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Ceará tem recorde de transplantes de pulmão e medula óssea

transplantesO Ceará destaca-se no País pelo alto número de doações em comparação a outros Estados e, pelo segundo ano consecutivo, obteve recordes de transplantes de pulmão e medula óssea. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), em relação ao ano passado, os transplantes de pulmão aumentaram de oito para dez, enquanto os de medula óssea passaram de 56 a 57.

Dos transplantes de medula óssea, 55 foram do tipo autólogo (em que as células sadias provém do próprio paciente) e dois foram do tipo alogênico (quando há infusão de células de uma pessoa em outra).

De acordo com o médico Antero Gomes Neto, coordenador do Programa de Transplante de Pulmão do Hospital de Messejana, o processo de transferência desse órgão é um dos mais complexos existentes, exigindo muito mais cautela do que um transplante de fígado, por exemplo, por causa do alto risco de infecção envolvido. “Para que não haja rejeição, o receptor toma remédios para diminuir a imunidade e, com isso, fica mais sujeito à infecção. O pessoal do hospital tem que estar muito mais alerta e muito mais preparado, senão o transplante pode ocorrer muito bem e o paciente morrer por infecção”, ressalta o médico, único do Estado habilitado para realizar este procedimento cirúrgico.

Antero comemora o sucesso alcançado pelo Ceará no que diz respeito ao crescente número de transplantes realizados: “Demonstra um sinal de maturidade no programa de transplante de pulmão, do Hospital de Messejana e da equipe envolvida”. Ele acrescenta que, para ser compatível, o órgão do doador precisa estar em perfeitas condições, ter o mesmo tamanho e tipo sanguíneo do receptor.

Sensibilização

“É importante o trabalho de sensibilizar. Tem pessoas contando com esse tratamento, que é o último recurso para quem está doente”, avalia o médico. A meta, segundo Antero, é conseguir realizar uma cirurgia de transplante de pulmão a cada mês. Há seis meses, por exemplo, o aposentado Pedro de Melo Neto, 53, pôde recomeçar a viver normalmente, após receber um novo pulmão. “Eu via a hora cair num buraco de tão cansado que estava. Não conseguia nem levantar os braços e tomar banho era um sufoco”, relata.

Em número de doadores efetivos, considerando-se todos os órgãos e tecidos que podem ser transplantados, o Ceará mantém-se em terceiro lugar do País, atrás apenas de Santa Catarina e do Distrito Federal. Até setembro deste ano, época em que Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) publicou o mais recente Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), o Ceará figurava como o maior transplantador de fígado do País. No caso de pulmão, o Estado fica em segundo lugar nacionalmente.

Visando incentivar a multiplicação da vida por meio do transplante, a Fundação Edson Queiroz lançou o Movimento Doe de Coração, que fomenta a conscientização pela doação voluntária de órgãos no Ceará.

A campanha acontece de maneira permanente e busca sensibilizar a sociedade acerca da temática por meio de anúncios em veículos de comunicação, distribuição de material informativo e camisas, tendo sido reconhecida pela ABTO em 2008 com o prêmio Amigo do Transplante.

Fonte: Diário do Nordeste.

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