Gripe A: vacinas para grávidas só em abril
As vacinas contra H1N1, modificadas anualmente, ainda estão em fase de elaboração, segundo a Sesa. Grávidas infectadas seguem internadas
As gestantes ainda não podem ser imunizadas contra a gripe A. A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) informou que novas vacinas contra o vírus H1N1, responsável por causar a doença, só chegam ao Ceará em abril. No momento, a imunização está sendo elaborada pelo Ministério da Saúde. Todos os anos, a vacina é modificada para dar conta dos novos tipos de vírus que passaram a circular no País.
“A vacina do ano passado não serve mais”, explicou o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonsêca, afirmando que ainda não há risco de epidemia no Estado. Nas grávidas, a doença pode evoluir e se tornar muito grave, conforme especialistas. Os dois primeiros casos do ano foram confirmados justamente em gestantes.
E.C.F, de 27 anos, de Fortaleza, e M.S, de 21 anos, de Beberibe, estão internadas na UTI da Maternidade Escola Assis Chateubriand (Meac), desde a última quarta-feira. Segundo o diretor da Meac, Carlos Augusto de Alencar Júnior, as duas respiram com ajuda de aparelhos. A fortalezense apresenta quadro de insuficiência renal e necessita de diálise.
Elas estão sendo tratadas com oseltamivir, medicamento indicado para combater o H1N1. O médico explicou que o risco é maior em gestantes, pois, normalmente, elas já têm dificuldades na respiração e o sistema circulatório também é mais exigido.
Somado a isso, o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ivo Castelo Branco Coelho, doutor em Infectologia, ressaltou que há alterações no sistema imunológico das grávidas. “Elas precisam reconhecer o corpo estranho em formação”. Além das gestantes, idosos, crianças menores de 2 anos, pessoas com doenças crônicas ou com obesidade mórbida fazem parte do grupo de risco.
A prevenção, segundo o médico infectologista Anastácio Queiroz, diretor do Hospital São José, é feita evitando o contato com a secreção contaminada. “Quando tossir ou espirrar, usar um lenço e sempre lavar as mãos”. O uso de máscaras também ajuda a reduzir o contágio. A medicação nunca é usada como prevenção. “Se o remédio for tomado, sem necessidade, vamos fazer com que o vírus deixe de ser sensível ao medicamento”. No caso da família das grávidas, o medicamento também só pode ser usado em pessoas com os sintomas.
ENTENDA A NOTÍCIA
Os dois primeiros casos de gripe A no Ceará em 2012 foram confirmados neste fim de semana. Duas grávidas foram infectadas e estão em estado muito grave. Ano passado, houve um surto de H1N1 em Pedra Branca.
Fonte: Jornal O Povo
Estão confirmados os dois primeiros casos de gripe A (também conhecida como gripe suína) no Ceará em 2012. Grávidas contraíram o H1N1 dentro do território estadual e estão internadas na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac). Uma delas perdeu o bebê; a outra antecipou o parto. Ambas ocupam leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. As mulheres residem em Fortaleza e Beberibe, município distante 83 quilômetros da Capital. O diagnóstico da moradora do Litoral Leste foi constatado na sexta-feira, 9, pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O resultado dos exames da fortalezense saíram no sábado. O caso de Beberibe está esclarecido. A paciente foi infectada pela gripe A durante o Carnaval, período em que recebeu diversas visitas em casa. Ela estava com 28 semanas de gestação e foi submetida a uma cesariana. Prematura, a bebê ocupa um leito da UTI infantil e também está vulnerável à doença. A mãe apresentava insuficiência respiratória aguda quando deu entrada na Meac. O quadro é preocupante para as duas. “Elas ficam internadas até evoluírem melhor”, disse ao O POVO o diretor da Maternidade, Carlos Augusto Alencar Júnior. Não se sabe como a outra mulher contraiu o vírus. Ela mora no bairro Messejana, um dos mais populosos e de maior extensão territorial de Fortaleza. “O parto foi induzido, mas o feto já nasceu sem vida”, acrescentou o médico. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) trabalha com a ideia de que as pacientes não estavam grávidas durante a campanha de vacinação contra o H1N1 para gestantes de abril de 2011. Nenhum outro caso foi notificado em Beberibe ou na Capital. Segundo a Sesa, há doses de Tamiflu (vacina) nas duas cidades. “Era de se esperar (casos) após o Carnaval, porque há muito ajuntamento de pessoas e o tempo de incubação é de sete a 15 dias”, pondera o coordenador de Proteção e Promoção à Saúde do Governo, Manoel Fonsêca. O quê ENTENDA A NOTÍCIA Tecnicamente chamada de Influenza H1N1, a gripe suína já foi diagnosticada em inúmeros países. No Brasil, o a primeira notificação ocorreu em 2009, no Rio de Janeiro. Ano passado, o município de Pedra Branca (CE) viveu surto. Serviço Mais informações sobre o vírus H1N1 podem ser obtidas no site da Secretaria da Saúde. O endereço é: http://bit.ly/w3GLy0 Saiba mais A paciente de Fortaleza chegou a ser internada no Hospital Gonzaguinha do José Walter, mas foi transferida para a Meac após apresentar complicações. Os sintomas mais comuns da gripe A são sonolência, febre, falta de apetite e tosse. Contudo, alguns pacientes também apresentam náuseas, vômito, garganta seca, diarreia e coriza. A recomendação da Sesa é de procurar a unidade de saúde mais próxima tão logo os sintomas apareçam. A expectativa da Sesa é de que novos casos surjam tanto em Beberibe quanto em Fortaleza nos próximos dias. “De gente que passou o Carnaval lá, mas mora aqui”, explica Manoel Fonsêca. Fonte: Jornal O Povo
Casos mais recentes de raiva humana foram transmitidos no Ceará por saguis, conhecidos como soins. Caso raro no mundo de sobrevivente à agressiva doença, jovem pernambucano enfrenta, desde 2008, suas fortes sequelas O caso do menino de nove anos diagnosticado com raiva humana no Cariri, na última quarta-feira, alerta para os cuidados com a transmissão dessa doença por animais silvestres. Dos últimos cinco casos de raiva registrados no Ceará, de 2005 até hoje, quatro foram transmitidos por saguis, ou soins, como são mais conhecidos. A transmissão da doença para o menino se deu após ele ter sido mordido por um sagui encontrado na mata. De acordo com o coordenador de promoção e proteção à saúde do Governo do Estado, Manoel Fonsêca, a cobertura vacinal chega a mais de 90% dos cães e gatos, principais transmissores. Como essa prevenção não chega a animais silvestres, os saguis têm se tornado os maiores vilões nos casos mais recentes registrados no Estado. “Um cachorro fica entre sete a dez dias com o vírus. O soim pode ser portador do vírus por um ano”, compara Fonsêca. A orientação da Secretaria da Saúde (Sesa) é não alimentar, não capturar e não conviver com soins. “Mesmo os animais que estão em casa têm contato com o mato e, depois de infectados, podem passar a doença para uma pessoa”, lembra Fonsêca. Segundo o médico da Sesa, os primeiros sintomas da raiva humana são mal estar, perda de apetite, dormência no local da mordida e aumento da salivação. A doença também pode se manifestar com convulsões, fobia de luz ou água e paralisia da faringe. O diretor do Hospital São José, Anastácio Queiroz, explica que a doença é considerada quase 100% fatal. “Se o indivíduo se encontra muito grave, as chances de resultado favorável são remotas. Os pacientes que sobreviveram tiveram diagnóstico rápido”, detalha o médico. Coma induzido Manoel Fonsêca explica que o tratamento de pacientes graves, que não foram tratados a tempo com vacina e soro antirrábicos, é feito por coma induzido. Trata-se de um dos passos do Protocolo de Recife, criado para orientar a condução clínica de pacientes com suspeita da doença. Houve registro de sobrevivência à doença em apenas dois pacientes que não receberam a vacina após acidentes com animais infectados: um caso nos Estados Unidos, em 2004, e outro em 2008, no Recife. Uma paciente da Colômbia foi curada, mas acabou morrendo por complicações clínicas posteriores. Além do coma, outras medidas do protocolo são manter as funções vitais, sedar e entubar o paciente. No tratamento do menino de Jati, um medicamento contra o vírus já foi utilizado. Uma enzima, explica Fonsêca, também pode ser utilizada no tratamento, mas o medicamento só é enviado pelo Ministério da Saúde quando o caso é confirmado pelo Instituto Pasteur, laboratório referencial no Brasil. Apesar do diagnóstico positivo do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), o caso do menino de Jati ainda era considerado suspeito pelo Ministério da Saúde, conforme informou ontem ao O POVO a assessoria de imprensa do Ministério. Ainda segundo o órgão,quando o diagnóstico é confirmado, o medicamento é enviado no mesmo dia em que é solicitado pela secretaria de saúde. Onde ENTENDA A NOTÍCIA Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) registrou cinco casos de raiva humana de 2005 até hoje. Segundo o Ministério da Saúde, de 1990 a 2009, 82% dos casos no Brasil se concentraram nas regiões Norte e Nordeste Saiba mais Casos no Ceará 2012 Município: Jati Animal agressor: sagui 2010 Município: Chaval Animal agressor: cão Município: Ipu Animal agressor: sagui 2008 Município: Camocim Animal agressor: sagui 2005 Município: São Luís do Curu Animal agressor: sagui Em 2006, 2007, 2009 e 2011 não houve registro de casos no Ceará Fonte: Jornal O Povo
Hoje, os principais carcinomas que atingem e vitimam pessoas do sexo feminino são mama, útero e ovário
Ao lado de Recife, as cidades cearenses estão entre as que têm o maior número de ocorrências no Nordeste
Mais de 5 milhões de alunos de escolas públicas com idade entre 5 e 19 anos participam, esta semana, de atividades que incluem avaliação nutricional e visitas a unidades básicas de saúde. As ações fazem parte da 1º Semana de Mobilização Saúde na Escola, que tem como tema a obesidade entre crianças e adolescentes.