Câncer de mama: O medo do diagnóstico
Para 50% das brasileiras, o temor de ser diagnosticada com câncer de mama é o principal motivo para evitar a mamografia. Esta é uma das conclusões de estudo inédito realizado no País, que mostra ainda como as mulheres lidam com a doença
Metade das mulheres brasileiras não faz mamografia por medo de descobrir que estão com alguma doença, principalmente câncer. Outras 21% evitam o exame por vergonha. No Nordeste, este número sobe para 31%. Estas são algumas das conclusões do estudo Percepções sobre o Câncer de Mama, realizado pelo Instituto Avon/DataPopular e divulgado esta semana em Recife (PE).
O curioso é que o receio em realizar a mamografia persiste mesmo com 85% delas acreditando que câncer de mama têm cura e 93% afirmando que a detecção precoce significa mais chance de ter um tratamento bem-sucedido (veja gráficos nesta página).
A explicação para este comportamento aparentemente contraditório está em outros dados da pesquisa. Segundo o levantamento, duas em cada dez mulheres consideram o diagnóstico de câncer de mama uma sentença de morte. E 27% das entrevistadas declararam achar que “não suportariam o ‘baque’ de receber um diagnóstico desta doença”. Para 60% delas, o câncer é a pior doença que alguém pode ter.
Além disso, três em cada dez brasileiras acham que não estão sujeitas a ter câncer de mama (neste grupo, 56,2% acreditam que a doença tem caráter hereditário). Entre as nordestinas este índice chega a quatro em cada dez mulheres.
Percepção de causa
Aliás, a hereditariedade é apontada por 85% das entrevistadas que nunca tiveram câncer de mama como a principal causa da doença. Em segundo lugar neste ranking, aparecem os fatores emocionais (estresse, tristeza, mágoas, rancor), com 45%.
“Quando fizemos a sondagem sobre a percepção de causas de câncer de mama entre as mulheres que estão se tratando da doença temos uma mudança considerável”, pondera o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles.
Esta mudança é ascensão para os primeiros lugares dos fatores emocionais como principais causas: Tristeza, depressão e mágoas (54%); Estresse (48%) e Rancor, ressentimento e angústia (43%).
“Isso mostra que as mulheres se sentem culpada de ter câncer de mama e nos serve de alerta”, analisa Meirelles. “Ou se trata com leveza e naturalidade este tema ou corremos o risco de não ter diagnósticos precoces com medo de se culpar. Quanto mais pesado este tema permanecer, mais afastamos da sociedade brasileira a discussão necessária sobre o assunto”.
ENTENDA A NOTÍCIA
A pesquisa Percepções sobre o Câncer de Mama aponta que 56% das mulheres que se curaram da doença se consideram vencedoras e 17% delas acham que “estão mais fortes para lidar com novas situações”
Fonte: Jornal O Povo
A meta do impresso é orientar médicos, fonoaudiólogos e especialistas na assistência qualificada a esse público O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou ontem um manual com as diretrizes de atenção às pessoas com síndrome de Down destinadas aos profissionais de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é orientar médicos, fonoaudiólogos, assistentes sociais e especialistas na assistência qualificada a esse público. O exemplar está sendo distribuído em órgãos públicos e também pode ser obtido no site do Ministério da Saúde. “É como se fosse um protocolo para que os profissionais de saúde saibam como diagnosticar, lidar, acompanhar pessoas que tem síndrome de Down”, disse o ministro, durante evento no Centro de Referência das Pessoas com Deficiência de Irajá, Zona Norte do Rio. O documento foi concluído ao longo de cinco meses com a colaboração de entidades sociais e especialistas. Padilha também apresentou uma cartilha criada por um grupo de jovens com deficiência intelectual, em que constam orientações de atenção à saúde e a inclusão social às pessoas com síndrome de Down. “Aprendi muitas coisas com a cartilha. Agora sei o que é cromossomo, as características das pessoas com síndrome de Down”, afirmou Breno Viola, integrante do Conselho Editorial Acessível do Movimento Down. Apesar do Brasil possuir hoje 300 mil pessoas com síndrome de Down, famílias ainda enfrentam problemas na rede de serviços públicos. “A gente tem uma carência na rede de serviços que precisa ser resolvida porque os gastos são muito altos para terapias, serviços e exames”, lamentou Maria Antônia Goulart, mulher do senador Lindbergh Farias (PT), que tem uma filha de dois anos com a síndrome de Down. Apesar de não usar o serviço público, ela colabora com trabalhos vinculados ao Ministério da Saúde. (das agências de notícias) O quê ENTENDA A NOTÍCIA Por iniciativa do Governo , um documento foi elaborado, ao longo de cinco meses, para orientar profissionais da saúde sobre portadores da síndrome de Down. Fonte: Jornal O Povo
A colônia de Aedes aegypti com Wolbachia é criada em laboratório. Depois, os insetos são liberados na natureza
O evento é nacional e, no Ceará, terá ampla programação, tanto na Capital, quanto no Interior do Estado