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Aumenta número de casos por picadas de escorpião

escorpiãoO número de atendimentos por picada de escorpião teve aumento expressivo nos últimos dois anos, segundo dados do Centro de Assistência Toxológica (Ceatox), que recebe casos de acidentes com animais peçonhentos no Instituto Doutor José Frota (IJF).

Os casos registrados mais que dobraram de 2010 para 2011, com salto de 968 para 1.968 atendimentos. Em 2012, o número subiu para 2.170 casos. Até junho deste ano, 1.147 pessoas já procuraram o Ceatox.

Para Joaquim Gonçalves, farmacêutico plantonista da entidade, a preocupação não está apenas no número, mas também na maior incidência de picadas do escorpião amarelo. A espécie, conhecida como Tityus serrulatus, provoca maior nível de envenenamento nas vítimas, principalmente em crianças.

O escorpião amarelo apresenta boa adaptação a ambientes urbanos e se prolifera com facilidade. “Apesar de não aparecer com mais frequência nos registros do Ceatox, a presença desta espécie no Ceará exige cuidados”, informa o farmacêutico.

Antes restrito a Minas Gerais, o escorpião amarelo pode ser encontrado atualmente nos estados do Nordeste.

O aumento da incidência de acidentes está relacionado à capacidade de adaptação do animal em todo o País, explica o Manual de Controle de Escorpiões, do Ministério da Saúde. Segundo o documento, os escorpiões têm preferência por climas tropicais e são mais ativos em períodos chuvosos. Outro fator que colabora para o crescimento da população de escorpiões, conforme Joaquim Gonçalves, é o desequilíbrio na cadeia alimentar. “As pessoas da cidade já não criam tantas galinhas, que são predadores do escorpião”, exemplifica.

O farmacêutico orienta limpeza da casa e retirada de entulhos para evitar o aparecimento de escorpiões. De acordo com ele, o uso de venenos é ineficaz devido à resistência desenvolvida pelo animal. Já em casos de acidentes com escorpião ou outros animais peçonhentos (aranhas, serpentes ou abelhas), a vítima deve procurar a unidade de saúde mais próxima.

Saiba mais

Espécies mais comuns

Tityus stigmurus (escorpião amarelo com faixa escura): mais presentes no Nordeste; ocorrências de menor nível de envenenamento.

Tityus bahiensis (escorpião marrom ou preto): comuns entre Bahia e Santa Catarina; ocorrências com nível médio de envenenamento.

Tityus serrulatus (escorpião amarelo): presentes em Minas Gerais, proliferação recente em outros estados; principal causador de acidentes graves.

 

Serviço

Centro de Assistência Toxológica do IJF

Atendimento 24 horas e sistema de plantão por telefone

Onde: rua Barão do Rio Branco, 1816 – Centro

Telefone: 3255 5050

 

Como evitar

Como evitar acidentes Examinar roupas, calçadas, toalhas e tapetes antes de usar;

Usar luvas de couro e calçados fechados durante manuseio de material de construção; manter camas e berços a uma distância mínima de 10 cm das paredes;

Evitar que mosquiteiros e roupas de cama esbarrem no chão; cuidado ao encostar em locais úmidos e escuros;

Eliminar a presença de baratas, aranhas e grilos fontes de alimento dos escorpiões.

 

O que fazer após a picada

Lavar bem o local com água e sabão; fazer compressa de gelo; procurar atendimento médico mais próximo e mais rápido

O que não fazer após a picada

Amarrar ou fazer torniquete

Aplicar alguma substância sobre o local; fechar o local da picada com curativos; ingerir álcool, gasolina ou querosene, pois não cortam o efeito do veneno.

 

Sintomas

Dor leve ou intensa no local; formigamento e dormência

 

Exigem mais cuidados

Crianças até 7 anos; idosos; hipertensos; diabéticos.

 

Fonte: Jornal O Povo

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