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Cientistas miram pílula anticoncepcional masculina

pílula anticoncepcional masculinaWashington – A versão masculina da pílula anticoncepcional nunca esteve tão perto da realidade, afirma uma pesquisa que acaba de ser publicada numa das principais revistas científicas do mundo, a “Cell”. Por enquanto, a substância, conhecida pelo codinome JQ1, só foi testada em camundongos e ratos, mas isso não impediu os pesquisadores de usar uma linguagem confiante que não é muito comum em artigos científicos. “Acreditamos que nossas descobertas poderão ser adaptadas completamente para seres humanos, criando uma estratégia inovadora e eficaz de anticoncepcional masculino”, afirmam. A bravata faz sentido? Cientistas não envolvidos no estudo dizem que sim. Em primeiro lugar, o método demonstrado por Martin Matzuk, da Faculdade Baylor de Medicina, no Texas, e James Bradner, da Universidade Harvard, é reversível. Bastou que os bichos usados no estudo parassem de levar injeções da JQ1 para que se tornassem totalmente férteis, gerando filhotes que, pelo que se sabe, são normais. A substância também não mexe com os hormônios sexuais, como a testosterona. Por isso, o interesse sexual, bem como a capacidade de cortejar fêmeas e copular com elas, ficou intacta nos roedores que foram usados como cobaias. O alvo da nova droga é uma proteína aparentemente crucial para “desempacotar” o DNA das células que estão virando espermatozoides. Esse processo complexo, com uma série de passos específicos, transforma as células normais nas criaturas extremamente especializadas que nadam rumo ao óvulo para fecundá-lo. Em essência, o que a JQ1 faz é travar esse desempacotamento, impedindo que os genes certos sejam ativados para essa metamorfose. O resultado foi uma redução dramática do número de espermatozoides dos bichos: após seis semanas de injeções duas vezes aos dia, só 11% das células normais estava presente. E mesmo os espermatozoides sobreviventes do massacre não “sabiam” nadar – só 5% deles se movimentava normalmente. Em entrevista, Martin Matzuk disse que ainda há muito o que melhorar. “Vamos tentar modificar a nossa molécula para que ela tenha ação mais específica. E também vamos pensar em como aplicar a substância em pacientes humanos”. De acordo com ele, o método final poderia ser uma pílula ou então injeções que permitam que haja uma a liberação lenta e gradual da substância no organismo masculino. O alvo da nova droga é uma proteína crucial para “desempacotar” o DNA das células que estão virando espermatozoides. Fonte: Diário do Nordeste

Cientistas miram pílula anticoncepcional masculina

pílula anticoncepcional masculinaWashington – A versão masculina da pílula anticoncepcional nunca esteve tão perto da realidade, afirma uma pesquisa que acaba de ser publicada numa das principais revistas científicas do mundo, a “Cell”. Por enquanto, a substância, conhecida pelo codinome JQ1, só foi testada em camundongos e ratos, mas isso não impediu os pesquisadores de usar uma linguagem confiante que não é muito comum em artigos científicos. “Acreditamos que nossas descobertas poderão ser adaptadas completamente para seres humanos, criando uma estratégia inovadora e eficaz de anticoncepcional masculino”, afirmam. A bravata faz sentido? Cientistas não envolvidos no estudo dizem que sim. Em primeiro lugar, o método demonstrado por Martin Matzuk, da Faculdade Baylor de Medicina, no Texas, e James Bradner, da Universidade Harvard, é reversível. Bastou que os bichos usados no estudo parassem de levar injeções da JQ1 para que se tornassem totalmente férteis, gerando filhotes que, pelo que se sabe, são normais. A substância também não mexe com os hormônios sexuais, como a testosterona. Por isso, o interesse sexual, bem como a capacidade de cortejar fêmeas e copular com elas, ficou intacta nos roedores que foram usados como cobaias. O alvo da nova droga é uma proteína aparentemente crucial para “desempacotar” o DNA das células que estão virando espermatozoides. Esse processo complexo, com uma série de passos específicos, transforma as células normais nas criaturas extremamente especializadas que nadam rumo ao óvulo para fecundá-lo. Em essência, o que a JQ1 faz é travar esse desempacotamento, impedindo que os genes certos sejam ativados para essa metamorfose. O resultado foi uma redução dramática do número de espermatozoides dos bichos: após seis semanas de injeções duas vezes aos dia, só 11% das células normais estava presente. E mesmo os espermatozoides sobreviventes do massacre não “sabiam” nadar – só 5% deles se movimentava normalmente. Em entrevista, Martin Matzuk disse que ainda há muito o que melhorar. “Vamos tentar modificar a nossa molécula para que ela tenha ação mais específica. E também vamos pensar em como aplicar a substância em pacientes humanos”. De acordo com ele, o método final poderia ser uma pílula ou então injeções que permitam que haja uma a liberação lenta e gradual da substância no organismo masculino. O alvo da nova droga é uma proteína crucial para “desempacotar” o DNA das células que estão virando espermatozoides. Fonte: Diário do Nordeste

Saúde faz primeira campanha de atualização de caderneta de vacinação infantil

vacinacao em diaO Ministério da Saúde lançou na última terça-feira (14) a primeira campanha de atualização da caderneta de vacinação de crianças menores de 5 anos. Começa no próximo sábado (18) e segue até o dia 24 de agosto, em 34 mil postos de saúde espalhados por todo o país. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, o objetivo da campanha é aumentar a cobertura vacinal e reduzir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas. A expectativa é atingir 14,1 milhões de crianças. “Temos um calendário complexo, com mais de 14 vacinas, cada uma com duas ou três doses. Muitos pais acham que o esquema está completo, mas não está”, disse. “Esta será a oportunidade de conferir a caderneta da criança e completá-la, caso haja alguma vacina com o esquema incompleto”. Estarão disponíveis todas as vacinas do calendário básico infantil, incluindo a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VOP), lançadas este ano. A primeira reúne em uma única aplicação a tetravalente (que protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche e a meningite) e a dose contra a hepatite B. A VOP é indicada para crianças que nunca foram imunizadas contra a pólio. Menores de cinco anos que vivem nas regiões Norte e Nordeste, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, ambos em Minas Gerais, também vão receber suplemento de vitamina A. A ação integra o Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio deste ano, que tem como meta a superação da extrema pobreza na primeira infância. Segundo a coordenadora de Alimentação e Nutrição, Patrícia Jaime, 2.434 municípios das regiões selecionadas vão distribuir o suplemento. A expectativa é que três milhões de crianças tenham acesso à megadose de vitamina. Cálculos da pasta indicam que aproximadamente 20% dos menores de cinco anos apresentam algum tipo de deficiência de vitamina A. A previsão é que, até final do ano, a distribuição do suplemento chegue a todos os municípios que fazem parte do programa Brasil sem Miséria. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a deficiência de vitamina A está relacionada a problemas como a diarreia e as doenças respiratórias. “Fazer essa distribuição nas regiões mais pobres é um fator importante para reduzir ainda mais a mortalidade na infância e as internações”, concluiu. Confira no site do Ministério da Saúde as vacinas que integram o Calendário Básico de Vacinação da Criança 2012: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/6633/162/ministro-lanca-campanha-para-atualizar-caderneta-de-vacinacao.html Fonte: Agência Brasil

Saúde faz primeira campanha de atualização de caderneta de vacinação infantil

vacinacao em diaO Ministério da Saúde lançou na última terça-feira (14) a primeira campanha de atualização da caderneta de vacinação de crianças menores de 5 anos. Começa no próximo sábado (18) e segue até o dia 24 de agosto, em 34 mil postos de saúde espalhados por todo o país. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, o objetivo da campanha é aumentar a cobertura vacinal e reduzir o risco de transmissão de doenças que podem ser evitadas. A expectativa é atingir 14,1 milhões de crianças. “Temos um calendário complexo, com mais de 14 vacinas, cada uma com duas ou três doses. Muitos pais acham que o esquema está completo, mas não está”, disse. “Esta será a oportunidade de conferir a caderneta da criança e completá-la, caso haja alguma vacina com o esquema incompleto”. Estarão disponíveis todas as vacinas do calendário básico infantil, incluindo a pentavalente e a Vacina Inativada Poliomielite (VOP), lançadas este ano. A primeira reúne em uma única aplicação a tetravalente (que protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche e a meningite) e a dose contra a hepatite B. A VOP é indicada para crianças que nunca foram imunizadas contra a pólio. Menores de cinco anos que vivem nas regiões Norte e Nordeste, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, ambos em Minas Gerais, também vão receber suplemento de vitamina A. A ação integra o Programa Brasil Carinhoso, lançado em maio deste ano, que tem como meta a superação da extrema pobreza na primeira infância. Segundo a coordenadora de Alimentação e Nutrição, Patrícia Jaime, 2.434 municípios das regiões selecionadas vão distribuir o suplemento. A expectativa é que três milhões de crianças tenham acesso à megadose de vitamina. Cálculos da pasta indicam que aproximadamente 20% dos menores de cinco anos apresentam algum tipo de deficiência de vitamina A. A previsão é que, até final do ano, a distribuição do suplemento chegue a todos os municípios que fazem parte do programa Brasil sem Miséria. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que a deficiência de vitamina A está relacionada a problemas como a diarreia e as doenças respiratórias. “Fazer essa distribuição nas regiões mais pobres é um fator importante para reduzir ainda mais a mortalidade na infância e as internações”, concluiu. Confira no site do Ministério da Saúde as vacinas que integram o Calendário Básico de Vacinação da Criança 2012: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/6633/162/ministro-lanca-campanha-para-atualizar-caderneta-de-vacinacao.html Fonte: Agência Brasil

Os sete médicos essenciais ao homem com mais de 50 anos

medicosEnvelhecer é inevitável, mas esse processo pode acontecer de maneira mais natural e sem limitações que afetem a sua qualidade de vida. Para isso, acompanhamento médico é fundamental desde cedo – recuperar a saúde dá muito mais trabalho do que recuperá-la. Enquanto as mulheres estão habituadas a ir ao médico com frequência e ficam alertas ao surgimento de qualquer sinal estranho, o assunto é tabu entre os homens. “Homens acima dos 50 anos não agendam uma consulta mesmo quando já apresentam sintomas de uma doença”, afirma o urologista Daher Chade, do Instituto de Câncer. Listamos as principais especialidades que ele deve visitar a partir dos 50 anos de idade. Oftalmologia Após os 50 anos, doenças como a catarata e o glaucoma têm maior incidência, daí a necessidade de uma visita anual ao oftalmologista. “Grande parte das doenças dos olhos são irreversíveis, então identificar o problema precocemente pode eliminar a necessidade de cirurgias”, afirma o oftalmologista Marco Antonio Alves, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. O especialista lembra ainda que é possível identificar outras doenças silenciosas, como o diabetes e a hipertensão, apenas por meio de exames oculares. “E mesmo quem já sabe que é portador dessas doenças pode melhorar o controle clínico delas em uma consulta oftalmológica”, complementa. Odontologia Ir ao dentista apenas uma vez ao ano é arriscado demais nessa idade. O cirurgião dentista Rodrigo Bueno de Moraes, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), recomenda uma visita semestral ao consultório. “Os problemas mais comuns são a gengivite, inflamação das gengivas, e distúrbios de oclusão, como o bruxismo”. Segundo ele, o intervalo entre um check-up e outro diminui caso o paciente tenha diabetes, seja fumante ou apresente outra condição que possa afetar a saúde bucal. Cardiologia “Após os 40 anos, o risco de infarto ou insuficiência cardíaca aumenta muito”, afirma o cardiologista João Manoel Rossi Neto, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). Por isso, recomenda-se uma visita anual ao médico, que fará uma análise clínica do paciente, avaliando se ele apresenta fatores de risco como obesidade e gordura abdominal. Na visita ainda será solicitado o histórico familiar de doenças cardiovasculares e exames laboratoriais de rotina para avaliar o colesterol e os triglicérides. Após essa primeira bateria, os resultados indicarão a necessidade ou não de se fazer exames mais elaborados, envolvendo até mesmo ultrassom. Pneumologia “O câncer de pulmão não é o mais prevalente em homens, mas, certamente é o que mais mata, por ser um tipo mais agressivo”, afirma a pneumologista Sandra Aparecida Ribeiro, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisilogia (SBPT). Por isso, se o indivíduo é ou foi fumante, deve visitar um pneumologista anualmente para detecção desse problema. De acordo com a especialista, o risco da doença permanece mesmo após largar o cigarro. A visita ao pneumologista também deve acontecer sempre que o homem de mais idade for vítima de gripes ou resfriados. “O risco de o problema evoluir para uma pneumonia é maior e pode levar o paciente à morte”. Outro cuidado fundamental é tomar as vacinas contra infecções respiratórias (gripe e pneumonia, por exemplo) disponíveis para pessoas de mais idade em postos públicos. Urologia A partir dos 45 anos, todo homem deve marcar uma consulta com um urologista anualmente, de acordo com o urologista Daher Chade, do Instituto do Câncer. Na consulta é feito o exame de toque retal que, na verdade, não leva mais do alguns segundos. “Por meio deste e de outros exames é possível diagnosticar diversos cânceres, como o de próstata, bexiga e rim, além de doenças que podem causar infertilidade”. A periodicidade pode mudar caso o paciente tenha histórico de familiares com doenças do trato urinário. Coloproctologia “O câncer de intestino é o que mais mata o homem depois do câncer de pulmão e do câncer de próstata”, afirma o especialista Daher. Isso porque esse tumor tem, entre os principais fatores de risco, a idade. O consumo de álcool, o tabagismo e uma dieta pobre em fibras e rica em gordura são outros fatores de risco para esse tipo de câncer – a cada cinco anos, portanto, é indicado fazer uma colonoscopia para detectar o problema precocemente. O exame consegue identificar alterações da mucosa do intestino que podem evoluir para um câncer e o tratamento dessas alterações já reduz o risco da doença. Endocrinologia “A incidência do diabetes aumenta conforme a idade”, diz a endocrinologista Claudia Chang, doutoranda em Endocrinologia e Metabologia pela USP. Por isso, é fundamental analisar a glicemia do paciente idoso regularmente. Outro ponto importante é a avaliação do perfil lipídico, que mostrará se houve aumento do colesterol LDL (prejudicial) ou diminuição do colesterol HDL (benéfico), fator de risco para doenças cardiovasculares. A especialista recomenda ainda um exame de TSH para verificar possíveis problemas da tireoide. “Embora eles sejam mais comuns em mulheres, também podem acometer o público masculino”, afirma. Por fim, uma análise clínica poderá identificar efeitos colaterais da andropausa, fase similar à menopausa feminina. “Se necessário, é indicada a reposição hormonal para aumentar a libido e a disposição do homem”. Fonte: UOL – Minha Vida

Os sete médicos essenciais ao homem com mais de 50 anos

medicosEnvelhecer é inevitável, mas esse processo pode acontecer de maneira mais natural e sem limitações que afetem a sua qualidade de vida. Para isso, acompanhamento médico é fundamental desde cedo – recuperar a saúde dá muito mais trabalho do que recuperá-la. Enquanto as mulheres estão habituadas a ir ao médico com frequência e ficam alertas ao surgimento de qualquer sinal estranho, o assunto é tabu entre os homens. “Homens acima dos 50 anos não agendam uma consulta mesmo quando já apresentam sintomas de uma doença”, afirma o urologista Daher Chade, do Instituto de Câncer. Listamos as principais especialidades que ele deve visitar a partir dos 50 anos de idade. Oftalmologia Após os 50 anos, doenças como a catarata e o glaucoma têm maior incidência, daí a necessidade de uma visita anual ao oftalmologista. “Grande parte das doenças dos olhos são irreversíveis, então identificar o problema precocemente pode eliminar a necessidade de cirurgias”, afirma o oftalmologista Marco Antonio Alves, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. O especialista lembra ainda que é possível identificar outras doenças silenciosas, como o diabetes e a hipertensão, apenas por meio de exames oculares. “E mesmo quem já sabe que é portador dessas doenças pode melhorar o controle clínico delas em uma consulta oftalmológica”, complementa. Odontologia Ir ao dentista apenas uma vez ao ano é arriscado demais nessa idade. O cirurgião dentista Rodrigo Bueno de Moraes, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO), recomenda uma visita semestral ao consultório. “Os problemas mais comuns são a gengivite, inflamação das gengivas, e distúrbios de oclusão, como o bruxismo”. Segundo ele, o intervalo entre um check-up e outro diminui caso o paciente tenha diabetes, seja fumante ou apresente outra condição que possa afetar a saúde bucal. Cardiologia “Após os 40 anos, o risco de infarto ou insuficiência cardíaca aumenta muito”, afirma o cardiologista João Manoel Rossi Neto, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP). Por isso, recomenda-se uma visita anual ao médico, que fará uma análise clínica do paciente, avaliando se ele apresenta fatores de risco como obesidade e gordura abdominal. Na visita ainda será solicitado o histórico familiar de doenças cardiovasculares e exames laboratoriais de rotina para avaliar o colesterol e os triglicérides. Após essa primeira bateria, os resultados indicarão a necessidade ou não de se fazer exames mais elaborados, envolvendo até mesmo ultrassom. Pneumologia “O câncer de pulmão não é o mais prevalente em homens, mas, certamente é o que mais mata, por ser um tipo mais agressivo”, afirma a pneumologista Sandra Aparecida Ribeiro, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisilogia (SBPT). Por isso, se o indivíduo é ou foi fumante, deve visitar um pneumologista anualmente para detecção desse problema. De acordo com a especialista, o risco da doença permanece mesmo após largar o cigarro. A visita ao pneumologista também deve acontecer sempre que o homem de mais idade for vítima de gripes ou resfriados. “O risco de o problema evoluir para uma pneumonia é maior e pode levar o paciente à morte”. Outro cuidado fundamental é tomar as vacinas contra infecções respiratórias (gripe e pneumonia, por exemplo) disponíveis para pessoas de mais idade em postos públicos. Urologia A partir dos 45 anos, todo homem deve marcar uma consulta com um urologista anualmente, de acordo com o urologista Daher Chade, do Instituto do Câncer. Na consulta é feito o exame de toque retal que, na verdade, não leva mais do alguns segundos. “Por meio deste e de outros exames é possível diagnosticar diversos cânceres, como o de próstata, bexiga e rim, além de doenças que podem causar infertilidade”. A periodicidade pode mudar caso o paciente tenha histórico de familiares com doenças do trato urinário. Coloproctologia “O câncer de intestino é o que mais mata o homem depois do câncer de pulmão e do câncer de próstata”, afirma o especialista Daher. Isso porque esse tumor tem, entre os principais fatores de risco, a idade. O consumo de álcool, o tabagismo e uma dieta pobre em fibras e rica em gordura são outros fatores de risco para esse tipo de câncer – a cada cinco anos, portanto, é indicado fazer uma colonoscopia para detectar o problema precocemente. O exame consegue identificar alterações da mucosa do intestino que podem evoluir para um câncer e o tratamento dessas alterações já reduz o risco da doença. Endocrinologia “A incidência do diabetes aumenta conforme a idade”, diz a endocrinologista Claudia Chang, doutoranda em Endocrinologia e Metabologia pela USP. Por isso, é fundamental analisar a glicemia do paciente idoso regularmente. Outro ponto importante é a avaliação do perfil lipídico, que mostrará se houve aumento do colesterol LDL (prejudicial) ou diminuição do colesterol HDL (benéfico), fator de risco para doenças cardiovasculares. A especialista recomenda ainda um exame de TSH para verificar possíveis problemas da tireoide. “Embora eles sejam mais comuns em mulheres, também podem acometer o público masculino”, afirma. Por fim, uma análise clínica poderá identificar efeitos colaterais da andropausa, fase similar à menopausa feminina. “Se necessário, é indicada a reposição hormonal para aumentar a libido e a disposição do homem”. Fonte: UOL – Minha Vida

Casos semanais de dengue diminuem 53%

O Estado já soma 44.823 confirmações neste ano. Na última semana, foram registrados 879 casos da doença
A ausência de chuvas e os trabalhos intensos da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) em parceria com os agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vêm gerando uma redução significativa do número de casos de dengue.

O total de casos do ano, no Ceará, já soma 44.823, segundo o último boletim divulgado pela Sessa nesta sexta-feira, 10. O mesmo registrou 879 casos a mais em relação a semana anterior que apresentou 43. 944. Entretanto, é possível verificar uma queda de 53% se compararmos este dado ao registrado na semana de 21 a 27 de julho, na qual foram contabilizados 1.907 casos a mais do que na semana de 14 a 20 de julho, passando de 41.285 para 43.192.
É bom lembrar que muitos desse casos são de meses anteriores e não necessariamente da mesma semana. A Sesa aguarda o resultado dos municípios para só depois divulgá-los. Fortaleza, segundo a Secretaria, ainda é a cidade que lidera as estatísticas, com a maior quantidade de casos, 34.757, ou seja, 201 a mais que na semana anterior na qual foram confirmados 34.556. Porém, se compararmos o mês de junho, no final da epidemia, que ocorreram 3.163 casos, com o mês de julho que registrou 300 é possível verificar uma redução de 90% dos casos.
Cuidado redobrado
Mesmo com essa queda dos casos e a ausência de chuvas, as secretarias de saúde alertam que cerca de 90% dos focos do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, são encontrados dentro de casa. Com o perigo tão perto, a orientação da Sesa é de que, pelo menos uma vez por semana, as famílias façam a limpeza rigorosa em todos os depósitos que acumulam água, pois os ovos do mosquito ficam por mais de um ano nas bordas das caixas d`água, baldes e garrafas.
O empresário Olavo Brasil, morador do bairro Água fria, foi vítima duas vezes do mosquito e o foco estava dentro de casa. Segundo ele, depois de ser contaminado, decidiu chamar os agentes de endemias para investigarem a possibilidade do foco estar no jardim da residência, mas para o seu espanto, além do focos encontrados na grama, um grande número de ovos e larvas foram detectados dentro de uma bandeja localizada na geladeira.
“Depois que fiquei doente foi que comecei a me preocupar em evitar os focos. Jamais iria imaginei que poderia ter larvas dentro da minha geladeira. Agora o nosso cuidados é redobrado”, diz.
De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manuel Fonseca, a tendência desses meses sem chuvas é de identificar casos esporádicos. Mas, é fundamental continuar cuidando do lixo, das caixas da água ou de qualquer situação que gere água acumulada. “Muitos desses casos que a Prefeitura está notificando não são casos recentes. Mas, é preciso entender que o mosquito já faz parte da ecologia do Ceará, e mesmo sem as chuvas os casos podem acontecer”, ressalta.
Da mesma opinião partilha o coordenador da Célula da Vigilância Epidemiológica da SMS, Antônio Lima. Segundo ele, sem as chuvas a maioria dos casos na Capital aconteceram em maio. Com o trabalho dos agentes de endemias e dos carros fumacê da Sesa, é possível verificar uma redução significativa e rápida de casos. Entretanto, sempre haverá risco de novos casos surgirem. “Precisamos contar com o apoio da população, sem, isso não poderemos controlar a dengue”.
Estado deve comprar novos carros fumacê
A Secretaria da Saúde do Estado está ampliando a frota de carros fumacê para o controle químico do Aedes aegypti. O governo do Estado autorizou recursos de R$1,93 milhão do orçamento do Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (MAPP) para a aquisição de dez camionetas que aumentarão para 29 veículos a frota de carros fumacê da Sesa.
A expectativa segundo o órgão é que dentro de 40 dias esses veículos já estejam circulando. Da frota atual, 11 veículos estão nas Coordenadorias Regionais de Saúde de Sobral, Tianguá, Tauá, Camocim, Iguatu, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte e oito em Fortaleza.
Além dos novos veículos, segundo Manuel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), serão comprados 100 aparelhos intercostais para a borrifação de veneno, as quais somadas aos 100 que já pertencem ao Estado atuarão com mais eficácia dentro de terrenos baldios e residências. “Esses aparelhos facilitam a mobilidade do agente de endemias e a borrifação onde o carro fumacê não consegue chegar”, diz.
Ainda de acordo com Manuel Fonseca, no próximo dia 30 de agosto, o Ministério da Saúde deverá vir a Fortaleza para fazer uma avaliação do plano de contingência contra o mosquito da dengue no Estado e elaborar estratégias para o próximo ano. Manuel Fonseca explica ainda que o controle químico do mosquito é feito com inseticidas fornecidos exclusivamente pelo Ministério da Saúde e deve ser utilizado somente em situações de emergência e também de uma forma racional e segura.
“O inseticida atinge o mosquito adulto, única forma de ter eficácia. A ação do produto só é efetiva quando o inseticida está em suspensão no ar e só mata o mosquito adulto. Com a ventilação a uma velocidade de 6 Km/h, a ação dura de 40 minutos a 1h30″, diz.

Fonte: Diário do Nordeste

Casos semanais de dengue diminuem 53%

O Estado já soma 44.823 confirmações neste ano. Na última semana, foram registrados 879 casos da doença
A ausência de chuvas e os trabalhos intensos da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) em parceria com os agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vêm gerando uma redução significativa do número de casos de dengue.

O total de casos do ano, no Ceará, já soma 44.823, segundo o último boletim divulgado pela Sessa nesta sexta-feira, 10. O mesmo registrou 879 casos a mais em relação a semana anterior que apresentou 43. 944. Entretanto, é possível verificar uma queda de 53% se compararmos este dado ao registrado na semana de 21 a 27 de julho, na qual foram contabilizados 1.907 casos a mais do que na semana de 14 a 20 de julho, passando de 41.285 para 43.192.
É bom lembrar que muitos desse casos são de meses anteriores e não necessariamente da mesma semana. A Sesa aguarda o resultado dos municípios para só depois divulgá-los. Fortaleza, segundo a Secretaria, ainda é a cidade que lidera as estatísticas, com a maior quantidade de casos, 34.757, ou seja, 201 a mais que na semana anterior na qual foram confirmados 34.556. Porém, se compararmos o mês de junho, no final da epidemia, que ocorreram 3.163 casos, com o mês de julho que registrou 300 é possível verificar uma redução de 90% dos casos.
Cuidado redobrado
Mesmo com essa queda dos casos e a ausência de chuvas, as secretarias de saúde alertam que cerca de 90% dos focos do Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, são encontrados dentro de casa. Com o perigo tão perto, a orientação da Sesa é de que, pelo menos uma vez por semana, as famílias façam a limpeza rigorosa em todos os depósitos que acumulam água, pois os ovos do mosquito ficam por mais de um ano nas bordas das caixas d`água, baldes e garrafas.
O empresário Olavo Brasil, morador do bairro Água fria, foi vítima duas vezes do mosquito e o foco estava dentro de casa. Segundo ele, depois de ser contaminado, decidiu chamar os agentes de endemias para investigarem a possibilidade do foco estar no jardim da residência, mas para o seu espanto, além do focos encontrados na grama, um grande número de ovos e larvas foram detectados dentro de uma bandeja localizada na geladeira.
“Depois que fiquei doente foi que comecei a me preocupar em evitar os focos. Jamais iria imaginei que poderia ter larvas dentro da minha geladeira. Agora o nosso cuidados é redobrado”, diz.
De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manuel Fonseca, a tendência desses meses sem chuvas é de identificar casos esporádicos. Mas, é fundamental continuar cuidando do lixo, das caixas da água ou de qualquer situação que gere água acumulada. “Muitos desses casos que a Prefeitura está notificando não são casos recentes. Mas, é preciso entender que o mosquito já faz parte da ecologia do Ceará, e mesmo sem as chuvas os casos podem acontecer”, ressalta.
Da mesma opinião partilha o coordenador da Célula da Vigilância Epidemiológica da SMS, Antônio Lima. Segundo ele, sem as chuvas a maioria dos casos na Capital aconteceram em maio. Com o trabalho dos agentes de endemias e dos carros fumacê da Sesa, é possível verificar uma redução significativa e rápida de casos. Entretanto, sempre haverá risco de novos casos surgirem. “Precisamos contar com o apoio da população, sem, isso não poderemos controlar a dengue”.
Estado deve comprar novos carros fumacê
A Secretaria da Saúde do Estado está ampliando a frota de carros fumacê para o controle químico do Aedes aegypti. O governo do Estado autorizou recursos de R$1,93 milhão do orçamento do Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (MAPP) para a aquisição de dez camionetas que aumentarão para 29 veículos a frota de carros fumacê da Sesa.
A expectativa segundo o órgão é que dentro de 40 dias esses veículos já estejam circulando. Da frota atual, 11 veículos estão nas Coordenadorias Regionais de Saúde de Sobral, Tianguá, Tauá, Camocim, Iguatu, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte e oito em Fortaleza.
Além dos novos veículos, segundo Manuel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), serão comprados 100 aparelhos intercostais para a borrifação de veneno, as quais somadas aos 100 que já pertencem ao Estado atuarão com mais eficácia dentro de terrenos baldios e residências. “Esses aparelhos facilitam a mobilidade do agente de endemias e a borrifação onde o carro fumacê não consegue chegar”, diz.
Ainda de acordo com Manuel Fonseca, no próximo dia 30 de agosto, o Ministério da Saúde deverá vir a Fortaleza para fazer uma avaliação do plano de contingência contra o mosquito da dengue no Estado e elaborar estratégias para o próximo ano. Manuel Fonseca explica ainda que o controle químico do mosquito é feito com inseticidas fornecidos exclusivamente pelo Ministério da Saúde e deve ser utilizado somente em situações de emergência e também de uma forma racional e segura.
“O inseticida atinge o mosquito adulto, única forma de ter eficácia. A ação do produto só é efetiva quando o inseticida está em suspensão no ar e só mata o mosquito adulto. Com a ventilação a uma velocidade de 6 Km/h, a ação dura de 40 minutos a 1h30″, diz.

Fonte: Diário do Nordeste

Brasileiro está mais consciente na hora de se alimentar, aponta pesquisa

Culpa, peso na consciência, ansiedade. Todo mundo já sentiu algo assim ao se deparar com pratos gordurosos, calóricos ou cheios de açúcar. Mas mais do que algo momentâneo, a preocupação com o que se coloca no prato está virando uma tendência entre os consumidores brasileiros.

Com acesso a mais e melhores alimentos graças ao incremento da classe C, o brasileiro está comendo de forma mais consciente. O aumento da obesidade em todo o país, que já atinge cerca de 48% da população, segundo dados do Ministério da Saúde, e a preocupação com a saúde e qualidade de vida, em especial entre idosos, delineiam este atual cenário.

A conclusão é da segunda edição da pesquisa Os Hábitos Alimentares dos Brasileiros, feita em 2011 pela consultoria de estudos comportamentais sobre o consumidor Toledo Associados em parceria com mais de 20 empresas. Foram 28 grupos de discussão e 3.000 estudos de caso, em 10 capitais. Participaram homens e mulheres de 17 a 65 anos, em igual proporção, das classes A, B, C e D.

“A alimentação deixou de ser um ato automático e tradicional para se tornar consciente e reflexivo”, avalia a antropóloga Lívia Barbosa, especialista em comportamento do consumidor. “Mesmo quem não quer se preocupar, acaba se preocupando. O prato é hoje um campo de batalha e o brasileiro está a todo tempo tentando contrabalancear as diversas pressões em relação à alimentação”, continua ela.

Há uma maior consciência de que o que se come hoje poderá refletir em risco de doenças futuras e o sódio é visto como o grande “vilão” do momento – no levantamento anterior, feito em 2006, essa posição era ocupada pelo açúcar.

Entre as doenças que mais preocupam estão: a hipertensão (65%), o diabetes (63%) e o colesterol alto (54%), em especial entre os mais velhos. A obesidade, por sua vez, ficou em quarto lugar, com 45%, e preocupa mais os mais jovens.

Outra grande mudança foi na forma como se encara a alimentação. “Ela passou de um ato cotidiano para um momento ritualístico, ligado ao prazer”, diz. Comer se transformou em lazer, virou um programa, e o gasto da população com comida chega a patamares da Europa e dos EUA nas classes A e B.

Segundo o levantamento, 70% dos entrevistados disseram comer fora de casa, contra 54% em 2006. Há uma diferença, no entanto, entre as refeições fora de casa no fim de semana, que é vista como lazer, e a durante a semana, que é vista como obrigação.

Essa tendência de alimentação como lazer é evidenciada pela maior preocupação com a qualidade e a forma com que se come do que antigamente, com o surgimento de novos utensílios para cozinha e toda uma estética ligada ao local. “Antes ali era uma área meio abandonado da casa. Hoje, é um dos primeiros locais que se reforma”, afirma a antropóloga.

Para os brasileiros, o café da manhã ainda é a refeição mais importante do dia e, graças ao crescimento da classe C no país, a mesa do desjejum no país ganhou novos itens, como queijos, cereais e frios.

Já o almoço é uma refeição central, que precisa ter sustância, segundo a pesquisa. O quilo ganhou novo status, como uma opção de comida mais leve e saudável para quem não pode comer em casa durante o expediente. Já no final de semana o que se procura é lazer e sociabilidade, sem tanto controle do que se irá comer.

O jantar precisa ser prático, mas não por isso menos saudável, aponta a pesquisa. Cerca de 40% dos entrevistados disseram substituí-lo por lanches e derivados de leite, como queijo e iogurte, e pratos congelados de fácil preparo. A comida processada, tida como vilã no passado, hoje é vista de forma mais amistosa, como uma aliada. No levantamento, 48% disseram comprar comida fora e levar para a casa.

Em todas as faixas etárias, os entrevistados notaram melhora em sua alimentação nos últimos cinco anos. A exceção fica por conta da faixa entre 17 e 24 anos, que diz se alimentar de forma pouco saudável. É nesta fase que alguns jovens saem de casa, tem de “se virar” para se alimentar e acabam comendo na rua, sem horário.

Segundo a pesquisa, a televisão é o meio pelo qual 66% dos brasileiros mais se informam sobre alimentação. Atualmente, há na TV 25 shows semanais de alimentação e gastronomia na TV brasileira.

Obesidade

A questão da obesidade crescente fica evidente quando se avalia o percentual dos que fazem dietas: 24% das mulheres e 16% dos homens.

Outros dados também revelam essa preocupação cada vez maior dos brasileiros com a balança. Dos entrevistados, 34% fazem alguma atividade física, sendo a caminhada a mais praticada (63%), principalmente entre as mulheres mais velhas, seguida de futebol (25%) e musculação (19%).

Cresceu também a noção de que uma comida saudável também pode ser gostosa, algo que não se notava no levantamento anterior. “Em 2006, saudabilidade era o oposto de gostoso na visão dos entrevistados. Agora a percepção é de que é possível ter prazer com um alimento saudável, o que sinaliza uma mudança de postura, menos radical”, observa Lívia.

O homem, que em 2006 dizia ter entrado no mundo da alimentação pelo prazer, agora também participa do dia a dia na cozinha de casa. Hoje, 34% ajudam a mulher a fazer o jantar em casa, contra 13% no levantamento anterior. E 58% participam da compra dos alimentos, contra apenas 14% em 2006.

Ato político

Hoje, se alimentar deixou de ser apenas um ato para suprir uma necessidade biológica, mas tem implicações políticas. “A alimentação adquiriu centralidade, pois tem ligação com políticas públicas, agricultura familiar, emissão de carbono na atmosfera. O Estado está na mesa da nossa cozinha, discutindo com os movimentos sociais o que se deve comer”, fala a antropóloga.

O Estado deixou de ter um papel passivo e restrito para um papel pró-ativo, definindo o que é boa alimentação e o que se deve comer. O fato é comprovado pela pesquisa: 87% dos entrevistados avaliam como positiva a atuação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão citado pela primeira vez no levantamento.

O brasileiro se apresenta mais flexível quando o assunto é comida. Em outros países, vegetarianos têm seus próprios restaurantes, sem se misturar. No Brasil, é possível comer em um único local comida vegetariana, carnes, massas, pizza, sushi, tudo isso para agradar a família toda. “Aqui, mistura-se diferentes tradições alimentares para todos poderem ir juntos a um restaurante, algo impensável na Europa, por exemplo”, explica Lívia. “O brasileiro não é radical. Ele opta pela sociabilidade em detrimento da ideologia”, diz.

Fonte: Uol Notícias – Saúde

Brasileiro está mais consciente na hora de se alimentar, aponta pesquisa

Culpa, peso na consciência, ansiedade. Todo mundo já sentiu algo assim ao se deparar com pratos gordurosos, calóricos ou cheios de açúcar. Mas mais do que algo momentâneo, a preocupação com o que se coloca no prato está virando uma tendência entre os consumidores brasileiros.

Com acesso a mais e melhores alimentos graças ao incremento da classe C, o brasileiro está comendo de forma mais consciente. O aumento da obesidade em todo o país, que já atinge cerca de 48% da população, segundo dados do Ministério da Saúde, e a preocupação com a saúde e qualidade de vida, em especial entre idosos, delineiam este atual cenário.

A conclusão é da segunda edição da pesquisa Os Hábitos Alimentares dos Brasileiros, feita em 2011 pela consultoria de estudos comportamentais sobre o consumidor Toledo Associados em parceria com mais de 20 empresas. Foram 28 grupos de discussão e 3.000 estudos de caso, em 10 capitais. Participaram homens e mulheres de 17 a 65 anos, em igual proporção, das classes A, B, C e D.

“A alimentação deixou de ser um ato automático e tradicional para se tornar consciente e reflexivo”, avalia a antropóloga Lívia Barbosa, especialista em comportamento do consumidor. “Mesmo quem não quer se preocupar, acaba se preocupando. O prato é hoje um campo de batalha e o brasileiro está a todo tempo tentando contrabalancear as diversas pressões em relação à alimentação”, continua ela.

Há uma maior consciência de que o que se come hoje poderá refletir em risco de doenças futuras e o sódio é visto como o grande “vilão” do momento – no levantamento anterior, feito em 2006, essa posição era ocupada pelo açúcar.

Entre as doenças que mais preocupam estão: a hipertensão (65%), o diabetes (63%) e o colesterol alto (54%), em especial entre os mais velhos. A obesidade, por sua vez, ficou em quarto lugar, com 45%, e preocupa mais os mais jovens.

Outra grande mudança foi na forma como se encara a alimentação. “Ela passou de um ato cotidiano para um momento ritualístico, ligado ao prazer”, diz. Comer se transformou em lazer, virou um programa, e o gasto da população com comida chega a patamares da Europa e dos EUA nas classes A e B.

Segundo o levantamento, 70% dos entrevistados disseram comer fora de casa, contra 54% em 2006. Há uma diferença, no entanto, entre as refeições fora de casa no fim de semana, que é vista como lazer, e a durante a semana, que é vista como obrigação.

Essa tendência de alimentação como lazer é evidenciada pela maior preocupação com a qualidade e a forma com que se come do que antigamente, com o surgimento de novos utensílios para cozinha e toda uma estética ligada ao local. “Antes ali era uma área meio abandonado da casa. Hoje, é um dos primeiros locais que se reforma”, afirma a antropóloga.

Para os brasileiros, o café da manhã ainda é a refeição mais importante do dia e, graças ao crescimento da classe C no país, a mesa do desjejum no país ganhou novos itens, como queijos, cereais e frios.

Já o almoço é uma refeição central, que precisa ter sustância, segundo a pesquisa. O quilo ganhou novo status, como uma opção de comida mais leve e saudável para quem não pode comer em casa durante o expediente. Já no final de semana o que se procura é lazer e sociabilidade, sem tanto controle do que se irá comer.

O jantar precisa ser prático, mas não por isso menos saudável, aponta a pesquisa. Cerca de 40% dos entrevistados disseram substituí-lo por lanches e derivados de leite, como queijo e iogurte, e pratos congelados de fácil preparo. A comida processada, tida como vilã no passado, hoje é vista de forma mais amistosa, como uma aliada. No levantamento, 48% disseram comprar comida fora e levar para a casa.

Em todas as faixas etárias, os entrevistados notaram melhora em sua alimentação nos últimos cinco anos. A exceção fica por conta da faixa entre 17 e 24 anos, que diz se alimentar de forma pouco saudável. É nesta fase que alguns jovens saem de casa, tem de “se virar” para se alimentar e acabam comendo na rua, sem horário.

Segundo a pesquisa, a televisão é o meio pelo qual 66% dos brasileiros mais se informam sobre alimentação. Atualmente, há na TV 25 shows semanais de alimentação e gastronomia na TV brasileira.

Obesidade

A questão da obesidade crescente fica evidente quando se avalia o percentual dos que fazem dietas: 24% das mulheres e 16% dos homens.

Outros dados também revelam essa preocupação cada vez maior dos brasileiros com a balança. Dos entrevistados, 34% fazem alguma atividade física, sendo a caminhada a mais praticada (63%), principalmente entre as mulheres mais velhas, seguida de futebol (25%) e musculação (19%).

Cresceu também a noção de que uma comida saudável também pode ser gostosa, algo que não se notava no levantamento anterior.  “Em 2006, saudabilidade era o oposto de gostoso na visão dos entrevistados. Agora a percepção é de que é possível ter prazer com um alimento saudável, o que sinaliza uma mudança de postura, menos radical”, observa Lívia.

O homem, que em 2006 dizia ter entrado no mundo da alimentação pelo prazer, agora também participa do dia a dia na cozinha de casa. Hoje, 34% ajudam a mulher a fazer o jantar em casa, contra 13% no levantamento anterior. E 58% participam da compra dos alimentos, contra apenas 14% em 2006.

Ato político

Hoje, se alimentar deixou de ser apenas um ato para suprir uma necessidade biológica, mas tem implicações políticas. “A alimentação adquiriu centralidade, pois tem ligação com políticas públicas, agricultura familiar, emissão de carbono na atmosfera. O Estado está na mesa da nossa cozinha, discutindo com os movimentos sociais o que se deve comer”, fala a antropóloga.

O Estado deixou de ter um papel passivo e restrito para um papel pró-ativo, definindo o que é boa alimentação e o que se deve comer. O fato é comprovado pela pesquisa: 87% dos entrevistados avaliam como positiva a atuação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão citado pela primeira vez no levantamento.

O brasileiro se apresenta mais flexível quando o assunto é comida. Em outros países, vegetarianos têm seus próprios restaurantes, sem se misturar. No Brasil, é possível comer em um único local comida vegetariana, carnes, massas, pizza, sushi, tudo isso para agradar a família toda.  “Aqui, mistura-se diferentes tradições alimentares para todos poderem ir juntos a um restaurante, algo impensável na Europa, por exemplo”, explica Lívia. “O brasileiro não é radical. Ele opta pela sociabilidade em detrimento da ideologia”, diz. 

Fonte: Uol Notícias – Saúde

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