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Hospitais terão de adotar qualidade em mamografia

Dentro do novo PNQM, um dos objetivos é minimizar os riscos associados ao uso de raios X. O Inca estima 52.680 novos casos este ano de câncer de mama

Hospitais e clínicas públicas e particulares aparelhados para exames de mamografia no País terão de adotar o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM), criado pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria 530, publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU), em Brasília. O programa já está em vigor. Além de garantir a qualidade, outro objetivo do plano é minimizar os riscos associados ao uso de raios X.

De acordo com a nova norma, serão avaliadas as imagens da mamografia, o laudo médico, a capacitação dos profissionais de saúde e a taxa de detecção de câncer de mama pelo exame. O monitoramento anual será realizado por comitê formado por representantes do ministério, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e de sociedades médicas.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também integra o grupo e deverá baixar norma obrigando os planos de saúde a contratar somente prestadores de acordo com o programa. A mamografia é o exame fundamental para diagnóstico de câncer de mama, o mais comum entre as brasileiras. Identificado em estágio inicial, as chances de cura são de 95%.

No Brasil, a taxa de mortalidade é considerada alta, porque a doença é identificada em fase avançada, de acordo com o Inca. O instituto estima 52.680 novos casos este ano. A mamografia deve ser providenciada bienalmente por mulheres com mais de 50 anos de idade. A Lei da Mamografia (Lei 11.664), de 2009, dá direito à mulher, a partir dos 40 anos de idade, a se submeter, gratuitamente, ao exame, seguindo recomendação médica.

Monitoramento

O esforço do Governo federal, por meio da Portaria 530, é estruturar um programa nacional de monitoramento da qualidade dos serviços de diagnóstico por imagem que realizam mamografia tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto na rede privada.

As ações previstas no PNQM estão inseridas no Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, uma ampla estratégia lançada em março do ano passado, com investimentos do Ministério da Saúde da ordem de R$ 4,5 bilhões, até 2014.

“A capacitação dos profissionais de saúde é a uma das prioridades do PNQM porque, além de serem os responsáveis pela realização dos exames, são eles que orientam diretamente as pacientes”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Até o final deste ano, os serviços públicos e privados de atendimento deverão se adequar aos critérios estabelecidos pelo Programa Nacional de Qualidade em Mamografia.

“A partir de janeiro, só será pago o exame de mamografia que tiver sido realizado conforme as diretrizes do programa”, observou o ministro. (das agências de notícias).  

ENTENDA A NOTÍCIA

Traçadas as diretrizes de qualidade para todos os estabelecimentos de saúde do País, vem agora a difícil tarefa de monitorar e fiscalizar o cumprimento da meta. Mais uma atribuição que cabe aos governos.

Fonte: Jornal O Povo

Ceará tem o segundo pior desempenho do SUS no Nordeste

O Ceará recebeu nota de 5,14 no Índice de Desempenho do SUS 2012, ficando à frente somente da Paraíba

São várias as portas de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) e, em quase todas, a população encontra dificuldades para conseguir atendimento. Isso se reflete no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) 2012, divulgado no início deste mês. O Ceará aparece com uma nota de 5,14 – os índices variam de 0 a 10. O Estado ficou em 20º lugar no ranking brasileiro, sendo o segundo pior sistema de saúde do Nordeste, ficando à frente somente da Paraíba. A média do Brasil é de 5,47.

Já Fortaleza recebeu uma nota de 5,18, o que deixa a Capital na 25º colocação entre as cidades do grupo 1, que reúne os municípios com melhor infraestrutura e atendimento à população na saúde. O IDSUS é usado para medir o acesso do usuário e a qualidade dos serviços da rede pública.

A superlotação das urgências e emergências foi um dos gargalos da saúde pública mais citados por especialistas e gestores da área de saúde ouvidos pelo O POVO. O atendimento prestado pela saúde pública fez, inclusive, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegê-la como tema da Campanha da Fraternidade deste ano. “Infelizmente, a situação da saúde (pública) é crítica”, comenta José Maria Pontes, presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec).

Demora

Já estava no fim da manhã e a dona de casa Maria Irisnalda, 33, ainda aguardava pelo resultado dos exames da filha – com suspeita de dengue – na emergência do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Ainda não havia previsão de quando o resultado iria sair nem o horário que seria atendida. Três dias antes, no mesmo hospital, ela chegou às 8 horas e só saiu às 17 horas. “Dou nota zero ao atendimento. Lá dentro está lotado, tem gente em maca nos corredores, cadeiras de rodas ou em pé”.

“Visitamos a emergência do HGF e lá você tem um salão enorme com 79 pacientes aguardando leito”, relata José Maria. O diretor-geral do HGF, Zózimo Medeiros, informa que a emergência da unidade de saúde tem 96 leitos, mas há uma média de 70 pacientes extras nos corredores.

A estimativa é de que seria preciso implantar cerca de 2.400 leitos de internação clínica e de UTI no Ceará para atender a demanda. A informação é do diretor-geral do HGF, Zózimo Medeiros. O presidente do Simec, José Maria Pontes, também avalia que o déficit passa de 2 mil leitos. “Pode ter tido aumento no número de leitos, em termos absolutos, mas não foi suficiente para acompanhar o aumento da demanda”, diz.

O secretário estadual da Saúde, Arruda Bastos, e o coordenador de Gestão Hospitalar da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Helly Ellery, consideram que o índice do IDSUS está defasado, pois os dados foram coletados entre 2008 e 2010. Segundo eles, a qualidade do atendimento do SUS no Ceará melhorou nos últimos anos por conta de investimentos que serão abordados durante a série de matérias.

Fonte: Jornal O Povo

Ceará tem o segundo pior desempenho do SUS no Nordeste

O Ceará recebeu nota de 5,14 no Índice de Desempenho do SUS 2012, ficando à frente somente da Paraíba

São várias as portas de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS) e, em quase todas, a população encontra dificuldades para conseguir atendimento. Isso se reflete no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) 2012, divulgado no início deste mês. O Ceará aparece com uma nota de 5,14 – os índices variam de 0 a 10. O Estado ficou em 20º lugar no ranking brasileiro, sendo o segundo pior sistema de saúde do Nordeste, ficando à frente somente da Paraíba. A média do Brasil é de 5,47.

 Já Fortaleza recebeu uma nota de 5,18, o que deixa a Capital na 25º colocação entre as cidades do grupo 1, que reúne os municípios com melhor infraestrutura e atendimento à população na saúde. O IDSUS é usado para medir o acesso do usuário e a qualidade dos serviços da rede pública.

A superlotação das urgências e emergências foi um dos gargalos da saúde pública mais citados por especialistas e gestores da área de saúde ouvidos pelo O POVO. O atendimento prestado pela saúde pública fez, inclusive, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elegê-la como tema da Campanha da Fraternidade deste ano. “Infelizmente, a situação da saúde (pública) é crítica”, comenta José Maria Pontes, presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec).

Demora

Já estava no fim da manhã e a dona de casa Maria Irisnalda, 33, ainda aguardava pelo resultado dos exames da filha – com suspeita de dengue – na emergência do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Ainda não havia previsão de quando o resultado iria sair nem o horário que seria atendida. Três dias antes, no mesmo hospital, ela chegou às 8 horas e só saiu às 17 horas. “Dou nota zero ao atendimento. Lá dentro está lotado, tem gente em maca nos corredores, cadeiras de rodas ou em pé”.

“Visitamos a emergência do HGF e lá você tem um salão enorme com 79 pacientes aguardando leito”, relata José Maria. O diretor-geral do HGF, Zózimo Medeiros, informa que a emergência da unidade de saúde tem 96 leitos, mas há uma média de 70 pacientes extras nos corredores.

A estimativa é de que seria preciso implantar cerca de 2.400 leitos de internação clínica e de UTI no Ceará para atender a demanda. A informação é do diretor-geral do HGF, Zózimo Medeiros. O presidente do Simec, José Maria Pontes, também avalia que o déficit passa de 2 mil leitos. “Pode ter tido aumento no número de leitos, em termos absolutos, mas não foi suficiente para acompanhar o aumento da demanda”, diz.

O secretário estadual da Saúde, Arruda Bastos, e o coordenador de Gestão Hospitalar da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Helly Ellery, consideram que o índice do IDSUS está defasado, pois os dados foram coletados entre 2008 e 2010. Segundo eles, a qualidade do atendimento do SUS no Ceará melhorou nos últimos anos por conta de investimentos que serão abordados durante a série de matérias.

Fonte: Jornal O Povo

Tuberculose: casos no Brasil caem 3,5% em 2011; doença ainda é quarta causa de óbitos entre infecciosas

Brasília – Dados divulgados hoje (26) pelo Ministério da Saúde indicam que os casos de tuberculose registrados no país em 2011 caíram 3,54% em relação ao ano anterior – foram notificados, ao todo, 69.245 casos contra 71.790 em 2010.

Já a taxa de incidência da doença no Brasil, de acordo com a pasta, caiu 15,9% na última década. Em 2001, foram registrados 42,8 casos de tuberculose para cada 100 mil habitantes contra 36 casos no ano passado.

Em relação aos óbitos provocados pela doença, houve queda de 23,4% no período de dez anos, segundo o ministério. Em 2001, o país registrou 3,1 mortes para cada 100 mil habitantes contra 2,4 mortes em 2010.

Apesar dos avanços, a tuberculose no Brasil representa a quarta causa de óbitos por doenças infecciosas e a primeira entre pacientes com aids. A recomendação do ministério é que todos os pacientes diagnosticados façam o teste anti-HIV. Entretanto, em 2010, apenas 60% dessas pessoas foram testadas.

De acordo com a pasta, em 2011, foram investidos US$ 74 milhões no enfrentamento à doença, contra US$ 5,2 milhões em 2002.

Tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma da tuberculose. Ao apresentar esse quadro, qualquer pessoa deve procurar uma unidade de saúde. Caso o diagnóstico seja confirmado, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, para que a cadeia de transmissão seja interrompida.

O tratamento deve ser feito durante seis meses, sem interrupção, e é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Agência Brasil

Tuberculose: casos no Brasil caem 3,5% em 2011; doença ainda é quarta causa de óbitos entre infecciosas

Brasília – Dados divulgados hoje (26) pelo Ministério da Saúde indicam que os casos de tuberculose registrados no país em 2011 caíram 3,54% em relação ao ano anterior – foram notificados, ao todo, 69.245 casos contra 71.790 em 2010.

Já a taxa de incidência da doença no Brasil, de acordo com a pasta, caiu 15,9% na última década. Em 2001, foram registrados 42,8 casos de tuberculose para cada 100 mil habitantes contra 36 casos no ano passado.

Em relação aos óbitos provocados pela doença, houve queda de 23,4% no período de dez anos, segundo o ministério. Em 2001, o país registrou 3,1 mortes para cada 100 mil habitantes contra 2,4 mortes em 2010.

Apesar dos avanços, a tuberculose no Brasil representa a quarta causa de óbitos por doenças infecciosas e a primeira entre pacientes com aids. A recomendação do ministério é que todos os pacientes diagnosticados façam o teste anti-HIV. Entretanto, em 2010, apenas 60% dessas pessoas foram testadas.

De acordo com a pasta, em 2011, foram investidos US$ 74 milhões no enfrentamento à doença, contra US$ 5,2 milhões em 2002.

Tosse por mais de três semanas, com ou sem catarro, é o principal sintoma da tuberculose. Ao apresentar esse quadro, qualquer pessoa deve procurar uma unidade de saúde. Caso o diagnóstico seja confirmado, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, para que a cadeia de transmissão seja interrompida.

O tratamento deve ser feito durante seis meses, sem interrupção, e é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Agência Brasil

Brasil não deve ceder à indústria do fumo, pede chefe da OMS

O Brasil não deve recuar em suas políticas antitabagistas frente à pressão da indústria, declarou Margaret Chan, diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde).

“É importante que o governo como um todo esteja unido na mesma posição. O Brasil é um líder no controle do tabaco, deve manter o bom trabalho”, disse Chan à Folha durante a 15ª Conferência Tabaco ou Saúde, que acontece em Cingapura.

A mais recente disputa envolvendo o setor tabagista no país está ligado à proibição pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso de aditivos no cigarro, adotada neste mês após forte lobby contra a medida.

Pressões conduzidas pela indústria tabagista sobre governos e políticas de restrição ao fumo são, justamente, o tema central da conferência.

“Só tenho uma posição: lutar contra a indústria do tabaco da forma mais vigorosa possível”, declarou Chan anteontem. “Apoiamos todos os países desafiados judicialmente, sob ameaça ou intimidação”, disse em discurso durante o evento.

LIGHT

Os casos mais discutidos são ações judiciais contra os governos do Uruguai e da Austrália. Ações adotadas pelo Uruguai, como o banimento da expressão “light”, foram questionadas.

A Austrália, que adotou de forma inédita a padronização de maços de cigarro para 2012, com exclusão da marca, é contestada em instância internacional pela indústria.

Segundo Chan, é preciso fazer da padronização do maço “um grande sucesso, para que o êxito da Austrália seja o de outros países”.

Na quinta-feira, depois de ouvir sobre a pressão da indústria contra a decisão australiana, Chan concluiu sua fala brincando. “Algo que aprendi é: frente a qualquer coisa que a indústria diga, caminhe para o outro lado.”

Um dia antes, a diretora da OMS classificou de “surreal” a intimidação de governos soberanos pela “desprezível” indústria tabagista.

Fonte: Folha de S. Paulo

Brasil não deve ceder à indústria do fumo, pede chefe da OMS

O Brasil não deve recuar em suas políticas antitabagistas frente à pressão da indústria, declarou Margaret Chan, diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde).

“É importante que o governo como um todo esteja unido na mesma posição. O Brasil é um líder no controle do tabaco, deve manter o bom trabalho”, disse Chan à Folha durante a 15ª Conferência Tabaco ou Saúde, que acontece em Cingapura.

A mais recente disputa envolvendo o setor tabagista no país está ligado à proibição pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso de aditivos no cigarro, adotada neste mês após forte lobby contra a medida.

Pressões conduzidas pela indústria tabagista sobre governos e políticas de restrição ao fumo são, justamente, o tema central da conferência.

“Só tenho uma posição: lutar contra a indústria do tabaco da forma mais vigorosa possível”, declarou Chan anteontem. “Apoiamos todos os países desafiados judicialmente, sob ameaça ou intimidação”, disse em discurso durante o evento.

LIGHT

Os casos mais discutidos são ações judiciais contra os governos do Uruguai e da Austrália. Ações adotadas pelo Uruguai, como o banimento da expressão “light”, foram questionadas.

A Austrália, que adotou de forma inédita a padronização de maços de cigarro para 2012, com exclusão da marca, é contestada em instância internacional pela indústria.

Segundo Chan, é preciso fazer da padronização do maço “um grande sucesso, para que o êxito da Austrália seja o de outros países”.

Na quinta-feira, depois de ouvir sobre a pressão da indústria contra a decisão australiana, Chan concluiu sua fala brincando. “Algo que aprendi é: frente a qualquer coisa que a indústria diga, caminhe para o outro lado.”

Um dia antes, a diretora da OMS classificou de “surreal” a intimidação de governos soberanos pela “desprezível” indústria tabagista.

Fonte: Folha de S. Paulo

Decisão da Anvisa sobre próteses de silicone gera críticas no Ceará

anvisaPresidente da SBCP-CE afirma que há pacientes que não podem esperar muito tempo por padronização da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, ontem, resolução que suspende as importações de próteses mamárias de silicone no País. O órgão também proibiu a venda dos implantes fabricados no Brasil.

A medida, que é temporária e começa a vigorar a partir de hoje, será expandida até que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) registre as novas normas de avaliação de qualidade do produto. Um portaria definitiva para a certificação das próteses deve ser publicada até o próximo dia 31 de março.

No Estado, conforme os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Regional Ceará, as cirurgias de colocação de mamas são líder entre as intervenções plásticas, superando, inclusive, a lipoaspiração. E é com base nesta constatação que o presidente da SBCP-CE, Paulo Régis Teixeira, vê um problema na resolução da Anvisa.

“Existe um contra-tempo muito grande com essa medida. Nós temos paciente que faz reconstrução de mama por ter câncer de mama e não pode ficar sem a prótese. Vai se adiar essa cirurgia até se padronizar isso? Não tem sentido! Vamos aguardar qual será a atitude que a SBCP poderá tomar”, afirmou o cirurgião plástico, Paulo Régis.

Segundo o médico, hoje, no Ceará, 21% das cirurgias plásticas e estéticas realizadas são de implante mamário. O cirurgião destaca que a Anvisa quer padronizar o que já deveria ter feito. “Ela liberou as próteses das empresas que ocasionaram problemas porque não existia fiscalização, mas agora corre atrás”.

As novas regras foram aprovadas depois do escândalo envolvendo as marcas francesa Poly Implant Prothese (PIP) e holandesa Rofil, acusadas de usar silicone inapropriado, aumentando o risco de o implante romper ou vazar e provocar problemas de saúde. A partir de agora, as próteses terão de passar por testes de laboratórios brasileiros para checar a resistência e composição do silicone usado e exames biológicos. Além disso, os fabricantes serão inspecionados.

Fonte: Diário do Nordeste

Decisão da Anvisa sobre próteses de silicone gera críticas no Ceará

anvisaPresidente da SBCP-CE afirma que há pacientes que não podem esperar muito tempo por padronização da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, ontem, resolução que suspende as importações de próteses mamárias de silicone no País. O órgão também proibiu a venda dos implantes fabricados no Brasil.

A medida, que é temporária e começa a vigorar a partir de hoje, será expandida até que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) registre as novas normas de avaliação de qualidade do produto. Um portaria definitiva para a certificação das próteses deve ser publicada até o próximo dia 31 de março.

No Estado, conforme os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Regional Ceará, as cirurgias de colocação de mamas são líder entre as intervenções plásticas, superando, inclusive, a lipoaspiração. E é com base nesta constatação que o presidente da SBCP-CE, Paulo Régis Teixeira, vê um problema na resolução da Anvisa.

“Existe um contra-tempo muito grande com essa medida. Nós temos paciente que faz reconstrução de mama por ter câncer de mama e não pode ficar sem a prótese. Vai se adiar essa cirurgia até se padronizar isso? Não tem sentido! Vamos aguardar qual será a atitude que a SBCP poderá tomar”, afirmou o cirurgião plástico, Paulo Régis.

Segundo o médico, hoje, no Ceará, 21% das cirurgias plásticas e estéticas realizadas são de implante mamário. O cirurgião destaca que a Anvisa quer padronizar o que já deveria ter feito. “Ela liberou as próteses das empresas que ocasionaram problemas porque não existia fiscalização, mas agora corre atrás”.

As novas regras foram aprovadas depois do escândalo envolvendo as marcas francesa Poly Implant Prothese (PIP) e holandesa Rofil, acusadas de usar silicone inapropriado, aumentando o risco de o implante romper ou vazar e provocar problemas de saúde. A partir de agora, as próteses terão de passar por testes de laboratórios brasileiros para checar a resistência e composição do silicone usado e exames biológicos. Além disso, os fabricantes serão inspecionados.

Fonte: Diário do Nordeste

Superbactéria: 45 casos de KPC são confirmados

Todas as ocorrências foram confirmadas por exames laboratoriais, mas ainda passarão por teste feito fora do Ceará

Hoje, já são 45 casos de pacientes infectados pela bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemas (KPC). Todos foram confirmados por exames laboratoriais realizados no Ceará. A informação foi divulgada, ontem, pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O órgão já havia comprovado, na última sexta-feira, 27 casos suspeitos de pacientes com KPC. Destes, 25 em hospitais públicos e outros dois casos da bactéria que tiveram óbitos confirmados pelo Instituto do Câncer do Ceará (ICC), unidade privada. Porém, o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonsêca, afirmou a existência de outros 18 casos suspeitos em hospitais particulares, o que totaliza 45.

Segundo ele, apesar de todos terem se submetido a exames realizados em um laboratório particular, os quais deram resultados positivos, o Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) aguarda, ainda, a chegada de kits biomoleculares, chamados de teste ouro, vindos de fora do Estado para exata comprovação. Conforme Fonsêca, os exames devem ser realizados a partir do dia 30 deste mês. No próximo dia 3 de abril, os resultados devem ser divulgados. “Os exames realizados nos laboratórios do Ceará geram um diagnóstico de potenciais positivos, já o teste ouro é a confirmação exata” explica o coordenador.

Nesta semana, duas mortes foram confirmadas no ICC por contaminação pela KPC. Havia outros cinco pacientes suspeitos na unidade, mas o diretor clínico do hospital, Reginaldo Ferreira, divulgou que o resultado dos exames realizados deu negativo. Esses casos, segundo Manoel Fonsêca, não precisarão passar por teste, somente os positivos.

Óbitos

Segundo Ferreira, no caso dos dois óbitos, os pacientes estavam dentro de um contexto de gravidade. Eram pessoas que não tinham somente a infecção pela bactéria. “A causa da morte não foi o KPC, já que esses pacientes tinham o diagnóstico de câncer avançado”, destaca.

Ainda de acordo com ele, o exame de cultura realizado por um laboratório terceirizado pela unidade é de total confiança e trabalha dentro das regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Temos 99% de certeza do diagnóstico realizado. Porém, podemos, sim, refazer os testes”, destaca. Conforme Manoel Fonsêca, a KPC é uma infecção hospitalar que acomete, principalmente, pacientes que estão debilitados, imunodeprimidos e que passam muito tempo internados em leitos de UTI com uso prolongado de antibióticos de amplo espectro.

Todo mês, em alguma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Ceará e do Brasil, morrem pacientes vítimas de KPC. Não temos como evitar que as pessoas que estão expostas a uma patologia crônica peguem uma bactéria super resistente”. Apesar de ressaltar que não há risco de surtos ou epidemias devido ao KPC, o coordenador destaca a importância da atuação de uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar em todos os hospitais que possuem UTIs.

Segundo Fonsêca, essas equipes são formadas, geralmente, por um médico, uma enfermeira e um farmacêutico, os quais são responsáveis por analisar e detectar qualquer tipo de infecção nos pacientes que estão internados na UTI.

“Todos os seis hospitais públicos de responsabilidade do Estado, localizados em Fortaleza, possuem Comissões de Controle de Infecções Hospitalares. Essa equipe é fundamental para evitar mortes por infecções bacterianas”, diz o especialista. A secretaria divulgou uma nota técnica sobre os cuidados preventivos contra a infecção pela bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase, elaborada pela Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde. O texto alerta os profissionais de saúde e as pessoas que acompanham e visitam doentes nos hospitais sobre a necessidade de higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.

Epidemia

De acordo com a Sesa, os hospitais não são obrigados a informar os casos da bactéria porque elas não têm capacidade de causar epidemia. Geralmente, são situações restritas de pacientes internados em UTIs. “A KPC é uma bactéria que provoca pneumonia, não é de notificação compulsória e é muito comum em hospitais”, diz Fonsêca.

Diagnóstico

25 casos suspeitos da superbactéria, que ainda terão a confirmação exata, por meio do teste ouro, vindo de outro Estado, estão em hospitais públicos do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste

Unimed do Nordeste do Ceará
Rua Raimundo Teófilo de Castro, 232 - Centro - Itapipoca
Telefones: (88) 3631-1303