Conselho de Medicina condena terapia antienvelhecimento
Para o CFM, os riscos vão de efeitos colaterais simples até doenças graves, como câncer. Outra parte dos médicos diverge do Conselho Federal
Parecer divulgado ontem pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) condenou o uso de hormônios para tentar atrasar o envelhecimento. A prática, conhecida como antienvelhecimento ou antiaging, envolve a oferta de hormônios a pacientes que têm níveis dessas substâncias normais para sua idade.
A ideia é que, junto com vitaminas e antioxidantes, a dose extra desses hormônios estimule o organismo a responder como fazia no passado. Por exemplo, recompondo massa muscular perdida. Entre os hormônios aplicados com esse fim estão o do crescimento, a melatonina e o cortisol. Em alguns casos, são oferecidos hormônios ”bioidênticos”, com estrutura igual ao do hormônio natural e que seriam menos danosos. Para o CFM, falta comprovação de vantagens da prática, usada de forma crescente tanto por jovens adultos quanto por idosos.
“Não temos evidências de que o uso desses hormônios em pacientes normais, para modulação do envelhecimento, tem base científica, mas temos o indicativo de que causam malefícios à saúde”, afirmou Maria do Carmo Lencastre, da Câmara Técnica de Geriatria do CFM. Os riscos vão de efeitos colaterais simples até o desenvolvimento de doenças graves, como câncer, segundo Carlos Vital, primeiro vice-presidente do CFM. Para ele, a prática “é propaganda enganosa”.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia tem visão semelhante: “Não existe, à luz da ciência atual, nenhuma maneira de retardar o envelhecimento com administração de substâncias”, afirmou Salo Buksman, diretor da sociedade.
Edson Luiz Peracchi, presidente da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, defende a administração criteriosa e progressiva de determinados hormônios e vitaminas e rejeita a ideia de “rejuvenescimento: Sua avó não vai deixar de ter 90 anos, mas vai ter uma condição metabólica interna compatível com 80 anos, 75, 60. E o médico sabe o quanto ela suporta de estímulo”, declarou. Peracchi diz que, nos próximos anos, as evidências científicas da prática farão o CFM rever sua posição. (das agências)
ENTENDA A NOTÍCIA
Nos próximos meses, o conselho deve aprovar resolução proibindo a prática. Indiretamente, ela já é desaconselhada pelo Código de Ética médico. Nos últimos quatro anos, cinco médicos foram cassados pela prática.
Fonte: O Povo

Cerca de 300 ciclistas aproveitaram a linda manhã deste último domingo, 05, e participaram do Passeio Ciclístico da Unimed Ceará, alusivo ao encerramento das férias, que percorreu as principais paisagens de Fortaleza!
Os 150 primeiros ciclistas que chegaram ao local ganharam uma camiseta. A Unimed Ceará ofereceu total apoio ao evento, com batedores, carro de apoio, ambulância, além de água, sucos e sanduíche natural.











Cientistas brasileiros e do exterior analisaram mortes de 1996 a 2010. Pesquisa desafia a ideia de que vírus ‘influenza’ é mais mortal nos trópicos.
A Semana Mundial do Aleitamento Materno começa hoje (1º) e vai até a próxima terça-feira (7) em mais de 170 países. O objetivo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é estimular a amamentação e melhorar a saúde de crianças menores de 5 anos em todo o mundo. A data comemora a assinatura da Declaração de Innoceti, em agosto de 1990, por diversos países – incluindo o Brasil. Entre os objetivos apresentados pelo documento estão estabelecer um comitê nacional de coordenação da amamentação e adotar uma legislação que proteja a mulher que amamenta no trabalho. A OMS defende que o aleitamento materno é a melhor forma de fornecer ao recém-nascido os nutrientes necessários. A orientação é que o bebê receba exclusivamente o leite materno até os 6 meses e, depois disso, ele seja associado a outros alimentos até que a criança complete 2 anos ou mais. No caso do colostro (tipo de leite mais grosso e de cor amarelada produzido ao final da gestação), a recomendação é que ele seja fornecido ao recém-nascido até uma hora após o parto. Dados da organização indicam que a malnutrição responde, direta ou indiretamente, por praticamente uma em cada três mortes entre crianças menores de 5 anos, sendo que mais de dois terços delas são associadas a práticas inapropriadas de alimentação e ocorrem no primeiro ano de vida da criança. “Nutrição e carinho nos primeiros anos de vida são cruciais para uma boa saúde e para o bem-estar ao longo da vida. Na infância, nenhum presente é mais precioso do que o aleitamento materno. Ainda assim, menos de um em cada três bebês é exclusivamente amamentado durante os [primeiros] seis meses de vida”, informou a OMS. Confira os dez passos definidos pela Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano para o sucesso da amamentação: – Ter uma política de aleitamento materno escrita, que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde; – Capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar essa política; – Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do leite materno – Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento do bebê; – Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas dos filhos; – Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica; – Praticar o alojamento conjunto, permitindo que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas; – Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda; – Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas; – Promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade. Fonte: Agência Brasil