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Anencefalia: com placar de 5 a 1, STF retoma hoje julgamento

Brasília – Com placar de 5 a 1 a favor da interrupção da gravidez de anencéfalos (malformação neural), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) darão continuidade hoje (12), a partir das 14h, ao julgamento sobre o tema. Depois do voto de seis ministros, a sessão foi suspensa por volta das 19h de ontem (11).

Faltam votar os ministros Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes, Celso de Melo e Cezar Peluso. Antonio Dias Toffoli disse que está impedido de votar porque, no passado, quando era advogado-geral da União, manifestou-se favorável à interrupção da gravidez no caso de anencéfalos.

Relator da ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS), o ministro Marco Aurélio Mello foi o primeiro a votar. Em mais de duas horas, ele argumentou que deve ser garantido o direito da mulher de escolher se quer interromper a gestação de um feto com anencefalia.

“Estão em jogo a privacidade, a autonomia e a dignidade humana dessas mulheres. Hão de ser respeitadas tanto as que optem por prosseguir a gravidez quanto as que prefiram interromper a gravidez para pôr fim ou minimizar um estado de sofrimento. Não se pode exigir da mulher aquilo que o Estado não vai fornecer por meio de manobras médicas”, disse. O relator defendeu a “antecipação terapêutica do parto”, o que considera diferente do aborto, pois a Constituição só autoriza em caso de estupro e riscos à saúde da grávida.

A ministra Rosa Weber também acompanhou o voto de Marco Aurélio Mello, alegando a defesa do direito reprodutivo feminino. “Não está em jogo o direito do feto, mas da gestante. A proibição da antecipação do parto fere a liberdade de escolha da gestante que se encontra na situação de carregar o feto anencéfalo em seu ventre”.

Após Weber, Joaquim Barbosa também se posicionou favoravelmente à interrupção da gravidez nessas situações. Luiz Fux, o quarto voto a favor da ação, alegou que é injustiça condenar uma mulher à prisão por ela optar pelo fim da gravidez de um feto sem chance de sobreviver fora do útero. Com exceção das situações previstas em lei, a gestante que fizer um aborto pode ser condenada de um a três anos de prisão, e o médico, de um a quatro.

“É justo colocar essa mulher no banco do júri como se fosse a praticante de um delito contra a vida? Por que punir essa mulher que já padece de uma tragédia humana?”, indagou Fux.

Em seguida, a ministra Cármen Lúcia acompanhou os colegas. “A mulher que não pode interromper essa gravidez tem medo do que pode acontecer – o medo físico, psíquico e de vir a ser punida penalmente”, alegou. .

Último a votar na sessão dessa quarta-feira, Ricardo Lewandowski manifestou-se contrário. Segundo ele, permitir o aborto de um anencéfalo pode criar brecha para “a interrupção da gestação de inúmeros outros embriões que sofrem ou venham a sofrer outras doenças, genéticas ou adquiridas, as quais, de algum modo, levem ao encurtamento de sua vida intra ou extrauterina”.

Na sessão de ontem, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, esclareceu que caso a ação seja aprovada, ela não será uma obrigação para as mulheres. Aquelas que desejarem seguir com o parto estão resguardadas.  “Não está se afirmando que a mulher deve [interromper a gravidez]”, destacou.

 

O advogado Luiz Roberto Barroso, que representa a CNTS, sustentou que “a criminalização da interrupção da gestação quando o feto não é viável viola os direitos das mulheres”. Advogados contrários à aprovação da medida também apresentarão suas posições.

Do lado de fora do STF, grupos religiosos contrários à legalização do aborto de anencéfalos fizeram uma vigília e orações pela não aprovação da medida.

Fonte: Agência Brasil

Fortaleza é a 2ª capital em número de pessoas acima do peso

sobrepesoestão ficando mais gordos: 53,7% da população está com o peso acima do ideal, o que deixa a capital em segundo lugar no ranking brasileiro, ficando atrás somente de Porto Alegre (55,4%). No Brasil, o índice é de 49%. Os dados são da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde. Desde 2006, quando foi iniciada a pesquisa, houve um aumento de 14% no número de pessoas com sobrepeso no País. A auxiliar administrativa Renata Marques, 23, afirma que, por conta da gravidez, está tendo que perder peso: “A barriga vai crescer e, se eu não emagrecer, posso ter dificuldades para andar”. Hoje, ela tem 125 quilos. O índice de pessoas acima do peso em Fortaleza é bem maior entre os homens (58,3%) do que entre as mulheres (49,6%). Já o número de obesos, que são aqueles que têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 30, é de 18,4% entre os fortalezenses. A cidade fica em quarto lugar no País e em segundo no Nordeste, praticamente empatada com Natal (18,5%). O excesso de peso ainda não trouxe problemas de saúde para Renata. “Não tenho pressão e colesterol altos, nem problemas com glicemia”, relata. Porém, isso é exceção. Segundo a endocrinologista Gretna Maia, a obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, doenças osteodegenerativas (como artrose) e cardiovasculares, além de maior incidência de câncer de mama e intestinal. Renata Marques até fez várias dietas para reduzir o peso, mas com o tempo recuperava tudo de novo. “Eu tenho facilidade de engordar. Na minha casa, todos são gordinhos”. A endocrinologista confirma que há um componente genético na obesidade. Gretna Maia diz que o primeiro passo do tratamento inclui uma mudança de estilo de vida, com reeducação alimentar e prática de exercícios físicos. “E isso deve ser contínuo e não só por um período”, afirma. Em alguns casos, podem ser utilizados medicamentos que ajudam a emagrecer. Como última alternativa, é utilizada a cirurgia bariátrica, com a redução do estômago, mas ela só é indicada para os obesos mórbidos com doenças graves . Cálculo do IMC O índice de massa corpórea (IMC) ideal é entre 20 e 25 kg/m². Quem está entre 25 e 30, é considerado com sobrepeso. Já quem de 30 e 40 é classificado obeso. Os que estão acima 40 são tidos como obesos mórbidos. Para fazer o cálculo, basta dividir o peso pelo valor resultante da altura elevada ao quadrado. ENTENDA A NOTÍCIA O inquérito por telefone (Vigitel) ouviu 54.144 pessoas com 18 anos ou mais em 26 Estados, durante o ano de 2011. O objetivo da pesquisa é identificar hábitos de vida que podem ter impacto na saúde pública. Enquanto o Brasil tem 15,8% da população obesa, o Chile tem 25,1%, a Argentina tem 20,5% e os Estados Unidos, 27,6%. Saiba mais Atendimento básico A coordenadora municipal de Estratégia da Saúde da Família, Julieta Pontes, afirma que as equipes do Programa Saúde da Família fazem o acompanhamento dos casos de obesidade nas famílias. “É um problema que tem agravado nos últimos 20 anos”, afirma. Quem precisa de tratamento, é encaminhado para um dos 30 Núcleos de Apoio à Família (NAF), onde se tem acesso a psicólogos, nutricionistas e educadores físicos. Fonte: Jornal O Povo Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, 53,7% dos fortalezenses estão acima do peso ideal. Obesidade é uma das principais causas de doenças crônicas Os fortalezenses

Fortaleza é a 2ª capital em número de pessoas acima do peso

sobrepesoestão ficando mais gordos: 53,7% da população está com o peso acima do ideal, o que deixa a capital em segundo lugar no ranking brasileiro, ficando atrás somente de Porto Alegre (55,4%). No Brasil, o índice é de 49%. Os dados são da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde. Desde 2006, quando foi iniciada a pesquisa, houve um aumento de 14% no número de pessoas com sobrepeso no País. A auxiliar administrativa Renata Marques, 23, afirma que, por conta da gravidez, está tendo que perder peso: “A barriga vai crescer e, se eu não emagrecer, posso ter dificuldades para andar”. Hoje, ela tem 125 quilos. O índice de pessoas acima do peso em Fortaleza é bem maior entre os homens (58,3%) do que entre as mulheres (49,6%). Já o número de obesos, que são aqueles que têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 30, é de 18,4% entre os fortalezenses. A cidade fica em quarto lugar no País e em segundo no Nordeste, praticamente empatada com Natal (18,5%). O excesso de peso ainda não trouxe problemas de saúde para Renata. “Não tenho pressão e colesterol altos, nem problemas com glicemia”, relata. Porém, isso é exceção. Segundo a endocrinologista Gretna Maia, a obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, doenças osteodegenerativas (como artrose) e cardiovasculares, além de maior incidência de câncer de mama e intestinal. Renata Marques até fez várias dietas para reduzir o peso, mas com o tempo recuperava tudo de novo. “Eu tenho facilidade de engordar. Na minha casa, todos são gordinhos”. A endocrinologista confirma que há um componente genético na obesidade. Gretna Maia diz que o primeiro passo do tratamento inclui uma mudança de estilo de vida, com reeducação alimentar e prática de exercícios físicos. “E isso deve ser contínuo e não só por um período”, afirma. Em alguns casos, podem ser utilizados medicamentos que ajudam a emagrecer. Como última alternativa, é utilizada a cirurgia bariátrica, com a redução do estômago, mas ela só é indicada para os obesos mórbidos com doenças graves . Cálculo do IMC O índice de massa corpórea (IMC) ideal é entre 20 e 25 kg/m². Quem está entre 25 e 30, é considerado com sobrepeso. Já quem de 30 e 40 é classificado obeso. Os que estão acima 40 são tidos como obesos mórbidos. Para fazer o cálculo, basta dividir o peso pelo valor resultante da altura elevada ao quadrado. ENTENDA A NOTÍCIA O inquérito por telefone (Vigitel) ouviu 54.144 pessoas com 18 anos ou mais em 26 Estados, durante o ano de 2011. O objetivo da pesquisa é identificar hábitos de vida que podem ter impacto na saúde pública. Enquanto o Brasil tem 15,8% da população obesa, o Chile tem 25,1%, a Argentina tem 20,5% e os Estados Unidos, 27,6%. Saiba mais Atendimento básico A coordenadora municipal de Estratégia da Saúde da Família, Julieta Pontes, afirma que as equipes do Programa Saúde da Família fazem o acompanhamento dos casos de obesidade nas famílias. “É um problema que tem agravado nos últimos 20 anos”, afirma. Quem precisa de tratamento, é encaminhado para um dos 30 Núcleos de Apoio à Família (NAF), onde se tem acesso a psicólogos, nutricionistas e educadores físicos. Fonte: Jornal O Povo Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, 53,7% dos fortalezenses estão acima do peso ideal. Obesidade é uma das principais causas de doenças crônicas Os fortalezenses

Casas de apoio a pessoas com HIV em SP e CE receberão recursos

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira autoriza o repasse este ano de R$ 3,989 milhões pelo Ministério da Saúde para casas de apoio a pessoas portadoras de HIV/aids nos estados de São Paulo e do Ceará.

Desse total, R$ 3,670 milhões serão destinados para 17 municípios paulistas, de acordo com a Agência Brasil. Além da capital, receberão recursos as cidades de Americana, Bauru, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Guaratinguetá, Indaiatuba, Lagoinha, Mogi Mirim, Osasco, Ribeirão Preto, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, Tatuí e Tupã. No Ceará, os recursos no valor de R$ 319,8 mil irão para Fortaleza (R$ 177,6 mil) e Sobral (R$ 142,2 mil).

As casas de apoio foram criadas na segunda metade da década de 1980 para oferecer abrigo e assistência a adultos vivendo com HIV/aids em condições de vulnerabilidade socioeconômica. Nesses locais, os pacientes são acolhidos temporariamente e recebem orientação sobre os cuidados com a saúde, o uso correto dos medicamentos e a adesão ao tratamento.

Fonte: Agência Estado

Casas de apoio a pessoas com HIV em SP e CE receberão recursos

Uma portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira autoriza o repasse este ano de R$ 3,989 milhões pelo Ministério da Saúde para casas de apoio a pessoas portadoras de HIV/aids nos estados de São Paulo e do Ceará.

Desse total, R$ 3,670 milhões serão destinados para 17 municípios paulistas, de acordo com a Agência Brasil. Além da capital, receberão recursos as cidades de Americana, Bauru, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Guaratinguetá, Indaiatuba, Lagoinha, Mogi Mirim, Osasco, Ribeirão Preto, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, Tatuí e Tupã. No Ceará, os recursos no valor de R$ 319,8 mil irão para Fortaleza (R$ 177,6 mil) e Sobral (R$ 142,2 mil).

As casas de apoio foram criadas na segunda metade da década de 1980 para oferecer abrigo e assistência a adultos vivendo com HIV/aids em condições de vulnerabilidade socioeconômica. Nesses locais, os pacientes são acolhidos temporariamente e recebem orientação sobre os cuidados com a saúde, o uso correto dos medicamentos e a adesão ao tratamento.

Fonte: Agência Estado

104 mulheres morreram de parto em 2011 no Ceará

104 mulheres morreram de parto em 2011 no CearáNo ano passado, foram 104 as gestantes ou parturientes mortas no Ceará. Média de duas a cada sete dias

Vai fazer um mês, mas a família da dona de casa Ezi Costa Figueiredo, 27, não esquece como ela foi tratada quando procurou atendimento na rede pública de Fortaleza com sintomas de gripe. Grávida de quase sete meses, Ezi buscou cinco vezes atendimento na rede municipal de saúde, mas acabou perdendo o bebê e morrendo na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), em 13 de março. Gripe A (H1N1) foi o diagnóstico; doença grave em gestantes. Mas, quando isso foi descoberto, era tarde demais.

“Ela foi atendida, mas não prestaram a devida atenção no problema dela. Faltou amor dos profissionais pela profissão”, avalia a tia de Ezi, Lúcia Tavares. Com a tragédia, a dona de casa se tornou número na triste estatística da mortalidade materna no Ceará. Em 2011, 104 mulheres morreram durante a gestação, o parto ou no pós-parto. Uma média de duas mulheres mortas a cada semana.

No ano anterior, 2010, foram 98 óbitos. É o último levantamento da Razão de Mortalidade Materna (RMM) do Ceará feito pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), com a taxa chegando a 76,1 mães mortas a cada 100 mil nascidos vivos – a maior desde 2005, quando o índice foi de 88,5. Naquele período, a média nacional era de 68. O cálculo da RMM considera os óbitos maternos durante a gestação ou até 42 dias após o parto.

A situação não é nova e o poder público diz estar tomando medidas para reduzir o índice. Porém, para gestores, médicos e profissionais da saúde ouvidos pelo O POVO, falta muito para o Estado chegar ao índice considerado “aceitável” pela Organização Mundial de Saúde (OMS): 20 mortes para cada 100 mil nascidos vivos.

“A mortalidade começa com pré-natal de não boa qualidade. Ele existe, todas mulheres fazem, mas nem sempre tem boa qualidade. A mulher não faz todos exames que deveria e quando está no sétimo, oitavo mês, termina o pré-natal, quando se sabe que o pré-natal vai até a hora do bebê nascer”, avalia a professora de Ginecologia e Obstetrícia da UFC, Zenilda Vieira.

Para o coordenador de Proteção e Promoção à Saúde do Ceará, Manoel Fonsêca, falta assistência à futura mãe. “O Programa de Saúde da Família precisa melhorar. Durante o pré-natal, na relação médico-paciente, tem que ter relação que permita acolhimento da gestante pra que ela possa dizer tudo que sente. E tem que fazer sequência de exames que possam protegê-la e proteger o bebê”, diz.

É a falta de atenção a maior geradora de mortes, na avaliação da coordenadora de Políticas e Atenção à Saúde da Sesa, Vera Coelho. “Nós temos percentual de óbitos por causas evitáveis muito alto. O Ceará, se você for analisar o percentual de mortes por causas evitáveis, talvez seja um dos mais elevados (do Brasil). Por isso temos razão de mortalidade alta. Temos muitas mulheres que chegam a óbito por deficiência de cuidados”, lamenta.

As desigualdades sociais, considera o doutor em Obstetrícia e diretor da Meac, Carlos Augusto Alencar Júnior, estão refletidas no número de mulheres que ainda morrem no parto. “A mortalidade materna está para além da saúde. Tem questão educacional, de visão das mulheres, noções de higiene, do auto-cuidado”, diz o ginecologista e coordenador de saúde da mulher em Fortaleza, Sílvio Carlos Rocha de Freitas. O médico preside o Comitê de Mortalidade Materna da Capital.

ENTENDA A NOTÍCIA

Segundo OMS, morte materna é o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o parto. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Não é considerada a provocada por fatores acidentais.

Fonte: Jornal O Povo

104 mulheres morreram de parto em 2011 no Ceará

104 mulheres morreram de parto em 2011 no CearáNo ano passado, foram 104 as gestantes ou parturientes mortas no Ceará. Média de duas a cada sete dias

Vai fazer um mês, mas a família da dona de casa Ezi Costa Figueiredo, 27, não esquece como ela foi tratada quando procurou atendimento na rede pública de Fortaleza com sintomas de gripe. Grávida de quase sete meses, Ezi buscou cinco vezes atendimento na rede municipal de saúde, mas acabou perdendo o bebê e morrendo na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), em 13 de março. Gripe A (H1N1) foi o diagnóstico; doença grave em gestantes. Mas, quando isso foi descoberto, era tarde demais. 

“Ela foi atendida, mas não prestaram a devida atenção no problema dela. Faltou amor dos profissionais pela profissão”, avalia a tia de Ezi, Lúcia Tavares. Com a tragédia, a dona de casa se tornou número na triste estatística da mortalidade materna no Ceará. Em 2011, 104 mulheres morreram durante a gestação, o parto ou no pós-parto. Uma média de duas mulheres mortas a cada semana.

No ano anterior, 2010, foram 98 óbitos. É o último levantamento da Razão de Mortalidade Materna (RMM) do Ceará feito pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), com a taxa chegando a 76,1 mães mortas a cada 100 mil nascidos vivos – a maior desde 2005, quando o índice foi de 88,5. Naquele período, a média nacional era de 68. O cálculo da RMM considera os óbitos maternos durante a gestação ou até 42 dias após o parto.

A situação não é nova e o poder público diz estar tomando medidas para reduzir o índice. Porém, para gestores, médicos e profissionais da saúde ouvidos pelo O POVO, falta muito para o Estado chegar ao índice considerado “aceitável” pela Organização Mundial de Saúde (OMS): 20 mortes para cada 100 mil nascidos vivos.

“A mortalidade começa com pré-natal de não boa qualidade. Ele existe, todas mulheres fazem, mas nem sempre tem boa qualidade. A mulher não faz todos exames que deveria e quando está no sétimo, oitavo mês, termina o pré-natal, quando se sabe que o pré-natal vai até a hora do bebê nascer”, avalia a professora de Ginecologia e Obstetrícia da UFC, Zenilda Vieira.

Para o coordenador de Proteção e Promoção à Saúde do Ceará, Manoel Fonsêca, falta assistência à futura mãe. “O Programa de Saúde da Família precisa melhorar. Durante o pré-natal, na relação médico-paciente, tem que ter relação que permita acolhimento da gestante pra que ela possa dizer tudo que sente. E tem que fazer sequência de exames que possam protegê-la e proteger o bebê”, diz.

É a falta de atenção a maior geradora de mortes, na avaliação da coordenadora de Políticas e Atenção à Saúde da Sesa, Vera Coelho. “Nós temos percentual de óbitos por causas evitáveis muito alto. O Ceará, se você for analisar o percentual de mortes por causas evitáveis, talvez seja um dos mais elevados (do Brasil). Por isso temos razão de mortalidade alta. Temos muitas mulheres que chegam a óbito por deficiência de cuidados”, lamenta.

As desigualdades sociais, considera o doutor em Obstetrícia e diretor da Meac, Carlos Augusto Alencar Júnior, estão refletidas no número de mulheres que ainda morrem no parto. “A mortalidade materna está para além da saúde. Tem questão educacional, de visão das mulheres, noções de higiene, do auto-cuidado”, diz o ginecologista e coordenador de saúde da mulher em Fortaleza, Sílvio Carlos Rocha de Freitas. O médico preside o Comitê de Mortalidade Materna da Capital.

ENTENDA A NOTÍCIA

Segundo OMS, morte materna é o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o parto. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Não é considerada a provocada por fatores acidentais.

Fonte: Jornal O Povo

Escolas terão manual de alimentação saudável

Escolas terão manual de alimentação saudávelCerca de 40 mil colégios receberão manual com instruções para o funcionamento de suas cantinas

Brasília. O Ministério da Saúde e a Federação Nacional de Escolas Particulares firmaram ontem um acordo para tornar mais saudáveis os lanches vendidos em cantinas. A ideia é que, com a parceria, os colégios passem a seguir diretrizes que tratam das condições sanitárias dos espaços onde a comida é preparada e vendida às orientação sobre como montar um cardápio variado, com menos itens que levam sódio, gordura e açúcar.

“Não se trata de simplesmente abolir a coxinha”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A partir do acordo, a federação e o ministério passam a estudar mecanismos para reconhecer escolas que seguem as diretrizes propostas pelo governo. A cartilha já é seguida na rede pública de ensino do País.

A iniciativa pretende frear a tendência de aumento de casos de crianças com obesidade e sobrepeso no Brasil. Cerca de 525 mil crianças e 140 mil adolescentes tem obesidade mórbida. “Estamos convencidos de que hábitos alimentares são formados também na escola. Daí a necessidade desta iniciativa”, disse o ministro Padilha.

Pesquisa de Orçamento Familiar feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 34,8% das crianças com idade entre 5 a 9 anos estão acima do peso. Na faixa entre 10 e 19 anos, o percentual é de 21,7%. Uma avaliação sobre saúde escolar mostrou que somente um terço dos alunos matriculados na rede particular consomem frutas e hortaliças em cinco dias ou mais na semana. Padilha acredita que a medida terá impacto também entre a população adulta. “A criança bem informada acaba sempre levando orientação para casa”, disse.

A medida pretende levar alimentação saudável a mais de 6,7 milhões de alunos do ensino fundamental e médio de escolas particulares. De acordo com o ministro da Saúde, desde ontem, as escolas passaram a receber uma espécie de manual, denominado Cantinas Escolares Saudáveis, promovendo a alimentação saudável.

“Uma parte dos hábitos alimentares é construída na família, em casa, mas uma parte desses hábitos é construída dentro da escola. Combinar essas duas ações, esses dois espaços, é decisivo para reduzirmos a obesidade e o excesso de peso entre crianças e adolescentes”, disse o ministro. Desenvolver hábitos alimentares saudáveis nessas faixas etárias, segundo Padilha, é uma medida importante na tentativa de prevenir uma geração futura de adultos obesos.

A presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, Amábile Pacios, informou que 40 mil instituições privadas de ensino devem participar da parceria. A expectativa é que pelo menos a metade delas inicie as ações nos próximos meses.

“É muito inteligente começar essa prevenção contra a obesidade pelos mais jovens. Eles estão na escola para aprender”, disse. “Se a criança incorpora uma alimentação saudável no seu dia a dia, isso vai acompanhá-la até a fase adulta e onde ela estiver – shoppings, estádios, festas”, completou.

Ela lembrou que uma alimentação ruim oferecida pela escola pode ter reflexos no aprendizado dos estudantes, devido ao cansaço, à falta de estímulo em razão de uma digestão lenta, e a uma disposição menor para participar das atividades. Para Amábile, será preciso implantar também ações de reeducação voltadas para gestores e funcionários que trabalham nas cantinas escolares. “A vertente do projeto não é punitiva nem restritiva, é educativa. Acreditamos em criar um quadro de valores em que a criança possa fazer as suas opções”.

Fonte: Diário do Nordeste

Escolas terão manual de alimentação saudável

Escolas terão manual de alimentação saudávelCerca de 40 mil colégios receberão manual com instruções para o funcionamento de suas cantinas

Brasília. O Ministério da Saúde e a Federação Nacional de Escolas Particulares firmaram ontem um acordo para tornar mais saudáveis os lanches vendidos em cantinas. A ideia é que, com a parceria, os colégios passem a seguir diretrizes que tratam das condições sanitárias dos espaços onde a comida é preparada e vendida às orientação sobre como montar um cardápio variado, com menos itens que levam sódio, gordura e açúcar.

“Não se trata de simplesmente abolir a coxinha”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A partir do acordo, a federação e o ministério passam a estudar mecanismos para reconhecer escolas que seguem as diretrizes propostas pelo governo. A cartilha já é seguida na rede pública de ensino do País.

A iniciativa pretende frear a tendência de aumento de casos de crianças com obesidade e sobrepeso no Brasil. Cerca de 525 mil crianças e 140 mil adolescentes tem obesidade mórbida. “Estamos convencidos de que hábitos alimentares são formados também na escola. Daí a necessidade desta iniciativa”, disse o ministro Padilha.

Pesquisa de Orçamento Familiar feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 34,8% das crianças com idade entre 5 a 9 anos estão acima do peso. Na faixa entre 10 e 19 anos, o percentual é de 21,7%. Uma avaliação sobre saúde escolar mostrou que somente um terço dos alunos matriculados na rede particular consomem frutas e hortaliças em cinco dias ou mais na semana. Padilha acredita que a medida terá impacto também entre a população adulta. “A criança bem informada acaba sempre levando orientação para casa”, disse.

A medida pretende levar alimentação saudável a mais de 6,7 milhões de alunos do ensino fundamental e médio de escolas particulares. De acordo com o ministro da Saúde, desde ontem, as escolas passaram a receber uma espécie de manual, denominado Cantinas Escolares Saudáveis, promovendo a alimentação saudável.

“Uma parte dos hábitos alimentares é construída na família, em casa, mas uma parte desses hábitos é construída dentro da escola. Combinar essas duas ações, esses dois espaços, é decisivo para reduzirmos a obesidade e o excesso de peso entre crianças e adolescentes”, disse o ministro. Desenvolver hábitos alimentares saudáveis nessas faixas etárias, segundo Padilha, é uma medida importante na tentativa de prevenir uma geração futura de adultos obesos.

A presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares, Amábile Pacios, informou que 40 mil instituições privadas de ensino devem participar da parceria. A expectativa é que pelo menos a metade delas inicie as ações nos próximos meses.

“É muito inteligente começar essa prevenção contra a obesidade pelos mais jovens. Eles estão na escola para aprender”, disse. “Se a criança incorpora uma alimentação saudável no seu dia a dia, isso vai acompanhá-la até a fase adulta e onde ela estiver – shoppings, estádios, festas”, completou.

Ela lembrou que uma alimentação ruim oferecida pela escola pode ter reflexos no aprendizado dos estudantes, devido ao cansaço, à falta de estímulo em razão de uma digestão lenta, e a uma disposição menor para participar das atividades. Para Amábile, será preciso implantar também ações de reeducação voltadas para gestores e funcionários que trabalham nas cantinas escolares. “A vertente do projeto não é punitiva nem restritiva, é educativa. Acreditamos em criar um quadro de valores em que a criança possa fazer as suas opções”.

Fonte: Diário do Nordeste

Anvisa anuncia suspensão de três medicamentos

Anvisa anuncia suspensão de três medicamentosAnticoncepcional foi um dos reprovados em testes. Outros três produtos também passaram por medidas restritivas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quarta-feira (4) a suspensão de três medicamentos e a interdição cautelar de mais um. Outros dois produtos farmacêuticos apresentaram problemas em lotes específicos – um foi suspenso e o outro passará por interdição cautelar. As medidas foram publicadas pelo Diário Oficial da União.

O Ciclofemme, que é uma pílula anticoncepcional, e o Tegrex, remédio usado no tratamento de epilepsia, foram suspensos e terão os estoques recolhidos porque obtiveram resultados insatisfatórios no ensaio de aspecto. O Valerimed, usado como relaxante, também foi suspenso, por conter teores diferentes dos que constavam no rótulo.

O Glicomet 850 mg, remédio usado por diabéticos tipo 2, obteve resultado insatisfatório no ensaio de variação de peso e passará por interdição cautelar de 90 dias.

A mesma medida será tomada com os lotes 100378 e 101364 do hidróxido de alumínio fabricado pela Mariol Industrial, que não foi aprovado no ensaio de aspecto. O genérico é usado como antiácido estomacal.

Já o lote 1017109 da dextrose anidra 50 mg + cloreto de sódio 9 mg, suplemento alimentar produzido pela Equiplex, foi suspenso e será recolhido do mercado, por conter excesso de glicose.

Fonte: G1

Unimed do Nordeste do Ceará
Rua Raimundo Teófilo de Castro, 232 - Centro - Itapipoca
Telefones: (88) 3631-1303