatores que aumentam o perigo de distúrbios cardiovasculares e, quando associados ao colesterol alto, elevam ainda mais a probabilidade de desenvolver tais males”, considera o cardiologista Marcel Vieira Coloma, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj) e especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Funções importantes no organismo

Na medida certa, porém, a substância é benéfica para o organismo. Gordurosa, é encontrada em todas as células do corpo e é essencial para a formação das membranas celulares e para a síntese de hormônios – como estrogênio, testosterona, cortisol –, atuando ainda na digestão e na metabolização de algumas vitaminas.

Então, não vale pensar no componente apenas pelo lado negativo. O excesso no sangue é prejudicial, sim, pois aumenta o perigo dos males do coração, porém na dose certa é essencial. E há diferentes tipos circulando pelo corpo: ao se associar a certas proteínas para cumprir suas tarefas, o colesterol assume algumas formas, sendo então dividido em HDL (high density, ou alta densidade), o ‘bom colesterol’, e LDL (low density, ou baixa densidade), o ‘mau colesterol’.

O HDL transporta o colesterol das células para o fígado e facilita sua eliminação – tanto pela bile quando pelas fezes. Fornece proteção contra a arteriosclerose e, se seu nível está baixo, o perigo de doenças cardiovasculares aumenta. Já o LDL faz o inverso: ajuda a gordura a entrar nas células e leva ao acúmulo da mesma nas artérias sob a forma de placas.

Como consequência, o LDL em excesso traz malefícios à saúde. Exemplo: quando o colesterol se fixa nas paredes das artérias, que levam sangue para órgãos e tecidos, pode ter início a arteriosclerose; se o depósito ocorre nas artérias coronárias, é possível a pessoa sofrer com angina (dor no peito) e infarto do miocárdio; por fim, caso o excesso seja nas artérias cerebrais, pode provocar acidente vascular cerebral (derrame).

Em exagero, é nocivo

“O colesterol é uma molécula natural do corpo humano. O desequilíbrio nos seus níveis é que desencadeia doenças cardiovasculares”, considera a nutricionista da Herbarium,  Natana Martins, pós-graduanda em Nutrição Funcional e Fitoterapia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Para a nutricionista Vanderli Marchiori, vice-presidente da Associação Paulista de Fitoterapia (APFIT), todos os tipos de colesterol são importantes, o acúmulo é que é danoso. “Colesterol é uma gordura saudável, que faz parte de vários hormônios e sais biliares. O problema, como já colocado, é o excesso.”

O HDL, ela explica, são moléculas grandes, que por isso não se fixam nas paredes de vasos e artérias. O LDL, ao contrário, por serem partículas menores, amontoam-se nos mesmos – desencadeando o perigo. “Há, ainda, a VLDL (very low density lipoprotein, lipoproteínas de muito baixa densidade), elementos minúsculos fabricados no fígado e que, na corrente sanguínea, são convertidos em LDL. Insisto: o problema, sempre, é o exagero”.

Alimentação e sedentarismo

Os principais fatores que ajudam a aumentar o colesterol são a alimentação, o sedentarismo e a predisposição genética. “A genética vai influenciar na produção de colesterol pelo organismo – é algo que se herda, simplesmente. Já a prática de atividade física regular auxilia na queima de gordura e na redução do colesterol. Em relação à alimentação, por fim, podemos dizer que é o elemento determinante e de mais fácil interferência, uma vez que podemos optar por consumir itens que aumentem ou ajudem na redução do componente”, destaca Martins.

A ingestão de alimentos ricos em gordura animal, saturada e trans elevam o colesterol, enquanto priorizar fibras, itens com ômega 3 e fitoesterois (elementos presentes em alimentos gordurosos como semente de girassol e grão da soja) dão uma força para reduzir o LDL e aumentar a HDL. “Doces, frituras, manteiga, margarina, massas, carne vermelha, leite e iogurte integral, queijo amarelo, ovo, bebida alcoólica, refrigerante, fast food e alimentos industrializados são os principais vilões”, conclui Marchiori.

Infelizmente, quando o índice está elevado, o organismo não dá sinais. “Sua evolução é silenciosa, o que o torna ainda mais perigoso, visto que só chama a atenção quando já atingiu um patamar muito elevado”, adverte a nutricionista Natana Martins. “A hipercolesterolemia em geral é assintomática”, completa a colega Marchiori.

“Para saber se o colesterol está alterado, é preciso fazer um exame de sangue. Daí a necessidade de procurar médicos para checagem geral, que incluirá esta dosagem”, conclui o cardiologista Marcel Vieira Coloma.

Ao contrário do que muitos pensam, o problema pode aparecer em qualquer indivíduo e de qualquer idade, embora seja mais comum nos que apresentam um estilo de vida associado à falta de exercícios físicos e alimentação inadequada. “Há pessoas que já nascem com alterações genéticas que deixam a taxa alta desde muito cedo”, afirma a secretária geral da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva, Vanderli Marchiori.

Natana Martins concorda. “A disfunção tem acometido cada vez mais jovens e adultos. Apesar de sua prevalência em idosos, pode inclusive acometer crianças”. Neste último caso, o motivo é que existe um componente genético que afeta a dosagem.

“A preocupação, no entanto, deve ser sempre maior com as pessoas de idade avançada, que em geral já apresentam fatores que contribuem para riscos de doenças cardiovasculares”, complementa Coloma.

Fonte: UOL

Unicef: País tem 12% de bebês prematuros

rbma_0019Quase 12% das crianças nascidas no Brasil em 2010 eram prematuras. O número, de um estudo inédito feito em parceria pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ministério da Saúde, acende a luz amarela para uma das políticas mais bem-sucedidas do País nas últimas duas décadas: a queda na mortalidade infantil.

Crianças nascidas antes da 37.ª semana de gestação são as com maior probabilidade de morrer antes de completar 1 ano e ter problemas de desenvolvimento. Apesar de o País ter resolvido as principais razões para a mortalidade de bebês menores de 1 ano – falta de acompanhamento pré-natal, partos fora de hospital e desnutrição, entre outros -, a prevalência de crianças prematuras no Brasil vem crescendo e atinge justamente as regiões mais ricas, Sul e Sudeste.

“As complicações relacionadas com a prematuridade são a primeira causa de mortes neonatais e infantis em países de renda média e alta, como o Brasil. A alta prevalência de prematuridade têm importantes repercussões sociais e econômicas, com a demanda crescente de UTI neonatal”, diz o estudo.

No Norte e no Nordeste, 10,8% e 10,9% dos bebês nascidos vivos são prematuros, respectivamente. No Sudeste, a taxa sobe para 12,5% e no Sul, para 12%. Minas Geais lidera o ranking com 12,9%, seguida de São Paulo e o Distrito Federal, ambos com 12,6%. “Em geral, as regiões mais urbanizadas e ricas tendem a ter maiores prevalências de nascimentos prematuros do que as regiões mais rurais e pobres”, diz o texto.

O estudo revela uma correlação forte entre a cesariana e o nascimento de bebês antes do tempo. Apesar de afirmar que não apenas as cesáreas explicam o crescimento, o estudo mostra que, entre 2000 e 2010, o número de prematuros nos partos cesariana passaram de 6,9% para 7,9%. Nos partos normais, se mantiveram estáveis em 6,4%. Na Região Sul, 9% dos bebês nascidos em cesáreas são prematuros e no Sudeste, 8,6%.

Não apenas as cesáreas, mas as induções de parto antes do tempo – por problemas de cálculo do tempo de gravidez ou conveniência de médicos, hospitais e famílias – também contribuíram para o problema.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Vacina brasileira contra o HIV começará a ser testada em macacos em setembro

vacina hivUma vacina brasileira contra o vírus HIV será testada em macacos a partir de setembro. O imunizante, que começou a ser desenvolvido em 2001, conseguiu bons resultados nas avaliações feitas em camundongos. “Nos camundongos nós tivemos uma resposta muito forte, muito intensa, que agora a gente vai desafiar para saber se essa resposta é forte assim nos macacos”, explicou um dos responsáveis pelo projeto, o pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Edecio Cunha Neto.

O estudo está sendo conduzido pelo Instituto de Investigação em Imunologia, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os trabalhos também são conduzidos pelos pesquisadores da FMUSP Jorge Kalil e Simone Fonseca.

A nova fase de testes é decisiva, uma vez que os macacos têm o sistema imunológico muito mais próximo do humano do que os camundongos. “Se no macaco nós tivermos uma resposta da força que nós tivemos no camundongo, nós temos um candidato à vacina muito poderoso”, diz Cunha. Nesta fase, a vacina será ministrada a quatro animais e os pesquisadores precisarão de ao menos seis meses para começar a avaliar os resultados.

O vírus causador da aids tem uma série de características que dificultam a criação de uma vacina, apesar das intensas pesquisas desenvolvidas em todo o mundo para isso. Uma delas é a grande variação do genoma nas diversas variedades do vírus. Segundo Cunha, essa diferença pode chegar a 20%. “Para nós contornarmos isso, nós selecionamos ‘regiões’ do HIV que eram muito conservadas, que não mudavam de um vírus para o outro”, explicou.

Os pesquisadores tiveram que identificar dentre esse material genético que não variava os elementos que são reconhecidos pelo sistema imunológico da maior parte da população. “Nós conseguimos fazer isso com auxilio de programas de computador e testes químicos e biológicos”, disse o pesquisador, explicando o processo de elaboração da vacina.

A partir daí, foi desenvolvido um imunizante que aumenta a resposta do corpo à ação do HIV, atenuando os efeitos da doença. “Essa vacina não é capaz de bloquear ou neutralizar os vírus totalmente. Ela é capaz de atenuar a infecção, reduz a quantidade de vírus que vai replicar”, diz Cunha.  Com isso, a pessoa infectada teria menos sintomas da doença e uma capacidade muito menor de contaminar outras pessoas. “Isso ia significar, ao longo do tempo, a diminuição de centenas de milhares ou milhões de casos novos de HIV na população”.

De acordo com o pesquisador, com a tecnologia atual, esse é o único modelo viável de imunização. A vacina que bloqueia completamente a ação do vírus “nem em modelo animal tem obtido sucesso”.

Após o teste com o primeiro grupo de macacos, a vacina passará por uma nova fase de testes, também em símios, com uma amostragem maior. “Vai ter pequenas variações na vacina e vai ter vários grupos de quatro animais cada um para ver qual variação que tem a resposta mais forte”, detalha Cunha. A partir daí será possível passar para os testes em humanos.

O pesquisador ressalta, no entanto, que a avaliação de eficácia em larga escala dependerá de “uma decisão política” para o desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil, devido aos custos envolvidos. Seriam 10 mil pessoas avaliadas por cinco anos, com um investimento que varia de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões. “ Não é um recurso que um fundo de pesquisa vai financiar”, enfatiza. Até agora foram investidos, segundo Cunha, R$ 1 milhão no projeto. Os testes em macacos deverão demandar  mais R$ 2 milhões, segundo a estimativa do especialista.

Fonte: Agência Brasil

Mais de 170 países organizam ações para a Semana Mundial do Aleitamento Materno

amamentarApenas 38% das crianças no mundo são amamentadas exclusivamente com leite materno nos seis primeiros meses de vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade alerta que o aleitamento materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e crianças pequenas e uma das formas mais eficazes de garantir a saúde e a sobrevivência. Segundo a OMS, o aleitamento materno reduz as chances de obesidade na vida adulta e o risco de diabetes.

A meta da instituição é elevar a taxa mundial de aleitamento materno exclusivo, nos primeiros seis meses de vida do bebê, em pelo menos 50% até 2025. O objetivo é melhorar a saúde de crianças menores de 5 anos em todo o mundo. Para isso, a partir desta quinta-feira (1º), os governos de mais de 170 países organizam uma série de atividades para comemorar a Semana Mundial do Aleitamento Materno.

Porém, em um levantamento divulgado esta semana, a OMS alerta que apenas 37 dos 199 países (19%) signatários das diretrizes da entidade sobre o tema aprovaram leis que refletem todas as recomendações, entre elas, a de proibir totalmente a publicidade de produtos substitutos do leite.

A agente de segurança Tatiana Pereira Leal reconhece essas vantagens no dia a dia. Tatiana amamentou a primeira filha até os 3 anos de idade, apesar de ter enfrentado dificuldades nos primeiros meses. A filha mais nova, que hoje tem 12 anos, foi amamentada até 1 ano de idade, quando Tatiana teve que voltar ao trabalho.

“Acho que faz toda a diferença na formação deles. Minhas filhas não tomaram mamadeira ou [usaram] chupeta e foram do peito para a comida. Só tiveram gripes bobas enquanto minha sobrinha que não mamou tem vários problemas de saúde. Ela tem a imunidade muito baixa”, disse.

Representantes do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS afirmaram que, apesar de quase todas as mulheres serem capazes de amamentar seus filhos, muitas são desencorajadas e passam a acreditar que os complementos alimentares são as melhores opções.

O levantamento da OMS não destaca números da situação brasileira. O Ministério da Saúde deve divulgar dados mais atualizados no final da manhã de hoje. No site do ministério, o governo destaca que vários esforços vêm sendo feitos para estimular o aleitamento materno, mas reconhece que, ainda assim, “as taxas de aleitamento materno no Brasil, em especial as de amamentação exclusiva, estão aquém do recomendado”.

A última pesquisa sobre aleitamento feita pelo Ministério da Saúde, abrangendo todo o país, ocorreu em 2009 e apontou que 41 % das crianças menores de 6 meses recebem alimentação exclusivamente por aleitamento. O levantamento ainda mostra que, durante a primeira hora de vida, 67,7% das crianças mamam.

Números do governo apontam que o Brasil tem a maior rede de bancos de leite do mundo, com 210  unidades e 117 postos de coleta. Por ano, são coletados em média 166 mil litros de leite humano que beneficiam, aproximadamente, 170 mil recém-nascidos, segundo dados do Ministério da Saúde.  A expectativa é que, este ano, a pasta invista R$ 7 milhões nos bancos de leite, ou seja, quatro vezes mais do que tem sido gasto (R$ 1,7 milhão por ano).

Fonte: Agência Brasil

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