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Posts cadastrados em junho 2013

Cerca de 40% das pessoas têm intolerância à lactose

LactoseLeite, queijo, iogurte e manteiga são alimentos facilmente encontrados na mesa dos brasileiros, mas para cerca de 40% da população podem trazer náuseas, diarreia, excesso de gases, dor de estômago entre outros incômodos. Isso acontece devido a uma incapacidade que essas pessoas têm de digerir lactose, o açúcar do leite. É a intolerância à lactose.

Para digerir esse açúcar, o organismo precisa produzir uma enzima chamada lactase, que divide o açúcar do leite em glicose e galactose. A incapacidade de produzir a lactase pode ser genética ou ocasionada por algum problema intestinal que a interrompe temporariamente.

De acordo com Ricardo Barbuti, gastroenterologista membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia, a capacidade de produzir a lactase é geneticamente determinada. “Quem tem a predisposição para produzir menos enzimas, na medida em que o tempo passa, vai perdendo a capacidade de digerir a lactose. Todo mundo que tem geneticamente uma intolerância, tem uma má absorção de lactose, mas isso não causa sintomas sempre”, disse Barbuti. Há países, como o Japão, em que praticamente toda a população tem essa característica.

O especialista explica que geralmente os sintomas aparecem entre meia hora e uma hora depois da ingestão do leite ou derivados, como chocolate, sorvetes, leite condensado, creme de leite, iogurte, manteiga, pudins e queijos. Barbuti ressalta porém, que isso depende do grau de intolerância à lactose e de quanta lactose tem o alimento ingerido. “Queijos quanto mais duros, menos lactose. Um parmesão, por exemplo, tem pouca lactose, enquanto um queijo mais mole tem mais lactose” explicou o especialista.

O Iogurte, por exemplo, tem menos lactose, já que o leite é fermentado e, no processo de fermentação, as bactérias consomem a lactose.

Para quem tem intolerância à lactose e faz questão de continuar consumindo derivados do leite, Barbuti explica que existem no mercado comprimidos de lactase. No Brasil, a lactase é encontrada apenas nas farmácias de manipulação, pois, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a enzima lactase é um medicamento de origem biológica. Em outros países, no entanto, a enzima é considerada alimento e tem venda liberada em farmácias e supermercados. Segundo a agência reguladora, ainda não há, no país, interesse das empresas em desenvolver o produto para vendas nas farmácias.

Fonte: Estadão

Chegar aos 50 anos em boa forma física protege contra o câncer, diz estudo

boa saúdeUm novo estudo oferece mais um motivo para investir no condicionamento físico: diminuir o risco de câncer.

Resultados de uma pesquisa com mais de 17 mil homens nos EUA apontam que quem tem um alto nível de condicionamento cardiovascular tem um risco menor de ter câncer e morrer da doença.

O benefício independe do IMC (Índice de Massa Corporal), isto é, uma pessoa magra que não se exercite tem um risco maior de ter câncer do que uma pessoa acima do peso que faça atividades físicas, de acordo com o trabalho apresentado no encontro anual da Asco (Sociedade Americana de Oncologia Clínica), em Chicago.

Os resultados também levaram em conta tabagismo e idade.

Outros estudos já haviam mostrado que o condicionamento físico é mais importante do que o peso para prevenir doenças. Um deles, publicado no ano passado no “European Heart Journal”, concluiu que obesos considerados saudáveis após exames tiveram um risco 38% menor do que os não saudáveis de morrer por qualquer causa.

Na nova pesquisa, os participantes fizeram um teste de esforço na esteira, usado para prever o risco cardiovascular, por volta dos 50 anos.

Os pesquisadores seguiram os voluntários por cerca de 20 anos para ver quem desenvolveria câncer colorretal, de pulmão e próstata.

Nesse período, 2.885 homens receberam o diagnostico desses tumores –347 morreram da doença e outros 159 morreram de problemas cardiovasculares.

Ao ligar os dados do teste de esforço com o diagnóstico de câncer, os pesquisadores concluíram que os participantes com maior nível de condicionamento tinham um risco 68% menor de ter câncer de pulmão e 38% menor de ter câncer colorretal do que os mais sedentários.

Não houve diferença no risco de desenvolver a doença na próstata.

Entre os que tiveram câncer, o bom condicionamento físico foi ligado a um risco menor de morte.

Para o oncologista Fábio Kater, responsável pelo centro de oncologia clínica do Hospital 9 de Julho e que participa da conferência, já se tinha uma ideia de que o exercício poderia ter esse efeito protetor –um estudo já havia mostrado que, entre as mulheres, o exercício ajuda a prevenir contra o câncer de mama.

“A pesquisa tem um peso grande pelo tamanho da amostra e tempo de seguimento. Mudanças no estilo de vida podem ter um grande impacto a longo prazo.”

Ainda é preciso investigar as razões por trás dessa ligação. A oncologista clínica Veridiana Pires de Camargo, do Hospital Sírio-Libanês, afirma que algumas hipóteses são a redução da inflamação e da gordura, a melhora da imunidade e até a liberação de endorfinas por causa dos e exercícios.

Fonte: Folha de S. Paulo

Câncer de pulmão tem diagnóstico tardio

PulmãoMais da metade das pessoas com câncer de pulmão já tem metástase no momento do diagnóstico, segundo um levantamento do A.C. Camargo Cancer Center com 944 pacientes cujo tumor foi encontrado entre 2000 e 2007.

Para esses pacientes, a chance de sobrevida após cinco anos é menor do que 3%. De acordo com o estudo, enquanto 56% descobriram o câncer de pulmão nesse estágio mais avançado, só 22,3% tiveram a doença detectada em fase inicial.

O diagnóstico precoce levou a 70% de sobrevida após cinco anos.

Números semelhantes são vistos em outras instituições. Segundo o oncologista clínico Gilberto de Castro Jr., do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), entre 2010 e 2011, 71% dos diagnósticos de câncer de pulmão feitos pela unidade já apresentavam metástase. A sobrevida média desses pacientes foi de apenas sete meses.

O que colabora para o diagnóstico tardio é o fato de o câncer de pulmão ter um comportamento agressivo e não provocar sintomas específicos, segundo o cirurgião oncologista Jefferson Luiz Gross, diretor do Núcleo de Pulmão e Tórax do A.C. Camargo, em São Paulo.

“Por ter fumado por muito tempo, a pessoa já tem sintomas como tosse, pigarro ou falta de ar, por isso é mais difícil de perceber.”

Diferentemente de outros tipos de câncer, como o de mama, que tem estratégias definidas para a detecção precoce, ainda não existe um consenso em relação ao tumor de pulmão.

Gross observa que um estudo, publicado na revista “New England Journal of Medicine” em 2011, constatou que a realização de exames de imagem periódicos é capaz de reduzir a mortalidade pela doença em 20%.

A pesquisa avaliou mais de 53 mil pessoas com alto risco para o câncer de pulmão.

Nos Estados Unidos, esse trabalho norteou uma recomendação feita pela Associação Americana de Cirurgia Torácica, segundo a qual pessoas com idades entre 55 e 79 anos, que tenham fumado o equivalente a um maço ao dia por 30 anos, devem fazer uma tomografia anual.

“Mas o resultado não é aceito de maneira universal. A aplicação seria muito difícil”, diz Gross.

Outra preocupação, de acordo com o médico, é o risco de a pessoa que receber um resultado bom no exame sentir-se autorizada a continuar fumando.

O pneumologista Ricardo Henrique Meirelles, do Inca (Instituto Nacional de Câncer), afirma que a medida mais eficaz de prevenção ainda é o controle do tabagismo. “Em termos de saúde pública, não existem evidências de que o rastreamento seja eficaz”, diz Meirelles.

SEM TABACO

O levantamento do A.C. Camargo foi lançado por ocasião do Dia Mundial sem Tabaco”, comemorado nesta sexta-feira.

Em São Paulo, o InCor (Instituto do Coração) sedia uma exposição que reúne informações sobre o impacto do cigarro na saúde (av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44, das 8h às 22h, até 30 de junho).

Fonte: Folha de S. Paulo

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